Comentário Bíblico
Adventista
Indignamente (ARC) - (cba)
1 Coríntios 11:29
Evidências textuais apoiam a omissão desta palavra. Se omitida, o sentido da passagem é: “pois quem come e bebe e não discerne o corpo”.
Discernir - (cba)
1 Coríntios 11:29
Do gr. diakrinõ, “distinguir”, “discriminar”. Neste caso, o sentido é de que os coríntios não distinguiam entre uma refeição comum e os emblemas consagrados do rito. Eles não faziam diferença entre o alimento regular e aqueles preparados para relembrá-los da morte expiatória de Cristo. Há grande diferença entre ritos memoriais de eventos comuns e o memorial do evento pelo qual se tornou possível a restauração do pecador. Os cristãos não devem considerar a Ceia como uma cerimônia meramente comemorativa de um acontecimento histórico. E muito mais. É uma renovação da consciência do que o pecado custou a Deus e da dívida que o ser humano tem para com o Salvador. É também um meio de manter vivo na mente do discípulo o dever de testemunhar de sua fé na morte expiatória do Filho de Deus (ver DTN, 656).
Juízo - (cba)
1 Coríntios 11:29
Do gr. krima, não necessariamente a punição futura e final do ímpio. Ao participar de forma imprópria da Ceia do Senhor, a pessoa se expõe ao desagrado de Deus e à punição, tal como a mencionada em 1 Coríntios 11:30,32.
Fracos e doentes - (cba)
1 Coríntios 11:29
Em geral, acredita-se que estes adjetivos descrevam doença física e sofrimento. Pode ser que a intemperança e a glutonaria associadas aos banquetes que precediam a Ceia em Corinto fossem fatores que contribuíssem para os males mencionados. Pecado é desobediência e produz sofrimento e morte.
Dormem - (cba)
1 Coríntios 11:29
Do gr. koimaomai, palavra usada nas Escrituras com frequência para indicar morte (João 11:11,12; Atos 7:60; 1 Coríntios 7:39; 1 Coríntios 15:51; 1 Tessalonicenses 4:13-15). Embriaguez e glutonaria têm sua própria recompensa, que é doença e morte. A intemperança dos crentes coríntios nas refeições da amizade deve ter sido de natureza tal a merecer essa advertência. Mas ela pode se aplicar a todos os casos em que se cometa excesso semelhante. No entanto, ela não pode ser separada do tema da observância da Ceia do Senhor. A pessoa que, por conduta descuidada na Ceia, mostra desrespeito pelos sofrimentos de Cristo perde as bênçãos que Deus deseja que receba. Essa mesma pessoa é propensa a ser descuidada em outros mandamentos divinos, o que atrai sofrimento sobre si mesma e até a morte.
- 11 E, tendo assim falado, acrescentou: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. 12 Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, ficará bom. João 11:11,12 60 E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu. E Saulo consentia na sua morte. Atos 7:60 39 A mulher está ligada enquanto o marido vive; mas se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor. 1 Coríntios 7:39 51 Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, 1 Coríntios 15:51 13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os outros que não têm esperança. 14 Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele. 15 Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem. 1 Tessalonicenses 4:13-15
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
A ceia do Senhor pervertida
1 Coríntios 11:18,19,20,21,22,23,24,35,26,27,28,29,30,31,32,33,34
Ver Mateus 26:26-29. Os coríntios estavam se afastando amplamente da simplicidade da fé e da harmonia da igreja. Eles continuaram a se reunir para a adoração, mas com corações distantes um do outro. Eles haviam pervertido o verdadeiro significado da Ceia do Senhor, seguindo em grande medida as festas idólatras. Eles se reuniram para celebrar os sofrimentos e a morte de Cristo, mas transformaram a ocasião em um período de festa e alegria egoísta.
Era costume, antes de participar da comunhão, reunir-se para uma refeição social. Famílias que professavam a fé traziam sua própria comida ao local de reunião e a comiam sem esperar cortesmente que as outras estivessem prontas. A sagrada instituição da Ceia do Senhor era, para os ricos, transformada em uma festa glutona; enquanto os pobres ficavam envergonhados quando seus parcos alimentos eram trazidos em contraste com os caros alimentos de seus irmãos ricos.
Paulo repreende os coríntios por fazerem da casa de Deus um lugar de festa e folia, como um grupo de idólatras: “O quê? Não tendes casa para comer e beber? ou desprezai a igreja de Deus e envergonha os que não o fazem? ” As festas religiosas públicas dos gregos eram conduzidas dessa maneira, e era por seguir os conselhos de falsos mestres que os cristãos foram levados a imitar seu exemplo. Esses professores começaram assegurando-lhes que não era errado assistir a festas idólatras e, finalmente, introduziram práticas semelhantes na igreja cristã.
