Comentário Bíblico
Adventista
Que não causassem dano - (cba)
Apocalipse 9:4
Normalmente, os gafanhotos destroem a vegetação, não seres humanos. Todavia, esses gafanhotos recebem a ordem de não causar dano a nenhuma planta em crescimento, senão aos homens injustos. Aqueles que identificam o símbolo do gafanhoto com os sarracenos sugerem que essa proibição reflete a política dos conquistadores árabes de não destruir propriedades arbitrariamente e não matar cristãos e judeus, contanto que estes se sujeitassem ao pagamento de tributos. Há o relato de que Abu Bakr, sucessor de Maomé, disse o seguinte a seus soldados acerca de determinado grupo: “Vocês encontrarão outro tipo de pessoas que pertencem à sinagoga de Satanás, que têm coroas rapadas; rachemlhes o crânio e não lhes mostrem compaixão, até que se tornem maometanos ou paguem tributo” (citado por Edward Gibbon, The Decline and Fall of the Roman Empire, ed. J. B. Bury, vol. 5, p. 416). Não se conhece ao certo a identificação dessa classe.
Quando aplicada aos árabes muçulmanos, esta restrição pode ser compreendida como a política de permitir que os conquistados vivessem. Essa prática foi adotada para que os vencidos pudessem ajudar os guerreiros em suas conquistas futuras.
Não têm o selo - (cba)
Apocalipse 9:4
Como a guarda do sábado é o sinal externo da obra interior de selamento pelo Espírito Santo (ver com. de Ezequiel 9:4;Efe:1:13@), alguns sugerem que os indivíduos atacados pelos "gafanhotos" aqui são aqueles que não guardam o sábado verdadeiro nem têm o penhor do Espírito Santo.
Sobre a fronte - (cba)
Apocalipse 9:4
Ver Ezequiel 9:4; .
Nota Adicional a Apocalipse 9 - (cba)
Apocalipse 9:1-21
Um dos primeiros estudiosos da Bíblia a identificar os turcos com o poder retratado na sexta trombeta foi o reformador suíço Heinrich Bullinger (m. 1575 d.C.), embora Martinho Lutero já houvesse mencionado que essa trombeta simbolizava os muçulmanos. No entanto, os comentaristas divergem bastante quanto à data desta e da quinta trombeta. Uma maioria decisiva liga a quinta trombeta ao período de ascensão dos sarracenos, e a sexta, ao auge dos turcos seljúcidas ou otomanos.
Em 1832, Guilherme Miller propôs uma nova abordagem à datação dessas trombetas, ligando-as cronologicamente (no quinto artigo de uma série publicada no periódico Telegraph, de Vermont). Com base no princípio dia-ano (ver com. de Daniel 7:25), Miller calculou que os cinco meses da quinta trombeta (Apocalipse 9:5) correspondiam a 150 anos literais. A hora, o dia, o mês e o ano da sexta trombeta seriam equivalentes a 391 anos e 15 dias. Muitos comentaristas anteriores a Miller haviam realizado os mesmos cálculos, mas não fizeram uma ligação cronológica entre os dois períodos. Miller propôs que o intervalo temporal da sexta trombeta ocorreu logo após o da quinta. Assim, o período inteiro seria de 541 anos e 15 dias. Ele localizou esse período de 1298 d.C., quando ocorreu o primeiro ataque dos turcos otomanos ao império bizantino, a 1839. Portanto, de acordo com seu ponto de vista, as duas trombetas representam os ataques dos turcos otomanos. A quinta simbolizaria sua ascensão e a sexta, seu domínio.
- 25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Daniel 7:25 5 Foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem. Apocalipse 9:5
Em 1838, Josiah Litch, um dos companheiros de Miller no movimento do segundo advento nos Estados Unidos, revisou as datas de Miller e demarcou a quinta trombeta de 1299 d.C. até 1449, e a sexta, de 1449 a 1840. Litch adotou a data de 27 de julho de 1299 para a batalha de Bafeu, perto da Nicomédia, que ele considerou o primeiro ataque dos turcos otomanos ao império bizantino. Para ele, o ano de 1449 representava o colapso do poder bizantino, pois, no final de 1448, Constantino Paleólogo, o novo imperador bizantino, havia pedido permissão ao sultão turco Murad II, antes de ousar assumir o trono. Na verdade, ele só recebeu a coroa em 6 de janeiro de 1449, após a permissão ser concedida. Litch acreditava que esse período de 150 anos correspondia à época em que os turcos otomanos atormentaram (ver Apocalipse 9:5) o império bizantino.
