Comentário Bíblico
Adventista
Pelo que - (cba)
Romanos 4:22
Isto se refere ao contexto anterior (Romanos 4:18-21). Foi a fé inabalável de que Deus podería cumprir tudo que havia prometido que foi imputada como justiça a Abraão. A análise de Paulo sobre a experiência de Abraão fornece uma evidência adicional sobre o tipo de fé que pode ser assim abrigada. A fé que Abraão tinha não era somente uma crença de que Deus dizia a verdade. Sua vida de confiança e obediência consistentes, apesar da evidência natural de que poderia ser tentado a pensar e agir de outra forma, revela que sua fé era uma verdadeira relação pessoal com Deus. Abraão creu em Deus (Romanos 4:3,17). Ou seja, Abraão colocou sua fé em Deus, não em algo impessoal. Sua fé não estava em uma doutrina ou em um credo, mas num Deus pessoal. Assim, foi possível a Abraão aceitar e obedecer ao que o Senhor prometera ou ordenara, mesmo quando, humanamente, parecia razoável supor que essas promessas e ordens nunca poderíam ser cumpridas.
- 18 O qual, em esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência; 19 e sem se enfraquecer na fé, considerou o seu próprio corpo já amortecido (pois tinha quase cem anos), e o amortecimento do ventre de Sara; 20 contudo, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus, 21 e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso para o fazer. Romanos 4:18-21 3 Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. 17 (como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, que vivifica os mortos, e chama as coisas que não são, como se já fossem. Romanos 4:3,17
Hoje, a fé do cristão não deve ser menor do que a de Abraão (PJ, 312). Nossa vida revela se estamos ou não aproveitando essa experiência.
Em nenhum desses versículos que tratam do reconhecimento da justiça, ou da atribuição da fé como justiça, é afirmado expressamente que a justiça de Cristo é creditada ao crente. No entanto, está implícita no sentido pleno da experiência da justificação pela fé, entendida à luz de todo o grande plano de Deus para a restauração do ser humano (ver com. de Rm 3, 5, 8; cf. Romanos 3:25,26,28). A lei requer justiça, a qual o ser humano é incapaz de dar. Mas Jesus, enquanto esteve na Terra, viveu uma vida justa e desenvolveu um caráter perfeito. Estes, Ele oferece como um presente para os que os desejam. Sua vida se ergue pela vida da humanidade (ver DTN, 762; Ellen G. White, Material Suplementar sobre Romanos 4:3-5). Por causa da vida perfeita de Cristo, culminando com Sua morte sacrifical, é possível que a pessoa seja tratada como se ela mesma tivesse cumprido as exigências da lei. Assim, a justiça de Cristo é atribuída a ela.
- 25 ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos; 26 para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus. 28 concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. Romanos 3:25,26,28 3 Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. 4 Ora, ao que trabalha não se lhe conta a recompensa como dádiva, mas sim como dívida; 5 porém ao que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é contada como justiça; Romanos 4:3-5
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Romanos 4:13-22
A promessa foi feita a Abraão muito antes da lei. Mostra a Cristo e refere-se à promessa (Gênesis 12:3): "em ti serão benditas todas as famílias da terra". A lei produzia ira ao indicar que todo transgressor fica exposto ao descontentamento divino.
Como Deus tinha a intenção de dar aos homens um título das bênçãos prometidas, o designou pela fé, gratuitamente, para assegurá-la a todos os que tivessem a mesma fé preciosa de Abraão, quer fossem judeus, quer fossem gentios de todas as épocas. A justificação e a salvação dos pecadores, o tomar para si aos gentios que não haviam sido povo, foi um chamado de graça das coisas que não são como se já fossem, e esta ação de criar aquilo que não existe, prova o poder onipotente de Deus.
A natureza e a fé de Abraão são mostradas aqui. Creu no testemunho de Deus e esperou o cumprimento de sua promessa, com uma firme esperança quando o caso parecia sem esperanças. É fraqueza de fé o que faz com que o homem se angustie pelas dificuldades do caminho até uma promessa. Abraão não a considerou como tema que admitisse discussão nem debate. A incredulidade está no fundo de todas as nossas dúvidas em relação às promessas de Deus. O poder da fé é demonstrado em sua vitória sobre os temores. Deus honra a fé e uma grande fé honra a Deus. Esta lhe foi imputada por justiça. A fé é uma graça que, entre todas as demais, glorifica a Deus. A fé é claramente o instrumento pelo qual recebemos a justiça de Deus, a redenção que há em Cristo; e aquilo que é o instrumento pelo qual a alcançamos ou recebemos, não pode ser a mesma coisa, nem o dom pode ser assim alcançado e recebido. A fé de Abraão não o justificou por mérito ou valor próprio, mas ao dar-lhe uma participação em Cristo.
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- Análise em Cadeia 3 Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. 6 assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus atribui a justiça sem as obras, dizendo: Romanos 4:3,6 6 E creu Abrão no Senhor, e o Senhor imputou-lhe isto como justiça. Gênesis 15:6