Paulo passou a dar a ordem e o objetivo da Ceia do Senhor, e então advertiu seus irmãos contra a perversão desta ordenança sagrada ( Sketches from the Life of Paul, 170, 171 ).
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
1 Coríntios 11:23-34
O apóstolo descreve a ordenança sagrada, da qual tinha conhecimento por revelação de Cristo. Quanto aos sinais visíveis, estes são o pão e o vinho. O que se come chama-se pão, ainda que ao mesmo tempo simbolize o corpo de Cristo, mostrando claramente que o apóstolo não queria dizer que o pão fosse transformado em carne. Mateus nos disse que o nosso Senhor convidou a todos a beberem do cálice (cap. 26.27), como se houvesse previsto com esta expressão, que um crente poderia ser privado deste cálice. As coisas significadas por estes sinais externos são o corpo e o sangue de Cristo, seu corpo partido, seu sangue derramado, com todos os benefícios que fluem de sua morte e sacrifício.
As ações de nosso Senhor foram, ao tomar o pão e o cálice, dar graças, partir o pão e dar ambos aos discípulos. As ações daqueles que estavam participando da comunhão foram: tomar o pão e comê-lo, tomar o cálice e bebê-lo, fazendo ambas ações em memória de Cristo. Os atos externos não são o todo, nem a parte principal daquilo que se deve fazer nesta santa ordenança. Os que participam dela devem tomar a Cristo como seu Senhor e sua vida, render-se a Ele e viver para Ele.
Nela temos um relato das finalidades desta ordenança. Deve ser realizada em memória de Cristo, para manter viva em nossa mente a sua morte por nós, e também recordar a Cristo que intercede por nós à destra de Deus, em virtude de sua morte. Não é tão-somente em memória de Cristo, daquilo que Ele fez e sofreu, mas para celebrar a sua graça em nossa redenção. Declaramos que a sua morte é a nossa vida, a fonte de todos os nossos consolos e esperanças. Nos gloriamos em tal declaração; mostramos sua morte e a reivindicamos como nosso sacrifício e resgate aceito. A ceia do Senhor não é uma ordenança que deva ser observada somente por um certo tempo, mas deve ser perpétua.
O apóstolo expõe aos coríntios o perigo de recebê-la com um estado mental inapropriado ou conservando o pacto com o pecado e a morte enquanto se professa renovar e confirmar o pacto com Deus, sem dúvida, eles incorrem em grande culpa, e assim se tornam motivo obrigatório de juízos espirituais. Os crentes temerosos não devem se desencorajar de participar desta santa ordenança. O Espírito Santo nunca teria feito que esta Escritura fosse escrita para dissuadir os cristãos sérios de seu dever, ainda que o Diabo tente fazer isso frequentemente.
O apóstolo estava se dirigindo aos cristãos, e adverte-os a estarem alertas diante dos juízos temporais, com os quais Deus corrige aos seus servos que o ofendem. Em meio à ira, Deus lembra-se da misericórdia, muitas vezes castiga os que ama. É melhor suportar problemas neste mundo, do que ser miserável para sempre.
O apóstolo mostra o dever daqueles que se assentam à mesa do Senhor. O exame de si mesmo é necessário para que se possa participar corretamente desta ordenança sagrada. Se nos examinássemos realmente para condenar e endireitar aquilo que estivesse mal, impediríamos os juízos divinos.
O apóstolo conclui com uma advertência contra as irregularidades à mesa do Senhor, das quais os coríntios eram culpáveis. Evitemos cometer estes erros, para que eles não se unam à nossa adoração a Deus, pois provocariam a sua ira e acarretariam a sua vingança sobre nós.
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- Análise em Cadeia 30 Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem. 32 quando, porém, somos julgados pelo Senhor, somos corrigidos, para não sermos condenados com o mundo. 33 Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros. 34 Se algum tiver fome, coma em casa, a fim de que não vos reunais para condenação vossa. E as demais coisas eu as ordenarei quando for. 1 Coríntios 11:30,32-34 2 Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Romanos 13:2 1 Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo. Tiago 3:1 12 Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; seja, porém, o vosso sim, sim, e o vosso não, não, para não cairdes em condenação. Tiago 5:12 24 e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim. 27 De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. 1 Coríntios 11:24,27 5 Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo. Eclesiastes 8:5 14 mas o alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal. Hebreus 5:14