Comentário Bíblico
Adventista
Não julgueis - (cba)
Mateus 7:1
Jesus Se refere em especial ao fato de julgar as intenções de outra pessoa, não ao fato de julgar se seus atos são certos ou errados. Somente Deus pode julgar as intenções, pois só Ele pode ler o pensamento (ver Hebreus 4:12; DTN, 314). Visto que Deus vê o coração humano, Ele ama o pecador e odeia o pecado. Como o ser humano é capaz de discernir apenas o “exterior” (1 Samuel 16:7), e não o coração, inevitavelmente comete erros. Jesus não Se refere à percepção por meio da qual o cristão deve distinguir entre o certo e o errado (Apocalipse 3:18; cf. T5, 233), mas sim ao hábito da crítica e da censura, em geral, injusta.
- 12 Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12 7 Mas o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque eu o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coraçao. 1 Samuel 16:7 18 aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas. Apocalipse 3:18
Nota Adicional a Mateus 7 - (cba)
Mateus 7:1-29
Nos escritos dos eruditos rabínicos se encontram vários paralelos com os ensinos morais e religiosos de Jesus no Sermão do Monte e outras passagens. A pergunta é: até que ponto um depende do outro? Eruditos judeus modernos argumentam que, na maioria, Jesus dependeu da tradição judaica das escolas de Sua época. Tobias Tal (Een Blik in Talmoed en Evangelic, Amsterdã, 1881) declarou que os ensinos morais do NT são encontrados sem exceção no Talmude e, além disso, que o Talmude foi a fonte da qual os evangelhos tomaram emprestados seus ensinos morais. Um erudito judeu moderno afirma que “no evangelho não há sequer um ensinamento ético que não tenha paralelo no Antigo Testamento, nos livros apócrifos ou na literatura do Talmude e do Midrash do período próximo ao de Jesus” (Joseph Klausner, Jesus of Nazareth [traduz.ido por Herbert Danby], p. 384). Ele ainda afirma que “Jesus não apresentou quase nenhum ensinamento ético que fosse fundamentalmente estranho ao judaísmo.
A semelhança é tão extraordinária que quase poderia parecer que os evangelhos foram compostos simples e unicamente do conteúdo do Talmude e do Midrash” (ibid., p. 388, 389). Muitos comentaristas cristãos, embora não sejam tão radicais como os eruditos judeus mencionados acima, ainda citam vários paralelos da literatura rabínica, criando a impressão de que Jesus, na verdade, ensinou pouco além daquilo que já era conhecido aos judeus.
Os paralelos surpreendentes existem; ninguém pode negar. Mas não se deduz necessariamente que Jesus tenha extraído Seus ensinos morais da literatura rabínica. Talvez a comparação mais extensa já feita entre o Novo Testamento e a literatura judaica seja a de Hermann L. Strack e Paul Billerbeck, em Kommentarzum Neuen Testament aus Talmud und Midrasch, uma obra monumental de 4.102 páginas. Visto que os autores são sem dúvida as principais autoridades no assunto, é interessante notar suas observações e conclusões feitas num epílogo dos comentários do Sermão do Monte. Eles observam que, salvo uma exceção (o que disse Hillel, ver com. de Mateus 7:12), os paralelos com o Sermão do Monte atribuídos por nomes a rabinos são todos de mestres rabinos que viveram depois da época de Jesus. Argumenta-se contra isso que muitos dizeres, embora levem os nomes de autores posteriores, são de origem anterior, sendo possível que tenham servido de fonte para Jesus. No entanto, Strack e Billerbeck defendem a regra bem estabelecida de que um dizer que é atribuído a um determinado autor na verdade pertence ao erudito cujo nome leva, a menos que se possa provar, a partir de fontes confiáveis, que esse dizer já existia antes.
Quando se aplica essa regra aos dizeres do Sermão do Monte, torna-se imediatamente evidente que a vasta maioria deles deve ser atribuída a Jesus, visto que Ele viveu antes dos eruditos a quem são atribuídos na literatura rabínica. Não se nega que alguns desses dizeres podem ter sido anteriores, mas cabe a quem assim crê provar em cada caso que o dizer é de fato mais antigo.
Examinemos por um momento o outro lado da questão. Até que ponto Jesus pode ter sido a fonte de alguns dos dizeres da literatura rabínica? Strack e Billerbeck observam evidências de que os eruditos tanaíticos [rabinos pertencentes à era tanaítica, do primeiro ao segundo século d.C.] mais antigos, que viveram por volta de 100 d.C., conheciam bem alguns dos ensinos de Jesus. Por exemplo, a declaração de Mateus 5:17 é mencionada num debate entre Gamaliel II (c. 90 d.C.) e um cristão (Shabbath, 116a, 116b, ed. Soncino, Talmude, p. 571). Não se pode avaliar a influência que Jesus teve no desenvolvimento do pensamento judaico, em especial, durante os primeiros anos em que a sinagoga e a igreja estavam estreitamente relacionadas. Podem-se considerar os seguintes dizeres como uma análise justa da situação: “Sugeriu-se, embora dificilmente se possa provar, que as críticas feitas por Jesus, posteriormente quando sua origem tinha sido esquecida, pudessem ter tido algum papel no desenvolvimento do código judaico à medida que este tomou forma na Mishnah e no Talmude” (H. D. A. Major, T. W. Manson, e C. J. Wright, The Mission and Message of Jesus, p. 304).
