“Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a petição que eu Lhe fizera” (v.27). Iniciamos hoje o primeiro livro de um dos profetas mais significativos de Israel. E o livro inicia com o relato do pedido de sua mãe e de seu nascimento. Elcana, seu pai, tinha duas mulheres: Ana e Penina. Penina tinha filhos, mas Ana era estéril. Todos os anos, Elcana ia com sua família a Siló para adorar ao Senhor no templo. Ele levava sacrifícios e porcionava entre Penina e seus filhos, contudo, para Ana, ele “dava porção dupla, porque ele a amava” (v.5). A sua rival, provavelmente não satisfeita com a predileção de Elcana, provocava Ana “excessivamente para a irritar” (v.6), se valendo de sua esterilidade. E a reação de Ana era chorar e ficar sem comer. Elcana sofria ao ver a tristeza de sua amada e procurava lhe consolar sendo o melhor marido que poderia ser. Vimos ontem que Rute foi louvada como sendo melhor do que sete filhos. Hoje, Elcana afirma ser melhor do que dez filhos. Isto significa que, por mais que Penina a provocasse, por mais que não tivesse filhos, Ana era completamente cercada do amor de seu marido. A atitude nobre de Ana em não responder às provocações de Penina já revelava o seu caráter manso e pacífico. Temos muitas coisas a destacar neste capítulo. Já vimos que entre Ana e Elcana havia o maior de todos os dons: o amor. E, apesar de seu sofrimento, Ana demonstrava em sua atitude para com Penina mais uma virtude do fruto do Espírito: a mansidão. Mas seu coração estava arrasado! Como almejava ser mãe e colocar um filho nos braços de seu amado esposo! Estando, pois, em Siló, no templo do Senhor, “levantou se Ana, e, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente” (v.10). Ela abriu o seu coração a Deus e fez um voto, prometendo que, se Deus a concedesse um filho varão, ela o devolveria a Ele para servi Lo “todos os dias de sua vida” (v.11). Em atitude de humildade, Ana clamou que Deus atendesse ao seu pedido. “Ana só no coração falava” (v.13), mas seus lábios se moviam. Aquele quadro de extrema angústia fez com que o sacerdote Eli pensasse que ela estivesse bêbada. Mas ao perceber que se tratava de uma petição, ao notar a sinceridade de propósito de Ana, Eli a consolou e a despediu com uma bênção. Então Ana voltou a comer e já não estava mais triste. Nem os constantes insultos de Penina poderiam lhe roubar a paz que lhe preencheu o coração. Sabia que, dali por diante, Deus lhe mudara a sorte. Porque muito se humilhou, Deus muito a honrou. Nasceu lhe um filho varão e o “chamou Samuel, pois dizia: Do Senhor o pedi” (v.20). Eu não sei quanto a você, mas a vida de Ana me faz pensar o quanto eu preciso de cada virtude do Espírito Santo em minha vida. Ana não respondeu às provocações de Penina, mas escolheu assumir uma atitude humilde perante Deus, e Deus lhe deu descanso. A mansidão e humildade de coração nos leva a confiar que o Senhor tem tudo sob controle e que podemos confiar Lhe tudo o que nos aflige. Ana poderia ter levado Samuel ao templo quando fosse mais maduro, mas em seus braços ensinou o menino que nada era mais importante do que amar a Deus. Mesmo sendo “ainda muito criança” (v.24), Samuel foi entregue aos cuidados de Eli com o caráter firme e íntegro. Jesus disse: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mt.18:3). Assim como Samuel aprendeu no colo de sua mãe as preciosas lições que o tornaram um homem de Deus, e como Ana, que aos pés de seu Salvador encontrou o verdadeiro descanso, que aceitemos o convite que Jesus nos faz todos os dias: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei… e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt.11:28 29). Vigiemos e oremos! Bom dia, crianças de Jesus! Rosana Garcia Barros
Eu estou muito feliz por estarmos iniciando a leitura e o comentário de mais um livro da Bíblia, o...
“Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a petição que eu Lhe fizera” (v.27). Iniciam...