“Mas chamou ao menino Icabô, dizendo: Foi se a glória de Israel…” (v.21). A palavra que o Senhor havia proferido a Samuel foi cumprida fielmente. Os filisteus pelejaram contra Israel e prevaleceram. Os filhos de Eli foram mortos e, quando Israel cometeu o sacrilégio de tirar a arca da aliança do templo e levá la à guerra, pensaram que aquele objeto lhes concederia a vitória. De forma que “rompeu todo o Israel em grandes brados” (v.5). Jubilosos cantavam por causa da arca, como se ela fosse algum tipo de amuleto mágico acima da vontade de Deus. De início, aquilo causou espanto a seus inimigos. Os filisteus temeram, dizendo: “Os deuses vieram ao arraial…Ai de nós!” (v.7). “São os deuses que feriram aos egípcios com toda sorte de pragas no deserto” (v.8). Em Deuteronômio 6:4 9, Deus orienta que cada família seja um núcleo de adoração. Ao transmitir as palavras do Senhor de geração em geração, ao manter em cada lar a força motriz do infalível Testemunho, Israel avançaria como nação eleita cumprindo o objetivo pelo qual foi chamado. Acontece que o povo caiu em grande apostasia, e seus líderes religiosos eram os primeiros a pisar aos pés as leis do Senhor. Por negligência, como foi no caso de Eli, ou por rebelião, como o foi com Hofni e Fineias, Israel estava como ovelha que não tem pastor, sob a liderança de execráveis sacerdotes. Os filisteus atribuíram a “grandiosos deuses” (v.8) os feitos do Senhor no Egito em favor de Israel. O povo do Deus vivo, aparentando servir a deuses mortos! O filho de Fineias representava a condição de Israel: destituída da glória de Deus. Icabô, em hebraico, significa “nenhuma glória”. O que seria de Israel sem a glória do Senhor? Assim como os povos pagãos, aprendera a confiar mais em coisas e pessoas do que em Deus. Sansão confiou em seus cabelos, e perdeu a glória de Deus. Israel confiou na arca, e foi declarado: “Foi se a glória de Israel” (v.21). Não foi a saída da arca que marcou a saída da glória de Deus. Foi justamente a ausência da glória de Deus que marcou a saída da arca. Poucos eram aqueles que permaneciam fiéis ao Senhor. Poucos os de coração quebrantado. Icabô não era, pois, uma novidade, e sim a confirmação da real situação de Israel: nenhuma glória. Em um mundo onde pessoas cruzam o oceano só para um momento de satisfação sexual sem compromisso; onde tatuar um crucifixo na pele é mais ovacionado do que viver o evangelho da cruz, onde registrar as melhores imagens de um acidente é mais importante do que socorrer um ferido, onde a moral e os bons costumes são ridicularizados e taxados como ultrapassados, corremos o sério risco de terminar como Eli, expectadores de más notícias. Ainda que estejamos vivendo em meio a um Icabô contemporâneo, seja esta a sua firme decisão todos os dias: Amarei, servirei e serei fiel ao “Senhor dos Exércitos, entronizado entre os querubins” (v.4)! Então, o Senhor declarará a respeito de ti: “Não temas, porque Eu te remi; chamei te pelo teu nome, tu és Meu” (Is.43:1). Que a glória do Senhor em nosso coração contraste com o Icabô de nossa geração! Feliz semana, depositários da glória do Senhor! Rosana Garcia Barros
“Mas chamou ao menino Icabô, dizendo: Foi se a glória de Israel…” (v.21). A palavra que o Se...
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