Quando se recorda que a porcentagem de dizeres rabínicos que não se baseia total ou parcialmente num texto bíblico é mínima, não é de se surpreender que se encontrem paralelos entre esses dizeres e os de Jesus, que deu origem ao AT. Em todos os tempos, quando homens piedosos permitiram que o Espírito Santo, que inspirou os escritos do AP, os influenciasse, suas palavras refletiram a luz do Céu. De fato, essa observação explica por que filósofos que atuaram fora da área da religião revelada, tais como Confúcio e Platão, frequentemente apresentaram ideais elevados. Jesus é a “verdadeira luz, que vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (João 1:9; cf. DTN, 465).
Embora existam paralelos entre os dizeres de Jesus e os de eruditos judeus ao mesmo tempo, há diferenças importantes, como observam Strack e Billerbeck. Nenhum erudito judeu posterior deixou tantos dizeres morais e religiosos como Jesus. Nenhum erudito judeu posterior foi capaz de apresentar seus dizeres de forma breve e com a autoridade que admiramos tanto nos ensinos de Jesus. Acima de tudo, ninguém teve os mesmos objetivos de Jesus, e nisso está a principal diferença, a despeito de todas as semelhanças. Jesus se opôs diretamente à doutrina farisaica da salvação pelas obras, e ensinou com destemor a impropriedade da justiça legalista. Ao mesmo tempo, mostrou a Seu povo um novo caminho que conduz a uma justiça mais elevada. A literatura rabínica dá evidência incontestável de que a religião dos judeus, conforme apresentada pelos rabis, era uma religião em que a redenção era obtida por conta própria. O cristianismo, por outro lado, não está centrado numa coleção particular de verdades éticas e de ensinos, mas em Jesus somente, Sua pessoa e obra.
A importância espiritual dos ensinos de Jesus não deve ser medida simplesmente por seus grandes princípios morais. Muitos deles já tinham sido apresentados no AT ou nos dizeres de homens que foram, em diferentes níveis, iluminados pela luz do Céu. Cristo falava como homem algum jamais falou e com uma autoridade que chamava atenção. A diferença marcante de nosso Senhor é o fato de Ele ser divino, ao passo que os outros mestres eram humanos. Ele não veio apenas para dizer como se deve viver, mas também para dar poder para se viver como ordenou. Ele não veio apenas para mostrar que o pecado é mau e que a justiça é o verdadeiro alvo da vida, mas veio para apagar pecados passados e dar aos seres humanos a justiça que provém do Céu. Isso mestres humanos não poderiam fazer. Na melhor das hipóteses, poderiam apontar aos seres humanos um caminho melhor. Mas Jesus é “o caminho, e a verdade, e a vida’’ (João 14:6). Pelo Pai, Ele tornou-Se para nós “sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Coríntios 1:30).
- 6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. João 14:6 30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; 1 Coríntios 1:30
Jesus é a “verdadeira luz” (João 1:9). Ele é a fonte de toda luz verdadeira, não o refletor da luz de outrem (ver com. de João 1:9; João 5:35). Tudo o que é bom e nobre tem origem nEle e conduz a Ele.
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
julgueis
Mateus 7:1
A declaração não é uma reprovação geral à crítica e condenação do mau comportamento, mas uma contradição à critica hipócrita que tem o objetivo de destruir, em vez de edificar.
Satanás é julgado pela própria idéia de justiça
Mateus 7:1-2
Ver Lucas 6:37; Romanos 2:1; 1 Samuel 14:44. Satanás será julgado por sua própria idéia de justiça. Era seu apelo para que todo pecado encontrasse sua punição. Se Deus perdoou a punição, ele disse, Ele não era um Deus de verdade ou justiça. Satanás enfrentará o julgamento que disse que Deus deveria exercer ( Manuscrito 111, 1897 ).
