- Filhas de Deus
Apêndice A: Na casa de Simão
Capítulo: 022 023024
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uma criança e a Ele oferecida com amor. Aceitava as ofertas dos pequeninos, e abençoava os doadores inscrevendo-lhes o nome no livro da vida.
“E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que Ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; e, estando por detrás, aos Seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-Lhe os pés e os ungia com o ungüento. Ao ver isso, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que Lhe tocou, porque é pecadora”. Lucas 7:37-39.
Curando Simão da lepra, Cristo o salvara de uma morte em vida. Mas agora Simão duvidava se o Salvador era profeta. Por Cristo permitir que essa mulher dEle se aproximasse, por não a desprezar como alguém cujos pecados eram demasiado grandes para serem perdoados, por não mostrar que compreendia haver ela caído, Simão foi tentado a pensar que Ele não era profeta. Seu coração estava cheio de desconfiança e descrença. Jesus nada sabe dessa mulher, tão pródiga em demonstrações, pensou ele, ou não lhe permitiria que O tocasse.
Mas Simão não podia ler o coração do seu Hóspede. Foi, porém, a ignorância de Simão acerca de Deus e de Cristo que o levou a assim pensar. Ainda não se havia convertido plenamente do seu farisaísmo. Não percebera que, em tais ocasiões, o Filho de Deus devia agir segundo a maneira de Deus — com compaixão, ternura e misericórdia. A maneira de Simão era não fazer caso do penitente serviço de Maria. Seu ato de beijar os pés de Cristo e os ungir com o ungüento foi exasperante para seu coração endurecido. Pensou que se Cristo fosse profeta, reconheceria os pecadores e os repreenderia.
Lendo os pensamentos de Simão, Cristo lhes deu resposta antes que ele falasse, mostrando, assim, que era profeta de profetas. “Simão,” disse Ele, “uma coisa tenho a dizer-te. ... Um certo credor tinha dois devedores; um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinqüenta. E, não tendo ele com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize pois: qual deles o amará mais? E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E Ele lhe disse: Julgaste bem”. Lucas 7:40-43.
Como fizera Natã com Davi, Cristo ocultou Seu bem atirado golpe sob o véu de uma parábola. Lançou sobre o hospedeiro a responsabilidade de proferir a própria sentença. Essa maneira de apresentar a questão fez com que Simão se sentisse muito constrangido. Simão induzira ao pecado a mulher que ora desprezava. Fora por ele profundamente prejudicada. Pelos dois devedores da parábola, eram representados Simão e a mulher. Queria mostrar-lhe que seu pecado era maior que o dela, tão maior, como um débito de quinhentos dinheiros é superior a uma dívida de cinqüenta.
Simão começou então a ver-se sob um novo aspecto. Observou como Maria era considerada por Alguém que era mais que profeta. Notou que,