“Mas não O receberam, porque o aspecto dEle era de quem, decisivamente, ia para Jerusalém” (v.53). A capacitação dos discípulos para a missão que abalou o mundo não foi um privilégio dado apenas a eles, mas eles foram as primícias da nova igreja de Deus, “anunciando o evangelho e efetuando curas por toda parte” (v.6). A fama de Jesus e de Seus feitos era o principal assunto que, a uns alegrava e a outros despertava o temor. Enquanto Herodes “se esforçava por vê Lo” (v.9), o Salvador estava sempre acessível a todos que iam até Ele a fim de O ouvirem ou de serem por Ele curados. Ele alimentava as multidões famintas do pão do Céu e do pão físico, não fazendo diferença entre as pessoas. Entretanto, Cristo deixou bem claro que o discipulado não é para todos. Todos são chamados, mas nem todos estão dispostos a renunciar a própria vida por amor a Cristo. A renúncia do eu requer a fé operante tanto de subir ao monte com Jesus “com o propósito de orar” (v.28), quanto de com Ele descer e enfrentar a fúria do inimigo. De todas as prerrogativas de um discípulo de Jesus, creio que a submissão seja a mais importante no sentido de cumprir a missão segundo a vontade de Deus. Como uma criança obediente a seu pai, Deus espera que, como Seus filhos, experimentemos “qual seja a boa, agradável e perfeita vontade” dEle (Rm.12:2). E, ao contrário do pensamento exclusivista dos discípulos, devemos ter em mente de que Deus também possui Seus instrumentos externos. Podem não ter o pleno conhecimento da verdade, mas estão usando a luz que possuem com a finalidade de libertar pessoas das cadeias do inimigo. A esses, no devido tempo, a luz de toda a verdade lhes será revelada pelo Espírito Santo e terão um papel fundamental no cumprimento profético dos últimos dias. Obra esta que já está sendo realizada. Suas vidas, unidas àquelas que já anunciavam toda a verdade, serão para o mundo um testemunho “de quem, decisivamente” (v.53), está indo para a Nova Jerusalém. Seguir a Jesus significa negar a si mesmo e, a cada dia, tomar a sua cruz. Muitos têm declarado: “Seguir te ei para onde quer que fores” (v.57). Mas diante da primeira provação, declinam da missão. Outros, ainda que cientes de seu chamado, colocam outras prioridades à frente de ir e pregar “o reino de Deus” (v.60). E ainda outros até aceitam o chamado de Deus, desde que antes possam despedir se de sua antiga vida. Certamente, Jesus deixou bem claro que segui Lo é uma questão de escolha e que envolve vida ou morte, não apenas de quem é chamado, mas de todos os que podem ser alcançados em sua esfera de influência. Enquanto muitos quando O viam corriam para perto dEle, muitos também rejeitavam a Jesus. Mas uma coisa era igual para ambos os grupos de pessoas: “o aspecto dEle” (v.53). Todos sabiam para onde Ele estava indo. Quando as pessoas olham para nós, elas sabem para onde estamos indo? A resposta negativa à nossa pregação não significa que falhamos no cumprimento da missão, mas que nem todos estão dispostos a seguir pelo mesmo caminho. Um verdadeiro discípulo de Jesus não é aquele que fala melhor, mas aquele que sabe para onde vai. Que pelo poder do Espírito Santo, sejamos verdadeiros discípulos de Cristo e que se cumpra em nossa vida a letra da canção: “E se alguém vier atrás de mim por onde vou, vai ver que Cristo e eu deixamos uma pegada só” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, n° 481). Vigiemos e oremos! Feliz semana, seguidores de Jesus! Assista a este testemunho. O que significa, na prática, Lucas 9:23: https://youtu.be/2Ygcyi4iSiU Rosana Garcia Barros