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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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lágrimas! Alguns, que não conseguiam enxergar senão as circunstâncias exteriores da cena que perante Ele estava, como causa de Sua tristeza, disseram baixinho: "Vede como o amava!" Outros, procurando lançar a semente da incredulidade no coração dos presentes, disseram, irônicos: "Não podia Ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?" João 11:36 e 37. Se estava no poder de Cristo salvar a Lázaro, por que, então, o deixou morrer?

Com profética visão, percebeu Cristo a inimizade dos fariseus e dos saduceus. Sabia que Lhe estavam premeditando a morte. Não ignorava que alguns dos que tão cheios de aparente simpatia se mostravam, em breve fechariam contra si mesmos a porta da esperança e os portais da cidade de Deus. Em Sua humilhação e crucifixão estava para verificar-se uma cena que daria em resultado a destruição de Jerusalém, e então ninguém lamentaria os mortos. O juízo que estava para cair sobre Jerusalém foi perante Ele claramente delineado. Contemplou Jerusalém cercada pelas legiões romanas. Viu que muitos dos que agora choravam por Lázaro morreriam no cerco da cidade, e não haveria esperança em sua morte.

Não foi somente pela cena que se desenrolava a Seus olhos, que Cristo chorou. Pesava sobre Ele a dor dos séculos. Viu os terríveis efeitos da transgressão da lei divina. Viu que, na história do mundo, a começar com a morte de Abel, fora incessante o conflito entre o bem e o mal. Lançando o olhar através dos séculos por vir, viu o sofrimento e a dor, as lágrimas e a morte que caberiam em sorte aos homens. Seu coração pungiu-se pelas penas da família humana de todos os tempos e em todas as terras. Pesavam-Lhe fortemente sobre a alma as misérias da pecadora raça, e rompeu-se-Lhe a fonte das lágrimas no anelo de lhes aliviar todas as aflições.

"Jesus pois, movendo-Se outra vez muito em Si mesmo, veio ao sepulcro." Lázaro fora depositado numa cova na rocha, sendo colocado na porta um bloco de pedra. "Tirai a pedra" (João 11:38 e 39), disse Cristo. Julgando que desejasse apenas ver o morto, Maria objetou, dizendo que o corpo fora enterrado havia quatro dias, tendo já começado o processo de decomposição. Esta afirmativa, feita antes de Lázaro ressuscitar, não deixou margem a que os inimigos de Cristo dissessem que houvera fraude. Anteriormente, haviam os fariseus espalhado falsas afirmações em torno das mais maravilhosas manifestações do poder de Deus. Ao ressuscitar Cristo a filha de Jairo, dissera: "A menina não está morta, mas dorme." Mar. 5:39. Como houvesse estado doente apenas pouco tempo, e fora

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