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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Os rabis sabiam que Jesus não havia sido instruído em suas escolas; no entanto, Seu conhecimento das profecias excedia em muito o deles próprios. Nesse refletido Rapazinho galileu divisaram grandes promessas. Desejaram angariá-Lo como aluno, a fim de que Se tornasse mestre em Israel. Queriam encarregar-se de Sua educação, convencidos de que um espírito tão original devia ser educado sob sua direção.

As palavras de Jesus lhes moveram o coração como este nunca o havia sido por palavras de lábios humanos. Deus estava procurando comunicar luz àqueles guias em Israel, e servia-Se do único meio pelo qual poderiam ser atingidos. Em seu orgulho, teriam desdenhado a hipótese de receber instruções de quem quer que fosse. Se houvesse parecido que Jesus procurava ensiná-los, desdenhariam ouvi-Lo. Mas lisonjeavam-se com a idéia de que O estavam ensinando a Ele ou, pelo menos, examinando Seu conhecimento das Escrituras. A modéstia juvenil e a graça de Jesus lhes desarmava os preconceitos. Inconscientemente, seu espírito abriu-se à Palavra de Deus, e o Espírito Santo lhes falou ao coração.

Não puderam deixar de ver que sua expectação com respeito ao Messias, não tinha o apoio da profecia; mas não queriam renunciar as teorias que lhes tinham lisonjeado a ambição. Não admitiam haver compreendido mal as Escrituras que pretendiam ensinar. Interrogaram-se uns aos outros: Como tem esse rapaz conhecimento, não havendo nunca aprendido? A luz estava brilhando nas trevas; mas "as trevas não a compreenderam". João 1:5.

Entretanto, José e Maria achavam-se em grande perplexidade e aflição. Na partida de Jerusalém, haviam perdido de vista a Jesus, e não sabiam que Se demorara atrás. O país era então densamente povoado, e muito grandes as caravanas dos galileus. Havia muita confusão quando deixaram a cidade. Pelo caminho, o prazer de viajar com os amigos e conhecidos absorveu-lhes a atenção, e não Lhe perceberam a ausência até que chegou a noite. Então, ao pararem para o repouso, sentiram falta das prestimosas mãos de seu filho. Julgando que estivesse com os companheiros, não haviam sentido ansiedade. Jovem como era, nEle confiavam inteiramente, esperando que, quando necessário, estaria pronto a auxiliá-los, antecipando-lhes as necessidades, como sempre fizera. Agora, porém, se suscitaram temores. Procuraram-nO entre os que os acompanhavam, mas em vão. Tremendo, lembraram-se de como Herodes O buscara destruir em Sua infância. Negros pressentimentos lhes encheram o coração. Faziam-se a si mesmos amargas recriminações.

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