Conforme já mencionado, Litch definiu 1299 como o início da quinta trombeta; para ser mais exato, 27 de julho de 1299, que era sua data para a batalha de Bafeu. Ele atribuiu à quinta trombeta o período de 150 anos. Isso o levou até 27 de julho de 1449 para o início da sexta trombeta. Acrescentando 391, ele chegou a 27 de julho de 1840. Os quinze dias o fizeram parar no mês de agosto desse ano. Ele predisse que, naquele mês, o poder do império turco seria subjugado. No entanto, a princípio ele não marcou um dia específico em agosto. Pouco antes desse período expirar, declarou que o império turco acabaria em 11 de agosto, exatos quinze dias depois de 27 de julho de 1840.
Naquela época, a atenção do mundo estava voltada para os acontecimentos em torno do império turco. Em junho de 1839, Mohammed Ali, paxá do Egito e nominalmente um vassalo do sultão, havia se rebelado contra seu suserano. Ele derrotou os turcos e capturou a marinha deles. Em meio a essas circunstâncias, o sultão Mahmud II morreu, e os ministros de seu sucessor, Abdul Mejid, propuseram um acordo, segundo o qual Mohammed Ali receberia o paxalato hereditário do Egito, e seu filho Ibrahim passaria a governar a Síria. No entanto, a Grã-Bretanha, França, Áustria, Prússia e Rússia, todas elas, nações com interesses no Oriente Médio, intervieram e insistiram que não fosse feito nenhum acordo entre os turcos e Mohammed Ali sem que fossem consultadas. As negociações se arrastaram até o verão de 1840, quando, em 15 de julho, a Grã-Bretanha, Áustria, Prússia e Rússia assinaram o Tratado de Londres, propondo apoiar com forças armadas os termos sugeridos no ano anterior pelos turcos. Foi por volta dessa época que Litch anunciou sua previsão de que o poder turco chegaria ao fim em 11 de agosto. Nesse dia, o emissário turco chegou a Alexandria com os termos da convenção de Londres. Além disso, embaixadores dos quatro poderes receberam uma mensagem do sultão, perguntando que medidas deveriam ser tomadas em referência a uma circunstância com consequências vitais para seu império. Ele foi informado de que “provisões haviam sido feitas", mas não podia saber do que se tratava. Litch interpretou tais eventos como um reconhecimento, por parte do governo turco, de que seu poder independente havia acabado.
Como esses acontecimentos tiveram lugar no momento especificado pela predição de Litch, eles exerceram forte influência sobre o pensamento daqueles envolvidos no movimento millerita nos Estados Unidos. Na verdade, essa predição de Litch chegou a conferir credibilidade a outras profecias de tempo que ainda não haviam se cumprido, sobretudo a dos 2.300 anos. Portanto, o episódio de 1840 foi um fator-chave para o aumento das expectativas quanto ao segundo advento, que supostamente ocorreria três anos depois (ver GC, 334, 335).
Contudo, comentaristas e teólogos em geral divergem bastante quanto ao significado da quinta e da sexta trombetas. Isso se deve principalmente a problemas em três áreas: (1) o significado do simbolismo em si, (2) o sentido do texto grego e (3) os acontecimentos históricos e as datas envolvidas. No entanto, abordar esses problemas de maneira ampla está além do escopo deste Comentário.
De modo geral, a interpretação adventista da quinta e da sexta trombetas, sobretudo no que se refere ao período envolvido, tem sido alinhada à de Josiah Litch.
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
selo de Deus
Apocalipse 9:4
Ver Apocalipse 7:2. Os demônios não conseguem prejudicar o povo fiel a Deus (ver também Romanos 8:35-39). Gafanhotos normais causam danos à vegetação; estes atacam pessoas.
