#rpsp #primeiroDeus “Ao aflito deve o amigo mostrar compaixão, a menos que tenha abandonado o temor do Todo Poderoso” (v.14). Ouvido o discurso de Elifaz, Jó fez a sua primeira réplica consternado pela dor e pelo fato da integridade de seu caráter ter sido questionada. Diante de uma enfermidade maligna e de uma condição emocional totalmente fragilizada, ele via na morte o seu único meio de descanso. Contudo, em nenhum momento Jó proferiu palavras com pensamentos suicidas, mas esperava que o próprio Deus fizesse cessar o seu sofrimento. E, ao invés de receber de seus amigos algum tipo de consolo, Jó tornou se vítima de olhares de julgamento e palavras de condenação. Apesar de seu conhecimento das “palavras do Santo” (v.10) e de sua vida de retidão, Jó ainda não tinha a real compreensão acerca do grande conflito. O que pensava serem “as flechas do Todo Poderoso” (v.4), na verdade eram “os dardos inflamados do Maligno” (Ef.6:16). Jó descobriria, mais tarde, que sua fé inabalável no Todo Poderoso foi o que apagou cada uma dessas setas malignas. Mas em seu desespero, ele se viu acuado pelas acusações daqueles que diziam ser tementes a Deus e reprovou a insensibilidade deles. Ao dizer: “Assim também vós outros sois nada para mim” (v.21), Jó declarou que seria melhor ficar sozinho do que na companhia de quem agravasse a sua aflição. No verso quatorze, ele expressou a sua urgente necessidade de um olhar de compaixão e a incoerência de seus amigos religiosos. Tendo como base de Seu governo a Sua Lei e como essência dele o Seu amor, Deus nos revela a perfeita harmonia entre o amor e a obediência. Ele não nos deu a Sua Palavra como mera regra de comportamento, mas como a expressão de Seu caráter em linguagem humana. Quanto à religião verdadeira, está escrito: “Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã. A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar se incontaminado do mundo” (Tg.1:26 27). Os órfãos e as viúvas representavam as classes de sofredores que mais necessitavam de assistência. Jó não foi assistido por seus amigos, e em sua humildade, ainda apelou: “dai me a entender em que tenho errado” (v.24). O mundo está repleto de “amigos de Jó”, com aparência de piedade e coração insensível. Até mesmo entre o professo povo de Deus, existem aqueles que não perdem uma oportunidade de ferir e condenar usando até mesmo a Palavra de Deus para esse fim. O Senhor não tolera esse tipo de atitude e, assim como saiu em defesa de Moisés quando este foi acusado pelos próprios irmãos, no mesmo tom e autoridade, Ele diz aos acusadores de Seus servos: “como, pois, não temestes falar contra o Meu servo [ou contra a Minha serva]?” (Nm.12:8). Meus irmãos, a glória de Deus é manifestada neste mundo “em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós” (Rm.9:23 e 24). A misericórdia e a compaixão devem reger a vida do cristão e revelar a obediência que resulta em amor: “Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros” (Jo.15:17). Que nossas palavras e atitudes sejam a revelação do “fruto Espírito” em nossa vida (Gl.5:22 23). Vigiemos e oremos! Feliz sábado, vasos de misericórdia! Rosana Garcia Barros
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