#rpsp #PrimeiroDeus “Digo ao Senhor: Tu és o meu Deus; acode, Senhor, à voz das minhas súplicas” (v.6). O primeiro inimigo a se levantar no Universo surgiu no seio da família celestial. O mistério da iniquidade no coração de Lúcifer tomou proporções irreversíveis não pela nulidade do amor do Pai, mas pela obstinação do próprio anjo que decidiu declarar guerra contra Deus e Sua vontade. Desde então, além de terça parte dos anjos do Céu, o inimigo tem machucado a humanidade com o fim de magoar o coração do Criador e ajuntar para si um exército que, ele julga, será capaz de destruir o reino de Deus e estabelecer o seu governo maligno e corrupto. As perseguições, os assassínios e injustiças relatados nas Escrituras, de Abel até os santos do Altíssimo, são os meios usados por Satanás para promover a sua obra na Terra através de uma liderança apoiada na teoria que ele mais aprecia: a de que ele não existe. Mas assim como Davi teve de lidar com inimigos reais, há um inimigo real ao nosso redor “cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap.12:12). Munido de seus espíritos demoníacos e de seus agentes humanos, milhares são induzidos ao engano, “como a serpente” (v.3) seduziu a Eva no Éden (Gn.3:4). Infelizmente, Adão e Eva depuseram a espada que lançaria fora a cabeça da serpente de uma vez por todas: “a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus” (Ef.6:17). Se tivessem obedecido às palavras do Criador, certamente Ele teria encerrado a história do mal ali mesmo. Mas não foi assim que aconteceu. E, por isso, Davi teve de lidar com homens perversos, violentos e soberbos. E, por isso, nós temos de lidar com situações de perigo. Mas, dentro em breve, ficará bem claro, perante todo o Universo, as consequências destrutivas do mal e o caráter justo do Pai do Céu. Todos vivemos numa grande batalha que está prestes a ser encerrada. Protegida a nossa cabeça (v.7) com “o capacete da salvação” (Ef.6:17) e munidos da Palavra de Deus, não nos foi confiada a obra de combater uns contra os outros. “Caiam sobre eles [os ímpios] brasas vivas” (v.10) não por nosso intermédio, mas segundo julgar Deus que assim o deva fazer. Se temos que ter algum tipo de participação nessa obra, eis qual deve ser a nossa contribuição: “Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá lhe de comer; se tiver sede, dá lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça” (Rm.12:20). Portanto, amados, haja entre nós nestes momentos decisivos, um movimento de cristãos que olhem mais para o alto e para dentro do que para fora. Cristãos que, diante da condição de pecadores, reconheçam a sua necessidade de olhar mais para cima, para Cristo. Há sim um inimigo real que “anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe.5:8), e que usa pessoas para tentar nos magoar, mas, se aceitarmos nos revestir da infalível armadura de Deus, veremos que, estando “debaixo do pecado” (Rm.3:9), necessitamos da justiça de Deus, “por Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm.3:24). E, gratos pela salvação imerecida, buscaremos viver “a fé que atua pelo amor” (Gl.5:6). Assim, renderemos graças ao nome do Senhor e habitaremos para sempre em Sua presença (v.13). Vigiemos e oremos! Feliz semana, justificados por Cristo! Rosana Garcia Barros #PrimeiroDeus #Salmo140 #RPSP