- Testemunhos Seletos 1
Dízimos e ofertas
Capítulo: 072 073074
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ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei; devias então ter dado o Meu dinheiro aos banqueiros, e, quando Eu viesse, receberia o Meu com os juros." Mateus 25:24-27.
Este servo inútil não ignorava os planos de Deus, mas resolveu-se firmemente a impedir-Lhe o desígnio, acusando-o de injustiça em exigir lucro dos talentos a ele confiados. Esta mesma queixa e murmuração é feita por vasta classe de ricos que professam crer na verdade. Como o servo infiel, temem que o aumento do talento a eles emprestado por Deus seja requerido para promover o avançamento da verdade; atam-no, portanto, empregando-o em tesouros terrenos, e enterrando-o no mundo, pondo-o assim tão seguro que não tenham nada, ou quase nada para depositar na causa de Deus. Enterraram-no, temendo que o Senhor peça algum do principal ou dos juros. Quando, a pedido de seu Senhor, trazem a quantia que lhes foi entregue, vêm com ingratas desculpas por não haverem posto os meios a eles emprestados por Deus nas mãos dos banqueiros, empregando-os em Sua causa para levar-Lhe a obra avante. Aquele que sonega os bens do Senhor, não somente perde o talento que lhe foi emprestado por Deus, mas perde a própria vida eterna. Diz-se a seu respeito: "Lançai pois o servo inútil nas trevas exteriores." Mateus 25:30. O servo fiel que emprega seu dinheiro na causa de Deus para salvar almas, emprega os meios de que dispõe para glória do Senhor, e receberá o louvor do Mestre: "Bem está, servo bom e fiel. Entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:21. Qual será esse gozo de nosso Senhor? É a alegria de ver almas salvas no reino da glória. "O qual pelo gozo que Lhe estava proposto suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-Se à destra do trono de Deus." Hebreus 12:2.
A idéia de mordomia devia ter influência prática sobre todo o povo de Deus. A parábola dos talentos devidamente compreendida, excluirá a cobiça, que Deus chama de idolatria. A beneficência prática dará vida espiritual a milhares de professos nominais da verdade que ora lamentam as próprias trevas.