- Patriarcas e Profetas II. Os Patriarcas e a Promessa
Abraão em Canaã
Capítulo: 011 012013
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na Mesopotâmia, e para que a verdadeira fé pudesse ser preservada em sua pureza pelos descendentes, de geração em geração.
A afeição de Abraão para com seus filhos e sua casa, levou-o a guardar a fé religiosa dos mesmos, a comunicar-lhes o conhecimento dos estatutos divinos, como o legado mais precioso que ele lhes poderia transmitir, e por meio deles ao mundo. A todos se ensinava que estavam sob o governo do Deus do Céu. Não deveria haver opressão por parte dos pais, nem desobediência por parte dos filhos. A lei de Deus havia indicado a cada um os seus deveres, e apenas na obediência a ela poderia alguém conseguir felicidade e prosperidade.
Seu próprio exemplo, a influência silenciosa de sua vida diária, eram uma lição constante. A persistente integridade, a beneficência e cortesia abnegada, que haviam conquistado a admiração dos reis, eram ostentadas em seu lar. Havia uma fragrância em torno de sua vida, uma nobreza e formosura de caráter, que revelavam a todos que ele estava em ligação com o Céu. Ele não negligenciava a alma do mais humilde servo. Em sua casa não havia uma lei para o senhor e outra para o servo; um régio caminho para o rico, e outro para o pobre. Todos eram tratados com justiça e compaixão, como herdeiros com ele da graça da vida.
Ele "há de ordenar a sua casa". Gên. 26:5. Não haveria uma negligência pecaminosa em restringir as más propensões de seus filhos, tampouco qualquer favoritismo fraco, imprudente, condescendente; nem renúncia à sua convicção do dever ante as exigências de uma afeição mal-entendida. Abraão não somente dava a instrução exata, mas mantinha a autoridade de leis justas e retas.
Quão poucos há em nossos dias que seguem este exemplo! Por parte de muitos pais há um sentimentalismo cego e egoísta, impropriamente chamado amor, que se manifesta deixando-se as crianças, com o juízo ainda por formar-se e as paixões indisciplinadas, à direção de sua própria vontade. Isto é a máxima crueldade para com a juventude, e grande mal ao mundo. A condescendência por parte dos pais ocasiona desordem nas famílias e na sociedade. Confirma no jovem o desejo de seguir a inclinação, em vez de se submeter aos mandamentos divinos. Assim crescem com um coração adverso a fazer a vontade de Deus, e transmitem o espírito irreligioso e insubordinado a seus filhos, e filhos de seus filhos. Como Abraão, devem os pais ordenar as suas casas depois deles. Que a obediência à autoridade paterna seja