- O Desejado de Todas as Nações IX. Ao Trono do Pai
No Sepulcro de José
Capítulo: 079 080081
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em que Jesus esteve em repouso no sepulcro de José, será ainda um dia de descanso e regozijo. O Céu e a Terra se unirão em louvor, quando, "desde um sábado até ao outro" (Isa. 66:23), as nações dos salvos se inclinarem em jubiloso culto a Deus e o Cordeiro.
Nos acontecimentos finais do dia da crucifixão, foi dada nova prova de cumprimento da profecia, e novo testemunho da divindade de Cristo. Quando a treva se erguera de sobre a cruz, e o Salvador soltara Seu brado agonizante, ouviu-se imediatamete outra voz, dizendo: "Verdadeiramente este era o Filho de Deus." Luc. 23:47.
Essas palavras não foram murmuradas em segredo. Todos os olhos se volveram a ver de onde provinham. Quem falara? Fora o centurião, o soldado romano. A divina paciência do Salvador, e Sua súbita morte, com o grito de vitória nos lábios, impressionara esse pagão. No ferido, quebrantado corpo pendente da cruz, reconheceu o centurião a figura do Filho de Deus. Não pôde deixar de confessar sua fé. Assim foi novamente dada a prova de que nosso Redentor devia ver o trabalho de Sua alma. No mesmo dia de Sua morte, três homens, diferindo largamente entre si, declaravam sua fé – o que comandava a guarda romana, o que conduzira a cruz do Salvador e o que morrera na cruz, ao Seu lado.
Ao aproximar-se a noite, um silêncio estranho pairou sobre o Calvário. A multidão dispersou-se, e muitos volveram a Jerusalém com espírito bem diverso do que tinham pela manhã. Muitos haviam afluído à crucifixão por curiosidade, e não por ódio para com Cristo. Contudo, acreditavam nas acusações dos sacerdotes e olhavam-nO como malfeitor. Sob um despertamento fora do natural, uniram-se à turba em injuriá-Lo. Quando, porém, a Terra foi envolta em trevas, e se sentiram acusados pela própria consciência, acharam-se culpados de uma grande injustiça. Nenhum gracejo ou riso de escárnio se ouviu em meio daquela terrível escuridão; e, dissipada ela, fizeram o caminho de volta a casa em solene silêncio. Estavam convencidos de que as acusações dos sacerdotes eram falsas, de que Jesus não era nenhum impostor; e algumas semanas mais tarde, quando Pedro pregou no dia de Pentecoste, achavam-se entre os milhares que se converteram a Cristo.
Mas os guias judaicos não se mudaram pelos acontecimentos que haviam presenciado. Não arrefecera seu ódio para com Jesus. A treva que cobria a Terra durante a crucifixão, não era mais densa que a que ainda envolvia o espírito dos sacerdotes e principais. Em Seu nascimento, a estrela conhecera a Cristo e guiara