“Tinha setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração” (v.3). Após uma trajetória grandiosa e de erguer um reino conhecido pelo nome do Senhor, Salomão fez “o que era mau perante o Senhor e não perseverou em seguir ao Senhor, como Davi, seu pai” (v.6). Ao descumprir a ordem de Deus quanto a proibição de casamentos mistos, perdeu o controle de si mesmo e o entregou às suas mulheres idólatras. Seu reino perdeu o brilho da glória de Deus e a paz que tanto valorizava estava com seus dias contados. Em sua velhice, tornou se uma espécie de marionete nas mãos de suas mulheres, entregando lhes o governo de seu coração. Como um pai que ama os seus filhos e os disciplina, o Senhor permitiria que Salomão colhesse as consequências de seus pecados, mas permaneceria fiel à aliança feita com Davi, Seu servo. No fim de sua vida, Salomão teria de lidar com as ameaças de dois inimigos e com o fato de que, por sua infidelidade para com Deus, a nação de Israel sofreria uma ruptura e jamais seria a mesma. Havia um brilho distintivo sobre Israel enquanto Salomão foi fiel a Deus. A nação começava a apresentar os primeiros raios de luz ao mundo. Sua fama não era primariamente sobre riquezas ou edifícios suntuosos, mas sobre o poder do Senhor ao qual servia. Desde a sua saída miraculosa do Egito, aos anos em que passou no deserto, Deus preparava a nação como Sua atalaia, a fim de revelar a Sua glória às demais nações da Terra. Mas a desobediência desviou o olhar dos filhos de Israel, e desejaram ser como os povos pagãos. “São os olhos”, disse Jesus, “a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas” (Mt.6:22 23). A respeito disso, Ellen White escreveu: “É lei, tanto da natureza intelectual como da espiritual, que, pela contemplação nos transformamos. O espírito gradualmente se adapta aos assuntos com os quais lhe é permitido ocupar se. Identifica se com aquilo que está acostumado a amar e reverenciar” (Mente, Caráter e Personalidade, p.331). Ao amar as suas mulheres mais do que a Deus, Salomão perdeu o Senhor de vista. Passou a ser controlado por seus gostos e desejos e a ter uma vida de adoração dividida; um perigo que uma vez instalado no coração, pode não ter mais retorno. As mulheres de Salomão representam, hoje, tudo aquilo que ameace a nossa fidelidade ao Senhor e à Sua Palavra. Tudo o que tira o nosso foco de olhar para Jesus e seguir Lhe os passos. O apelo do Senhor para nós, hoje, é este: “Tornai vos, pois, praticantes da Palavra e não somente ouvintes, enganando vos a vós mesmos” (Tg.1:22). Não seja apenas um mero entendedor, mas que sua vida seja uma “carta de Cristo”, “conhecida e lida por todos”, escrita pelo Espírito Santo, “não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações” (2Co.3:2 3). Deus deixou escrito em pedras o que deseja que esteja escrito em nosso coração (Dt.6:6). Perseveremos, pois, para a eternidade, onde não veremos o Senhor apenas “duas vezes” (v.9), mas com Ele reinaremos para sempre! Vigiemos e oremos! Feliz sábado, perseverantes de Deus! Rosana Garcia Barros
“Tinha setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o co...
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