- Patriarcas e Profetas IV. A Longa Jornada
A Rebelião de Coré
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eram de Deus. Ele podia, entretanto, ter sabido isto. Deus dera prova esmagadora de que estava guiando Israel. Mas Coré e seus companheiros rejeitaram a luz até se tornarem tão cegos que mesmo as mais notáveis manifestações de Seu poder não bastavam para os convencer; atribuíam-nas todas a operações humanas ou satânicas. A mesma coisa fora feita pelo povo que, no dia seguinte ao da destruição de Coré e seu grupo, veio a Moisés e Arão, dizendo: "Vós matastes o povo do Senhor." Núm. 16:41. Apesar de terem tido a prova mais convincente do desagrado de Deus pela sua conduta, na destruição dos homens que os haviam enganado, ousaram atribuir Seus juízos a Satanás, declarando que, pelo poder do maligno, Moisés e Arão tinham ocasionado a morte de homens bons e santos. Foi este ato que selou a condenação deles. Haviam cometido o pecado contra o Espírito Santo, pecado este em virtude do qual o coração do homem eficazmente se endurece contra a influência da graça divina. "Se qualquer disser uma palavra contra o Filho do homem", disse Cristo, "ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado." Mat. 12:32. Estas palavras foram proferidas por nosso Salvador quando as obras cheias de graça que realizara pelo poder de Deus, foram atribuídas pelos judeus a Belzebu. É mediante a operação do Espírito Santo que Deus Se comunica com o homem; e aqueles que deliberadamente rejeitam esta operação como satânica, interceptaram o conduto que estabelece comunicação entre a alma e o Céu.
Deus opera pela manifestação de Seu Espírito para reprovar e convencer o pecador; e, se a obra do Espírito é finalmente rejeitada, nada mais há que Deus possa fazer pela alma. O último recurso da misericórdia divina foi empregado. O transgressor desligou-se de Deus; e o pecado não tem remédio para curar a si mesmo. Não há um poder reservado, pelo qual Deus possa operar para convencer e converter o pecador. "Deixa-o" (Osé. 4:17), é a ordem divina. Então, "já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários". Heb. 10:26 e 27.