“Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele. TEQUEL: Pesado foste na balança e achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas” (v.26 28). De coração iníquo e com a mente embotada, Belsazar, neto de Nabucodonosor, ocupava o lugar de seu pai no trono da superpotência do mundo antigo. Em seu pretenso governo regado a vinho e orgias, quebrou todos os protocolos da época ao usar os utensílios sagrados da Casa de Deus em seu banquete pagão. Nem Nabucodonosor, em sua obstinação, ousou realizar tamanha afronta. Todos cantavam e brindavam em honra aos seus deuses fajutos, quando, “no mesmo instante, apareceram uns dedos de mão de homem e escreviam” (v.5). Belsazar viu o que só Moisés, até então, havia visto. Pois que, no monte Sinai, o Senhor escreveu, perante o grande líder de Israel, “as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus” (Êx.31:18). O rei foi tomado de tanto pavor, que “os seus joelhos batiam um no outro” (v.6). Em tom de urgência, Belsazar mandou chamar “os encantadores, os caldeus e os feiticeiros” (v.7), que, destituídos da sabedoria e entendimento do Alto, “não puderam ler a escritura, nem fazer saber ao rei a sua interpretação” (v.8). As suas imagens de escultura, sobre as quais o Senhor, também com o Seu próprio dedo, havia escrito: “Não as adorarás, nem lhes darás culto” (Êx.20:5), mostraram a sua inutilidade, pois que “não veem, não ouvem, nem sabem” (v.23) coisa alguma. Contudo, havia em Babilônia alguém em quem se achavam “espírito excelente, conhecimento e inteligência, interpretação de sonhos, declaração de enigmas e solução de casos difíceis” (v.12). “Então, Daniel foi introduzido à presença do rei” (v.13), para novamente provar naquela corte pagã, que só o Senhor é Deus. Apesar de ter sido ricamente assistido por Nabucodonosor com presentes e cargos privilegiados, Daniel recusou as honrarias vindas da parte de Belsazar, pois sabia que o Senhor o havia rejeitado (v.17). Diferente de Nabucodonosor, Belsazar conservou a soberba e a arrogância de seu coração mesmo sendo conhecedor de tudo o que se havia passado com seu antepassado (v.22). E, “naquela mesma noite, foi morto” (v.30), e destruído o reino que era considerado invencível. A cabeça de ouro deu lugar ao peito e aos braços de prata (Dn.2:32), iniciando assim o cumprimento do sonho dado a Nabucodonosor e de todas as predições ditas pelos Seus profetas (Jr.51:41; Is.14:23; Is.47:1 15). Caiu, pois, a grande Babilônia! Diante do cenário profético atual, Babilônia ocupa uma posição simbólica para designar o reino de trevas e de engano que tem seduzido o mundo. E, diante dos fatos que se noticiam, cada vez mais revestidos de terror e de estupefação, as palavras escritas por Ellen White, há mais de cem anos, assemelham se às palavras de um jornal de hoje: “O tempo presente é de dominante interesse para todo o vivente. Governadores e estadistas, homens e mulheres pensantes de todas as classes, têm fixa a sua atenção nos fatos que se desenrolam em redor de nós. Acham se a observar as relações tensas e inquietas que existem entre as nações. Observam a intensidade que está tomando posse de todo o elemento terrestre, e reconhecem que algo de grande e decisivo está para ocorrer, ou seja, que o mundo se encontra à beira de uma crise estupenda” (Profetas e Reis, CPB, p. 274). À semelhança de Belsazar, estamos prestes a ver o cumprimento final da segunda voz angélica: “Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição” (Ap.14:8). Notem que, da mesma forma que Belsazar bebia vinho diante dos grandes da Terra num culto promíscuo e abominável, o profeta do Apocalipse descreveu uma espécie de vinho que prostituía “todas as nações”. E, logo depois, ao findar da terceira voz angélica, João descreveu o que manterá sóbrio e a salvo o remanescente do Senhor: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap.14:12). Vocês acham coincidência o fato de Deus ter usado o próprio dedo para escrever apenas naquelas duas situações? O mesmo dedo que escreveu os dez mandamentos e iniciou dizendo: “Não terás outros deuses diante de Mim. Não farás para ti imagem de escultura” (Êx.20:3 4), foi o mesmo que decretou a queda do império que desprezava a Sua Lei (v.26). Da mesma forma, o desprezo pela Lei de Deus decretará a sentença definitiva daquela que tem embriagado o mundo com o seu vinho de mentiras. E o tempo solene no qual vivemos nos exige uma decisão urgente. Precisamos atender, agora, ao apelo divino: “Retirai vos dela, povo Meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos” (Ap.18:4)... TEXTO COMPLETO: https://reavivadosporsuapalavra.org/2021/02/13/daniel 05 comentado por rosana barros/ Feliz sábado, santos dos últimos dias! Rosana Garcia Barros