“Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho” (v.11). Para mim, esta é uma das histórias mais lindas da Bíblia, em termos de fé, amizade, compromisso, lealdade e recompensa. Podemos identificar tudo isso e muito mais no capítulo de hoje. Pela primeira vez, a Bíblia destaca a sucessão de um profeta de Deus. Até aqui temos visto apenas a linha de sucessão dos reis de Israel e de Judá. Elias, porém, foi o profeta que ganhou evidência não só nos livros das histórias dos reis de Israel, mas também foi citado por profetas menores, no Novo Testamento e seu nome recebeu destaque para o cumprimento de profecias nos últimos dias. Eis o que está escrito no livro de Malaquias: “Eis que vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor” (Ml.4:5). Esta profecia não se trata do retorno da pessoa de Elias, mas de sua missão. A obra dada a Elias de restaurar a verdadeira adoração é o que vai dar cumprimento ao último sinal antes do fim (Mt.24:14). Assim como a ressurreição de Moisés representa os que serão ressuscitados no Dia do Senhor, a trasladação de Elias ao Céu simboliza os que serão arrebatados naquele Dia: “A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1Co.15:52). Isto explica o fato destes dois personagens terem aparecido na transfiguração de Cristo (Mt.17:3), como uma confirmação dos frutos do “penoso trabalho de Sua alma” (Is.53:11). Eliseu foi o único a acompanhar tudo de perto. Não se apartou de Elias um único instante, e de seu mestre recebeu preciosas orientações. A companhia de Elias era lhe agradável e lhe fazia sentir se mais próximo de Deus. Não há bênção maior nesta terra do que pessoas que nos edifiquem espiritualmente. Elias nos deixou uma grande e importante lição que Jesus transformou em uma comissão: “Ide, portanto, fazei discípulos” (Mt.28:19). A amizade entre Elias e Eliseu fez de Eliseu um fiel discípulo e a responsabilidade que sobre ele cairia o levou a fazer um ousado pedido: “Peço te que me toque por herança porção dobrada do teu espírito” (v.9). Eliseu não estava pedindo para ser melhor do que o seu mestre, e sim reconhecendo a sua total dependência do poder divino. A postura que teve diante dos discípulos insensatos mostrou a sua prudência diante dos assuntos do Alto. A atitude daqueles homens representam pessoas que não sabem guardar discrição, e, em tom de “inocentes comentários” saem divulgando o que não lhes convém. Mesmo que eles tenham expressado uma verdade, a repetida resposta de Eliseu “Também eu o sei; calai vos” (v.3 e 5), nos deixa um legado de que aqueles que mantém o foco na missão não perdem tempo com conversas fúteis. A lealdade de Eliseu para com Elias foi a chave que lhe abriu as portas da sucessão profética e o fez contemplar um vislumbre da glória divina. Nenhum daqueles discípulos estavam prontos para receber tal incumbência e viver tamanha experiência. Eliseu teve a honra de contemplar os seres celestiais, muito em breve, os filhos do Reino também terão. O privilégio de Elias de subir aos Céus sem passar pela morte, os justos vivos hão de ter, como está escrito: “nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados… entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1Ts.4:17). Mas para todos os zombadores, que insistem em escarnecer e maldizer os filhos do Reino, lhes sobrevirá repentina destruição, assim como foi com os quarenta e dois rapazinhos que zombaram do profeta de Deus. Meus irmãos, não fiquemos insistindo em falar e em fazer o que não nos é conveniente. Sempre que vier à nossa língua a vontade de comentar acerca do que não nos diz respeito, lembremos do conselho de Eliseu: “Calai vos”! E quando quisermos insistir em ir aonde Deus não nos mandou, lembremos da admoestação de Eliseu: “Não vos disse que não fôsseis?” (v.18). O Senhor tem planos surpreendentes na vida de todo aquele que, como Elias e como Eliseu, se entrega a Seu serviço. Que nossa vida seja usada por Deus como guia para o nosso próximo e que estabeleçamos laços de amizade íntima com pessoas que nos edificam para o Reino dos Céus. Lembremos que “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos” (Tg.5:17), mas que através de sua comunhão com Deus teve uma vida extraordinária. Clamemos pela “porção dobrada” (v.9) do Espírito Santo! E ainda que diante de nós se levantem muitas águas, Deus nos fará passar “em seco” (v.8) ou as tornará saúde para nossa alma (v.21). Vigiemos e oremos! Bom dia, servos do Deus Altíssimo! Rosana Garcia Barros
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