- 2 E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, tendo o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, quem fora dado que danificassem a terra e o mar, Apocalipse 7:2 35 quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. 38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. Romanos 8:35-39
Referências cruzadas
Apocalipse 9:4
Apocalipse 6:6; Apocalipse 8:7; Apocalipse 7:2,3.
- 6 E ouvi como que uma voz no meio dos quatro seres viventes, que dizia: Um queniz de trigo por um denário, e três quenizes de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho. Apocalipse 6:6 7 O primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue, que foram lançados na terra; e foi queimada a terça parte da terra, a terça parte das árvores, e toda a erva verde. Apocalipse 8:7 2 E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, tendo o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, quem fora dado que danificassem a terra e o mar, 3 dizendo: Não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que selemos na sua fronte os servos do nosso Deus. Apocalipse 7:2,3
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Apocalipse 9:1-12
Ao toque da quinta trombeta caiu uma estrela do céu na terra. Havendo deixado de ser um ministro de Deus, aquele que está representado por esta estrela torna-se um ministro do Diabo, e solta as potestades do inferno contra a Igreja de Cristo. Ao abrir-se o abismo sem fundo, dali sai muita fumaça. O Diabo executa seus desígnios cegando os olhos dos homens, apagando a luz e o conhecimento e aumentando a ignorância e o engano. Desta fumaça sai um exército de gafanhotos, simbolizando os agentes de Satanás, que aumentam a superstição, a idolatria, o engano e a crueldade. As árvores e a erva, os crentes verdadeiros, novos ou mais experientes, serão intocáveis. Porém, um veneno e uma infecção secreta da alma roubará a pureza de muitos, e depois a paz.
Os gafanhotos não tinham poder para ferir os que possuíam o selo de Deus. A graça distintiva e toda poderosa de Deus resguardará o seu povo da apostasia total e final. O poder está limitado a um curto período de tempo, mas será agudo. Em tais acontecimentos, os fiéis provavelmente poderão compartilhar a calamidade comum, mas estarão a salvo da pestilência do engano. Pelas Escrituras entendemos que tais enganos estavam ali provando e examinando os cristãos (1 Coríntios 11:19). Os primeiros escritores se referem a isto como a primeira grande hoste de corruptores que se espalharam pela Igreja cristã.
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- Análise em Cadeia 6 E ouvi como que uma voz no meio dos quatro seres viventes, que dizia: Um queniz de trigo por um denário, e três quenizes de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho. Apocalipse 6:6 3 dizendo: Não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que selemos na sua fronte os servos do nosso Deus. Apocalipse 7:3 10 Não o tens protegido de todo lado a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? Tens abençoado a obra de suas mãos, e os seus bens se multiplicam na terra. 12 Ao que disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo o que ele tem está no teu poder; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do Senhor. Jó 1:10,12 10 Na verdade a cólera do homem redundará em teu louvor, e do restante da cólera tu te cingirás. Salmos 76:10 24 porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Mateus 24:24 8 E assim como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. 9 Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesta a sua insensatez, como também o foi a daqueles. 2 Timóteo 3:8,9 7 O primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue, que foram lançados na terra; e foi queimada a terça parte da terra, a terça parte das árvores, e toda a erva verde. Apocalipse 8:7 3 dizendo: Não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que selemos na sua fronte os servos do nosso Deus. 4 E ouvi o número dos que foram assinalados com o selo, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos dos filhos de Israel: Apocalipse 7:3,4 1 E olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o Monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que traziam na fronte escrito o nome dele e o nome de seu Pai. Apocalipse 14:1 23 Porque o Senhor passará para ferir aos egípcios; e, ao ver o sangue na verga da porta e em ambos os umbrais, o Senhor passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas para vos ferir. Êxodo 12:23 6 Disse, pois, o Senhor a Satanás: Eis que ele está no teu poder; somente poupa-lhe a vida. Jó 2:6 4 E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. 6 Matai velhos, mancebos e virgens, criancinhas e mulheres, até exterminá-los; mas não vos chegueis a qualquer sobre quem estiver o sinal; e começai pelo meu santuário. Então começaram pelos anciãos que estavam diante da casa. Ezequiel 9:4,6 30 E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Efésios 4:30