“Disse o Senhor: Assim comerão os filhos de Israel o seu pão imundo, entre as nações para onde os lançarei” (v.13). O início do ministério profético de Ezequiel não foi fácil. Além de porta voz de Deus, também recebeu a incumbência de representar tudo aquilo que o povo sofreria no cerco de Jerusalém. Sua vida foi um recado ambulante sobre os juízos que estavam por vir. Até o seu deitar e o seu comer foram orientados por Deus como forma de advertência ao povo. A situação seria tão terrível, que os filhos de Israel teriam de cozinhar “sobre esterco de homem” (v.12). Mas foi neste momento que Ezequiel, com muita humildade, protestou: “ah! Senhor Deus!” (v.14). E, prontamente, ele teve sua oração respondida (v.15). Deus conduziu o Seu povo a uma terra que manava leite e mel, mas o povo escolheu consumir se “nas suas iniquidades” (v.17), e ao invés de incenso de aroma suave, havia o fétido odor do excremento humano. A podridão dos sentimentos do povo era, literalmente, sentida de longe. “À vista do povo” (v.12), estava um profeta de Deus relatando e dramatizando todas as consequências do cerco. Porém, “a iniquidade da casa de Israel” (v.5) e “a iniquidade da casa de Judá” (v.6), tornavam surdos os seus ouvidos e seus corações, insensíveis. A porta da graça está se fechando e o tempo qual nunca houve (Dn.12:1) está mais próximo do que imaginamos. Está chegando o tempo em que tudo estará definido: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar se” (Ap.22:11). Muitos há que já estão selando a sua sentença de morte, permitindo que seus corações se endureçam a ponto de não mais retroceder. E em rejeição aberta à graça divina, conhecerão que “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb.10:31). Ezequiel clamou para que o Senhor o livrasse de tornar se imundo. Os que assim têm invocado ao Senhor, estarão protegidos e se sentirão tão amparados que, pela fé, suportarão qualquer prova com firmeza de caráter e singeleza de coração. Todo o universo está na expectativa do desfecho da história deste mundo. Os ventos ainda estão sendo contidos (Ap.7:3), mas quando o Senhor ordenar que sejam soltos, somente os eleitos, serão poupados e, por causa deles, “tais dias serão abreviados” (Mt.24:22). Não permita ser contaminado pelas imundícies deste mundo. Como Ezequiel, clamemos ao Senhor por auxílio. A oração é o leme que nos conduz na direção de Deus. Vigiemos e oremos! Feliz sábado, povo de Deus! Rosana Garcia Barros