#rpsp? #primeiroDeus? #reavivadospsp? “E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei” (v.17). Após proferir parábolas tão ricas em amor e compaixão, Jesus prosseguiu com parábolas que exemplificam o resultado da impiedade. A infidelidade do administrador não pôde ser encoberta. Ao ser denunciado, porém, sua reação foi elogiada pelo “homem rico” (v.1), que não pôde deixar de reconhecer a sua astúcia. Sua atitude frente ao pedido da prestação de contas de sua administração (v.2) acabou por ser ainda mais habilidosa do que a sua fraude. Contudo, esta ilustração não tem o objetivo de exaltar tal procedimento, mas de reprovar a má administração das bênçãos de Deus, roubando para si a glória que é devida ao Doador das bênçãos. A fidelidade é um dos princípios basilares contidos nas Escrituras e faz parte do fruto do Espírito (Gl.5:22). O que nos leva à conclusão de que não é algo inerente ao ser humano, mas um dom de Deus que é concedido pelo Espírito Santo aos que nEle vivem e andam (Gl.5:25). Torna se algo tão real na vida que está sendo santificada, que tanto faz ser fiel no pouco ou no muito (v.10), porque a sua “verdadeira riqueza” (v.11) não está nas coisas deste mundo, mas “nos tabernáculos eternos” (v.9). Aos ouvidos dos avarentos fariseus tudo aquilo soou como um discurso ridículo (v.14). Enquanto justificavam diante dos homens sua infidelidade com obras vazias, suas reais intenções estavam à mostra do Deus Onisciente. Até aquele tempo, ou seja, até à pregação de João Batista, que anunciava “o evangelho do reino de Deus”, “a Lei e os Profetas” (v.16), isto é, o Antigo Testamento, era a única Bíblia de Israel. Cristo não revogou esta parte das Escrituras (Mt.5:17 18), mas inaugurou a nova parte que logo iria completar o Livro Sagrado. E reforçando essa verdade, declarou: “E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei” (v.17); além de prosseguir com dois fortes argumentos: acerca do adultério (v.18; Êx.20:14) e da importância dos ensinos do Antigo Testamento (v.31). Precisamos ter muito cuidado com doutrinas baseadas em textos isolados da Bíblia. E a parábola do rico e do mendigo tem sido muito usada como base para interpretações equivocadas. Primeiro tem que ficar bem claro que se trata de uma parábola contextualizada conforme uma crença popular que havia se instalado no meio do povo. Confusos com relação ao estado do homem após a morte, acreditavam em crendices e superstições. Tanto é que até os discípulos, ao avistarem Jesus andando por sobre as águas, antes que Ele Se identificasse, gritaram apavorados: “É um fantasma!” (Mt.14:26). Jesus, portanto, aproveitou tal crença para ilustrar a situação do povo: com a verdade nas mãos, mas desprezando a (v.31). “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm.3:16). Toda a Bíblia deve ser para nós a fonte da qual devemos sempre beber. Aceitar uma parte e excluir outra é como querer servir se apenas de duas moléculas de hidrogênio e recusar o oxigênio, ou seja, é loucura e resulta em morte. Como Seus administradores na Terra, de todos os bens que nos confiou, o mais valioso foi assim descrito por Paulo: “é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1Tm.3:15). Israel defraudou tamanho privilégio, tornando se uma nação avarenta, adúltera e insubmissa ao Assim diz o Senhor. O que temos, pois, feito da missão que o Senhor nos deu? No final, muitos que se julgavam ricos das bênçãos de Deus descobrirão, tarde demais, que “ninguém pode servir a dois senhores” (v.13). Que o Espírito Santo frutifique em nossa vida a fidelidade e, certamente, continuaremos estudando toda a Bíblia com a honestidade e sinceridade de quem deseja a mesma recompensa que será dada a Abraão: a vida eterna. Vigiemos e oremos! Feliz semana, fiéis servos de Deus! Rosana Garcia Barros