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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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a sua capacidade (Efés. 4:11-13), e não pretendia que uns poucos ficassem sobrecarregados de responsabilidades, enquanto outros não têm nenhum fardo, nenhuma angústia de alma.

As compassivas palavras de Cristo dirigem-se hoje aos obreiros, da mesma maneira que aos discípulos outrora. "Vinde vós, aqui à parte,… e repousai um pouco", diz aos que se acham fatigados e esgotados. Não é sábio estar sempre sob a tensão do trabalho e da agitação, mesmo em atender às necessidades espirituais dos homens; pois por essa maneira é negligenciada a piedade pessoal, ao mesmo tempo que se sobrecarregam as energias mentais, espirituais e físicas. Exige-se abnegação dos discípulos de Cristo, e são precisos sacrifícios; convém, todavia, cuidar para que, mediante seu excesso de zelo, Satanás não se aproveite da fragilidade humana e seja prejudicada a obra de Deus.

Na opinião dos rabinos, o mais alto grau da religião mostrava-se por contínua e ruidosa atividade. Dependiam de alguma prática exterior para mostrar sua superior piedade. Separavam assim sua alma de Deus, apoiando-se em presunção. O mesmo perigo existe ainda hoje. À medida que aumenta a atividade, e os homens são bem- sucedidos em realizar alguma obra para Deus, há risco de confiar em planos e métodos humanos. Vem a tendência de orar menos e ter menos fé. Como os discípulos, arriscamo-nos a perder de vista nossa dependência de Deus, e buscar fazer de nossa atividade um salvador. Necessitamos olhar continuamente a Jesus, compreendendo que é Seu poder que realiza a obra. Conquanto devamos trabalhar ativamente pela salvação dos perdidos, cumpre-nos também consagrar tempo à meditação, à oração e ao estudo da Palavra de Deus. Unicamente o trabalho realizado com muita oração e santificado pelos méritos de Cristo, demonstrar-se-á afinal haver sido eficaz.

Nenhuma outra vida já foi tão assoberbada de trabalho e responsabilidade como a de Jesus; todavia, quantas vezes estava Ele em oração! Quão constante, Sua comunhão com o Pai! Repetidamente, na história de Sua vida terrestre, se encontram registros como esses: "E, levantando-Se de manhã muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava." "Ajuntava-se muita gente para O ouvir, e para ser por Ele curada das suas enfermidades. Porém Ele retirava-Se para os desertos, e ali orava." "E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus." Mar. 1:35; Luc. 5:15 e 16; 6:12.

Numa vida toda dedicada ao bem dos outros, o Salvador achou

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