- Vida e Ensinos
A fé adventista
Capítulo: 003 004005
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Nosso pai era chapeleiro, e a tarefa que me tocava era fazer as copas dos chapéus, sendo essa a parte mais fácil do trabalho. Também fazia meias a vinte e cinco centavos de dólar o par. Meu coração estava tão enfraquecido que, para fazer esse trabalho, eu era obrigada a recostar-me na cama; entretanto, dia após dia ali me assentava, feliz por poderem meus dedos trêmulos fazer algo para trazer uma pequenina contribuição à causa que eu amava tão encarecidamente. Vinte e cinco centavos de dólar por dia era tudo que eu poderia ganhar. Quão cuidadosamente punha de lado as preciosas moedinhas de prata que assim ganhava e deveriam ser gastas em impressos destinados a esclarecer e despertar os que estavam em trevas!
Não tinha tentação de gastar meus lucros para minha própria satisfação. Meu vestuário era simples; nada era gasto em ornamentos desnecessários, pois a ostentação vã me parecia pecaminosa. Assim é que sempre tinha em depósito um pequeno fundo com que comprar livros convenientes. Estes eram colocados nas mãos de pessoas experientes a fim de os espalharem.
Cada folha destes impressos parecia preciosa aos meus olhos; pois era um mensageiro de luz ao mundo, ordenando às pessoas que se preparassem para o grande evento que estava às portas. A salvação das almas era a minha preocupação de espírito, e confrangia-se-me o coração por aqueles que se lisonjeavam de estarem vivendo em segurança, enquanto a mensagem de advertência estava sendo proclamada ao mundo.
A questão da imortalidade
Um dia ouvi uma conversa entre minha mãe e minha irmã, com referência a um discurso que havia pouco tinham ouvido, a propósito de que a alma não tem imortalidade inerente. Alguns dos textos usados pelo ministro, como prova, foram citados. Entre eles lembro-me de que estes me impressionaram muito fortemente: "A alma que pecar, essa morrerá." Ezequiel 18:4. "Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma." Eclesiastes 9:5. "A qual a seu