#rpsp PrimeiroDeus “O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino” (v.7). Recém coroado rei e sob circunstâncias desafiadoras, Salomão foi tomado de grande angústia diante da responsabilidade de dar continuidade ao trabalho de seu pai. Com o coração cheio de dúvidas e inquietações, foi visitado pelo Senhor em sonho. “Disse lhe Deus: Pede Me o que queres que Eu te dê” (1Rs.3:5). A resposta de Salomão consistiu de três reações: ações de graças pelas bênçãos de Deus a Davi, seu pai (1Rs.3:6); humilhação e submissão: “não passo de uma criança, não sei como conduzir me” (1Rs.3:7); e um pedido: “Dá, pois, ao Teu servo coração compreensivo para julgar a Teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal” (1Rs.3:9). O resultado disto foi o posto de homem mais sábio da Terra, e seu reinado consistiu no período mais próspero de Israel. Imbuído de sabedoria, Salomão compreendeu, como primeira e mais excelente lição, que não se tratava de um dom para benefício próprio, mas, compartilhado, surtiria efeitos a longo prazo e para sempre na vida de um público alvo bem definido: os simples, os jovens, os sábios, os instruídos e os filhos. A ingenuidade define o primeiro desta lista talvez pela maior vulnerabilidade e, por isso, necessidade de prudência a fim de não ser desviado “no caminho em que deve andar” (Pv.22:6). A juventude, período de pleno vigor, de constantes descobertas e de decisões importantes, é classificada como aquela que necessita de “conhecimento e bom siso” (v.4). Ou seja, o conhecimento de Deus leva o jovem a tomar as melhores decisões, usando de bom senso, de juízo. Salomão viu em sua própria família as consequências da necedade (v.22) de seus irmãos e, portanto, a importância de filhos bem instruídos e de jovens bem encaminhados. Ele também não descartou a importância de que o próprio sábio esteja sempre crescendo “em prudência” (v.5) e de que o instruído seja habilitado para compreender além do que já conhece. A expressão “Filho meu” (v.8) reflete a ideia de que ele pode ter se dirigido diretamente a um de seus filhos e também uma mensagem a toda casa onde haja filhos dispostos a obedecer às instruções divinas acerca de seus deveres. Os pais, como primeiros professores do lar, possuem a mais sagrada obra já confiada a homens: instruir os filhos no temor do Senhor. Mediante uma vida íntegra e justa, de santa consagração, os pais apresentam aos seus pequenos aprendizes a mais alta vocação, e o Espírito Santo aprova tal educação imprimindo lhes o caráter de Cristo. Há, porém, uma segunda lista apresentada por Salomão em contraste com aquela, o que nos ajudará a compreender a mensagem principal deste livro. Nesta lista estão inclusos os loucos, os pecadores, os gananciosos e os néscios, todos os que “aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do Senhor” (v.29); os que rejeitam a voz de Deus e não se agradam do que é justo e santo e, por isso, “são mortos por seu desvio” (v.32). Estamos muito perto do tempo em que veremos “a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não O serve” (Ml.3:18). “Mas o que me der ouvidos”, diz o Senhor, “habitará seguro, tranquilo e sem temor do mal” (v.33). Ouça a voz de Deus. Persevere em estudar a Sua Palavra. E “Ele Se deleitará em Ti com alegria; renovar te á no Seu amor, regozijar Se á em ti com júbilo” (Sf.3:17). Vigiemos e oremos! Bom dia, sábios de Deus! Rosana Garcia Barros