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Primeiros Escritos
Livros 38
Autor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Tem-se-me mostrado o grande amor e condescendência de Deus em dar o Seu Filho para morrer a fim de que o homem pudesse encontrar perdão e viver. Foram-me mostrados Adão e Eva, que tiveram o privilégio de contemplar a beleza e encanto do Jardim do Éden e a quem fora dado comer de toda árvore do jardim, exceto uma. Mas a serpente tentou Eva e esta tentou o marido, e ambos comeram da árvore proibida. Quebraram o mandamento de Deus e tornaram-se pecadores. As novas se espalharam através do Céu e as harpas todas se calaram. Entristeceram-se os anjos, e temeram que Adão e Eva lançassem de novo a mão ao fruto da árvore da vida e se tornassem pecadores imortais. Mas Deus disse que expulsaria do

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jardim os transgressores, e pelos querubins e uma espada flamejante guardaria o caminho para a árvore da vida, de maneira que o homem não se aproximasse dela para comer do seu fruto, o qual perpetua a imortalidade.

A tristeza encheu o Céu ante a realidade de que o homem se perdera e que o mundo que Deus havia criado se encheria de mortais condenados à miséria, enfermidade e morte e que não havia meio de escape para o ofensor. Toda a família de Adão tinha que morrer. Vi então o amorável Jesus e contemplei em Seu semblante uma expressão de simpatia e pesar. Logo O vi aproximar-Se da inexcedível luz que envolvia o Pai. Disse o meu anjo assistente: "Ele está em conversa íntima com Seu Pai." A ansiedade dos anjos parecia ser intensa enquanto Jesus estava em comunhão com Seu Pai. Três vezes Ele foi envolvido pela gloriosa luz em torno do Pai, e na terceira vez Ele veio do Pai e pudemos ver Sua pessoa. Seu semblante estava calmo, livre de toda perplexidade e angústia, e brilhava com uma luz maravilhosa que palavras não podem descrever. Ele fez então saber ao coro angélico que se abrira um caminho de escape para o homem perdido; que estivera pleiteando com o Pai, e obtivera permissão de dar Sua própria vida como resgate para a raça, de levar os seus pecados, e receber sobre Si a sentença de morte, abrindo desta maneira caminho pelo qual pudessem, mediante os méritos do Seu sangue, encontrar perdão para as transgressões passadas, e mediante a obediência ser levados de volta ao jardim do qual haviam sido expulsos. Então poderiam ter acesso ao glorioso, imortal fruto da árvore da vida a que tinham perdido agora todo o direito.

Então alegria, alegria inexprimível, encheu o Céu, e o coro celestial cantou um cântico de louvor e adoração. Eles tocaram suas harpas e cantaram com mais entusiasmo que jamais haviam cantado, por causa da grande graça e condescendência

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de Deus em entregar o Seu Filho querido para morrer pela raça rebelada. Então louvor e adoração se derramaram pela abnegação e sacrifício de Jesus em consentir deixar o seio de Seu Pai, e escolher uma vida de sofrimento e angústia, e uma morte ignominiosa, a fim de que pudesse dar vida a outros.

Disse o anjo: "Pensais que o Pai entregou o bem-amado Filho sem luta? Não, não." Foi de fato uma luta para o Deus do Céu decidir se deixaria perecer o homem culpado ou daria o Seu querido Filho para morrer por eles. Os anjos estavam tão interessados na salvação do homem que se poderia encontrar entre eles quem deixaria sua glória para dar a vida pelo homem a perecer. "Mas", disse o meu anjo acompanhante, "isto de nada aproveitaria." A transgressão era tão grande que a vida de um anjo não daria para pagar o débito. Nada menos que a morte e intercessão do Filho de Deus poderia pagar o débito e salvar o homem perdido de desesperada tristeza e ruína.

Mas a obra que fora designada aos anjos era de subir e descer com o revigorante bálsamo da glória para refrigerar o Filho de Deus em Sua vida de sofrimento. Eles ministraram a Jesus. Sua obra era também guardar os súditos da graça e protegê-los dos anjos maus e das trevas que eram constantemente lançadas ao redor deles por Satanás. Vi que era impossível para Deus mudar Sua lei para salvar o homem perdido, a perecer; portanto Ele permitiu que Seu querido Filho morresse pela transgressão do homem.

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