“Então, fugiu Davi da casa dos profetas, em Ramá, e veio, e disse a Jônatas: Que fiz eu? Qual é a minha culpa? E qual é meu pecado diante de teu pai, que procura tirar me a vida?” (v.1). O questionamento de Davi expressa a sua profunda angústia e, a resposta de Jônatas, a sua inocência quanto à malícia de seu pai. Saul era ardiloso, de forma que nem seu filho havia desconfiado da sua ira contra Davi. Mas Davi foi enfático em abrir os olhos de Jônatas para a realidade de que Saul já havia percebido a íntima amizade entre eles. Jônatas combinou com seu amigo um sinal, e sob forte tensão percebeu a gravidade das intenções de Saul, ficando “muito sentido por causa de Davi, a quem seu pai havia ultrajado” (v.34). Davi já conhecia os perversos desígnios de Saul, mas a confirmação lhe trouxe profunda tristeza. Suas lágrimas não foram apenas por despedir se de Jônatas, mas pela ira sem causa do rei a quem tanto amava. Percebam que os seus questionamentos no início do capítulo são também afirmações acerca de sua inocência: “Que fiz eu? Qual é a minha culpa?”. Ou seja, ‘não tenho ideia do que possa ter feito de errado, nem tampouco consigo achar algo que me incrimine’. Davi apenas seguia as ordens do rei, comandava os seus exércitos e tocava a sua harpa para acalmá lo. Mas Saul enxergou em Davi a bênção que desejava para si, permitindo ser consumido pelo ódio e pela inveja. Davi não somente perdeu a amizade de Saul, como também ganhou um inimigo mortal. O principal objetivo da vida de Saul era destruir Davi. Isto se tornou sua obsessão. Fez “o seu coração duro como diamante, para que não ouvisse a lei, nem as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo Seu Espírito, mediante os profetas” (Zc.7:12). O Senhor tentou advertir Saul por intermédio do profeta Samuel, mas sua dura cerviz o impedia de ouvir. Por duas vezes Saul jurou em falso, e sobre isso está escrito: “nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ame o juramento falso, porque a todas estas coisas Eu aborreço, diz o Senhor” (Zc.9:17). Devemos agir com cautela considerando a advertência de Jesus: “Eis que Eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt.10:16). Ao perceber a raiva homicida de Saul, buscou Davi não apenas livrar se da morte, mas prudentemente evitar que o rei cometesse tamanho pecado, assassinando o ungido do Senhor. Não se trata de erguer muros nos relacionamentos, e sim de evitar sofrimentos desnecessários. Saul precisava de ajuda, mas definitivamente Davi não era a pessoa mais indicada para ajudá lo. Ainda que haja o perdão, se não é conveniente ser um amigo íntimo de alguém, sê, pois, um amigo de oração. “Então, andarás seguro no teu caminho, e não tropeçará o teu pé” (Pv.3:23). Vigiemos e oremos! Bom dia, amigos de oração! Desafio da semana: Você tem algum amigo como Jônatas ou Davi? Separe um momento do dia durante esta semana para orar por ele(a) em especial, e lhe revele no fim da mesma com uma cartinha ou lembrança que simbolize esta amizade. Rosana Garcia Barros
1Sm 20 A amizade verdadeira, que tem Deus como elo, dura para sempre e supera qualquer dificuldade. ...
Jônatas foi filho do Rei Saul e amigo de Davi. A palavra Jônatas pode significar “o presente de ...