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Testemunhos Seletos 2
LivrosAutor: Ellen White
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considerável e laboriosa das minhas ocupações. Antes da publicação do Testemunho N. 15, numerosos pedidos me foram dirigidos por parte de pessoas que eu aconselhara e repreendera, para dar-lhes esses testemunhos por escrito; sentia-me, porém, de tal forma prostrada em virtude de trabalhos exaustivos, que recuei diante da tarefa, tanto mais que sabia que muitas dessas pessoas eram absolutamente indignas, e que pouca esperança havia de que as advertências recebidas operassem nelas uma mudança decisiva. Nesse tempo recebi grande animação do seguinte sonho que tive:

Alguém me trouxe uma peça de um tecido branco e me incumbiu de cortar dele vestidos para pessoas de todos os tamanhos, de todas as condições e de todos os feitios. Foi-me ordenado que os cortasse e os deixasse prontos para serem feitos, quando reclamados. Tive a impressão de que muitos daqueles para os quais fora incumbida de cortar vestidos, não os mereciam. Indaguei então se esta era a última peça de tecido que tinha a cortar, ao que me foi respondido que não; que tão depressa houvesse acabado essa, havia ainda outras para cortar. Senti-me desanimar ante o acúmulo de trabalho que vi diante de mim; verifiquei que estivera empenhada em talhar vestidos durante mais de vinte anos e que o meu trabalho não fora apreciado; também não podia ver que houvesse sido de grande benefício. Falei então à pessoa, que me trouxera os tecidos, aludindo particularmente a uma mulher, para a qual tinha sido incumbida de talhar um vestido. Observei-lhe que não saberia apreciar o vestido e que presenteá-la com o mesmo seria perder tempo e fazenda. Era muito pobre, de inteligência obtusa, desordenada nos hábitos, de sorte que havia de sujá-lo muito breve.

A pessoa a quem falava respondeu-me: "Corta o vestido. É este o teu dever. O prejuízo não é teu, senão meu. Deus não vê conforme os homens vêem. Ele distribui o trabalho que deseja ver feito, e não sabes qual deles prosperará, se este ou aquele. ..."

Levantei então as mãos, calosas como estavam do longo manejo da tesoura, e ponderei-lhe que não podia reprimir um sentimento de contrariedade ante a idéia de ter de continuar esse gênero de trabalho. O meu interlocutor respondeu-me: "Corta os vestidos. Ainda não é tempo de seres disso dispensada."

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