- O Desejado de Todas as Nações VI. O Rejeitado
Os Sacerdotes Tramam
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danificara de maneira irreparável sua influência. Prejudicara o efeito de suas máximas e tradições, declarando que, a despeito de tornarem estritamente obrigatória a lei ritual, faziam vã a lei divina. Tudo isso Satanás lhes apresentou então ao espírito.
O diabo disse-lhes que, a fim de manterem sua autoridade, precisavam matar a Jesus. Seguiram esse conselho. O fato de que pudessem perder então o poder que exerciam era, julgavam, motivo suficiente para chegar a uma decisão. Com exceção de alguns que não ousaram manifestar suas idéias, o Sinédrio recebeu as palavras de Caifás como palavras de Deus. O concílio sentiu-se aliviado; cessou a contenda. Resolveram condenar Cristo à morte na primeira oportunidade favorável. Rejeitando a prova da divindade de Jesus, encerraram-se esses sacerdotes e príncipes em trevas impenetráveis. Ficaram inteiramente sob o domínio de Satanás, para ser por ele precipitados no abismo da eterna ruína. Todavia, tal era o engano deles, que se sentiam bem satisfeitos consigo mesmos. Consideravam-se patriotas em busca da salvação nacional.
Não obstante, temia o Sinédrio tomar medidas enérgicas contra Jesus, não se exaltasse o povo, e a violência contra Ele premeditada viesse a cair sobre eles próprios. Por isso retardou o conselho a execução da sentença que proferira. O Salvador compreendeu a trama dos sacerdotes. Sabia que ansiavam removê-Lo e em breve se realizaria seu propósito. Não Lhe competia, no entanto, precipitar a crise, e retirou-Se daquela região, levando consigo os discípulos. Assim, por Seu próprio exemplo reforçava Jesus as instruções que a eles dera: "Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra." Mat. 10:23. Havia um vasto campo em que trabalhar pela salvação de almas, e, a menos que o exigisse a lealdade para com Ele, não deveriam os servos do Senhor arriscar a vida.
Jesus dera então ao mundo três anos de público labor. Achava-se diante deles Seu exemplo de abnegação e desinteressada beneficência. Era de todos conhecido Sua vida de pureza, sofrimento e devoção. Todavia, esse breve período de três anos era o máximo que o mundo podia suportar a presença do Redentor.
Sua vida fora de perseguição e insulto. Expulso de Belém por um rei invejoso, rejeitado por Seu próprio povo em Nazaré, condenado sem causa à morte em Jerusalém, Jesus, com Seus poucos seguidores fiéis, encontrou temporário asilo numa cidade estranha. Aquele que sempre era tocado pela miséria humana, que