- Vida e Ensinos
Chamado para viajar
Capítulo: 007 008009
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àquele pensamento. Meu irmão Roberto, apenas dois anos mais velho do que eu, não poderia acompanhar-me, pois era de saúde fraca, e sua timidez maior do que a minha; nada o poderia induzir a dar semelhante passo. Meu pai tinha a família para sustentar e não poderia abandonar suas ocupações; mas repetidas vezes me afirmava que se Deus me havia chamado para trabalhar noutros lugares, não deixaria de abrir o caminho para mim. Mas essas palavras de animação pouco conforto traziam ao meu desalentado coração; o caminho diante de mim parecia obstruído com dificuldades que eu era incapaz de superar.
Eu desejava a morte como livramento das responsabilidades que sobre mim convergiam. Finalmente a doce paz que havia tanto tempo eu sentia, deixou-me, e o desespero novamente me oprimia a alma.
Animação recebida dos irmãos
O grupo de crentes de Portland ignorava a preocupação de espírito que me prostrara nesse estado de desânimo; mas sabiam que por qualquer razão eu estava abatida e, considerando a maneira misericordiosa como o Senhor Se manifestara a mim, opinavam que esse meu desalento era pecaminoso. Realizavam-se reuniões em casa de meu pai, mas tão grande era a minha angústia de espírito, que a elas não assisti por algum tempo. Meu fardo tornava-se mais e mais pesado, até que minha agonia de espírito parecia ser superior às minhas forças.
Finalmente fui induzida a comparecer a uma das reuniões em minha própria casa. A igreja fez de meu caso um assunto especial de oração. O irmão Pearson que se opusera às manifestações do poder de Deus sobre mim nas minhas primeiras experiências, orava agora fervorosamente por mim e me aconselhava a submeter-me à vontade do Senhor.