- 37 Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. Lucas 6:37 1 Portanto, és inescusável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu que julgas, praticas o mesmo. Romanos 2:1 44 Ao que disse Saul: Assim me faça Deus, e outro tanto, se tu, certamente, não morreres, Jônatas. 1 Samuel 14:44
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Mateus 7:1-6
Devemos nos julgar a nós mesmos, e julgar a nossos próprios atos; porém, sem fazer de nossa palavra uma lei para alguém. Não devemos julgar duramente a nossos irmãos sem ter base para isto. Não devemos tomá-los os piores dentre todas as pessoas. Aqui há uma repreensão justa para todos os que contendem com seus irmãos por faltas pequenas, enquanto eles se permitem as grandes. Alguns pecados são leves como ciscos, outros são pesados como vigas; alguns são como um mosquito, enquanto outros são como um camelo. Não é que exista pecado pequeno, se é como um estilhaço ou um cisco está no olho, se é como um mosquito está na garganta: ambos são dolorosos e perigosos, e não podemos estar bem nem confortáveis até que sejam retirados. o que a caridade nos ensina a chamar de algo pequeno como palha no olho alheio, o arrependimento e a santa tristeza nos ensinarão a chamá-lo de viga em nossos próprios olhos. É estranho que um homem possa estar em um estado pecaminoso e miserável, e não dar-se conta disto, como um homem que tem uma viga em seu olho e não leva isso em conta; o Deus deste mundo lhes cega o entendimento.
Aqui há uma boa regra para os que julgam aos demais: primeiro concerta-te a ti mesmo.
- Veja também Em Contato com os Outros 7:1,2
A Ciência do Bom Viver, Pág. 484
Uma advertência desatendida 7:1Testemunhos Seletos 3, Pág. 162
Os arrependidos devem ser perdoados, 8 de Julho 7:1Refletindo a Cristo, Pág. 195
Não é nossa obra criticar, 15 de Agosto 7:1Nossa Alta Vocação, Pág. 229
Não julgar, 21 de Julho 7:1Olhando para o Alto, Pág. 234
Consideração para com os que erram 7:1Testemunhos Seletos 1, Pág. 303
Transformação de Simão, 29 de Outubro 7:1Vidas Que Falam, Pág. 310
Não julgar, 16 de Novembro 7:1Exaltai-O, Pág. 387
- Análise em Cadeia 5 Ouvi a palavra do Senhor, os que tremeis da sua palavra: Vossos irmãos, que vos odeiam e que para longe vos lançam por causa do meu nome, disseram: Seja glorificado o Senhor, para que vejamos a vossa alegria; mas eles serão confundidos. Isaías 66:5 52 Tu, também, pois que deste sentença favorável a tuas irmãs, leva a tua vergonha; por causa de teus pecados, que fizeste mais abomináveis do que elas, mais justas são elas do que tu; confunde-te logo também, e sofre a tua vergonha, porque justificaste a tuas irmãs. 53 Eu, pois, farei tornar do cativeiro a elas, a Sodoma e suas filhas, a Samária e suas filhas, e aos de vós que são cativos no meio delas; 54 para que sofras a tua vergonha, e sejas envergonhada por causa de tudo o que fizeste, dando-lhes tu consolação. 55 Quanto a tuas irmãs, Sodoma e suas filhas, tornarão ao seu primeiro estado; e Samária e suas filhas tornarão ao seu primeiro estado; também tu e tuas filhas tornareis ao vosso primeiro estado. 56 Não foi Sodoma, tua irmã, um provérbio na tua boca, no dia da tua soberba, Ezequiel 16:52-56 37 Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. Lucas 6:37 1 Portanto, és inescusável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu que julgas, praticas o mesmo. 2 E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade, contra os que tais coisas praticam. Romanos 2:1,2 3 Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue a quem come; pois Deus o acolheu. 4 Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar. 10 Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Deus. 11 Porque está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua louvará a Deus. 12 Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. 13 Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão. Romanos 14:3,4,10-13 3 Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por qualquer tribunal humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo. 4 Porque, embora em nada me sinta culpado, nem por isso sou justificado; pois quem me julga é o Senhor. 5 Portanto nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não só trará à luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o seu louvor. 1 Coríntios 4:3-5 1 Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo. Tiago 3:1 11 Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. 12 Há um só legislador e juiz, aquele que pode salvar e destruir; tu, porém, quem és, que julgas ao próximo? Tiago 4:11,12 37 Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 41 Por que vês o argueiro no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Lucas 6:37,41
- Veja também Em Contato com os Outros 7:1,2
A Ciência do Bom Viver, Pág. 484
Uma advertência desatendida 7:1Testemunhos Seletos 3, Pág. 162
Os arrependidos devem ser perdoados, 8 de Julho 7:1Refletindo a Cristo, Pág. 195
Não é nossa obra criticar, 15 de Agosto 7:1Nossa Alta Vocação, Pág. 229
Não julgar, 21 de Julho 7:1Olhando para o Alto, Pág. 234
Consideração para com os que erram 7:1Testemunhos Seletos 1, Pág. 303
Transformação de Simão, 29 de Outubro 7:1Vidas Que Falam, Pág. 310
Não julgar, 16 de Novembro 7:1Exaltai-O, Pág. 387