Nas Escrituras, vento e fogo são frequentemente associados a uma “teofania” ou manifestação divina (por exemplo, Êx 3:2, 19:18 e Dt 4:15). Além disso, vento e fogo também podem ser usados para representar o Espírito de Deus (Jo 3:8; Mt 3:11). No caso do Pentecostes, seja qual for o significado preciso desses fenômenos, eles eram sinais que inauguravam um momento único na história da salvação: o prometido derramamento do Espírito. O Espírito sempre estivera em atuação. “Durante a era patriarcal, a influência do Espírito Santo tinha sido muitas vezes revelada de maneira muito notável, mas nunca em Sua plenitude. Agora, em obediência à palavra do Salvador, os discípulos faziam suas súplicas por esse dom e, no Céu, Cristo acrescentou Sua intercessão. Ele reclamou o dom do Espírito para que pudesse derramá lo sobre Seu povo” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 37). João Batista profetizou que o Messias vindouro batizaria com o Espírito (Lc 3:16; compare com At 11:16), e o próprio Jesus Se referiu a esse batismo diversas vezes (Lc 24:49; At 1:8). O derramamento do Espírito no Pentecostes seria Seu primeiro ato de intercessão diante de Deus (Jo 14:16, 26; 15:26). Nessa ocasião, a promessa foi cumprida. Embora o batismo do Espírito no Pentecostes tenha sido um evento singular relacionado à vitória de Jesus na cruz e à Sua exaltação no Céu, o ser cheio do Espírito é uma experiência que deve se repetir constantemente na vida do cristão (At 4:8, 31; 11:24; 13:9, 52; Ef 5:18).