Comentário Bíblico
Adventista
Passadas estas coisas - (cba)
João 5:1
[A cura de um paralítico, João 5:1-18]. Literalmente, “depois destas [coisas]”, a mesma frase usada no início dos cap. 6 e 7 (ver com. de João 6:1).
- 1 Depois disso havia uma festa dos judeus; e Jesus subiu a Jerusalém. 2 Ora, em Jerusalém, próximo à porta das ovelhas, há um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco alpendres. 3 Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados [esperando o movimento da água.] 4 [Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; então o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.] 5 Achava-se ali um homem que, havia trinta e oito anos, estava enfermo. 6 Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim havia muito tempo, perguntou-lhe: Queres ficar são? 7 Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que, ao ser agitada a água, me ponha no tanque; assim, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. 8 Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda. 9 Imediatamente o homem ficou são; e, tomando o seu leito, começou a andar. Ora, aquele dia era sábado. 10 Pelo que disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito. 11 Ele, porém, lhes respondeu: Aquele que me curou, esse mesmo me disse: Toma o teu leito e anda. 12 Perguntaram-lhe, pois: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda? 13 Mas o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se retirara, por haver muita gente naquele lugar. 14 Depois Jesus o encontrou no templo, e disse-lhe: Olha, já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior. 15 Retirou-se, então, o homem, e contou aos judeus que era Jesus quem o curara. 16 Por isso os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. 17 Mas Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. 18 Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. João 5:1-18 1 Depois disto partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia, também chamado de Tiberíades. João 6:1
Uma festa - (cba)
João 5:1
As evidências textuais estão divididas entre esta variante e “a festa”.
Desde tempos antigos, os comentaristas estão divididos quanto a esta festa. Os pais da igreja se dividiram entre a Páscoa e o Pentecostes. Um manuscrito do evangelho, que se encontra em Oxford e data do 9° século, insere “festa dos pães asmos” em vez de “festa dos judeus”, identificando esta lesta como a Páscoa. Outro manuscrito posterior, contudo, mostra uma tentativa diferente de identificação, inserindo depois da palavra “judeus” a expressão “os Tabernáculos”. Alguns comentaristas defenderam esta como sendo a Festa da Dedicação, e muitos outros argumentaram que seria a festa de Purim. Assim, quase todas as festas do ano religioso judaico já foram defendidas como sendo esta comemoração.
Embora não seja possível dar uma resposta final ao problema, há certas evidências que favorecem pelo menos uma hipótese. No capítulo anterior (João 4:35), Jesus declarou que haveria quatro meses até a ceifa. Como a colheita de cereais na Palestina ocorria em abril e maio, parece que os eventos do cap. 4 ocorreram em dezembro ou janeiro. Nessa mesma época era celebrada a Festa da Dedicação (também conhecida como Hanukkah) em todas as sinagogas da Palestina. É improvável, contudo, que esta seja a festa mencionada aqui, não só por não ser uma das festas às quais os judeus iam regularmente celebrar em Jerusalém (ver Êxodo 23:14; Deuteronômio 16:16), mas também por ocorrer no inverno (ver João 10:22), uma época em que dificilmente os doentes estariam nos pavilhões que circundavam o tanque de Betesda. A festa seguinte era o Purim, que ocorria na metade do último mês do ano judaico, próximo ao final de março. Embora nessa época o clima já estivesse mais ameno, ainda é improvável que a festa aqui seja o Purim, porque, assim como a Festa da Dedicação, não era uma das festas para as quais os judeus, em geral, viajavam a Jerusalém.
- 35 Não dizeis vós: Ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Ora, eu vos digo: levantai os vossos olhos, e vede os campos, que já estão brancos para a ceifa. João 4:35 14 Três vezes no ano me celebrarás festa: Êxodo 23:14 16 Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão perante o Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher: na festa dos pães ázimos, na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos. Não aparecerão vazios perante o Senhor; Deuteronômio 16:16 22 Celebrava-se então em Jerusalém a festa da dedicação. E era inverno. João 10:22
As três outras festas com as quais a festa de João 5:1 foi identificada (Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos) eram todas celebradas em Jerusalém e ocorriam em época de clima geralmente ameno. Dessas três, a Páscoa parece ter mais evidências a seu favor, nesta passagem. Ela foi identificada como tal já no 2° século por Irineu (Contra Heresias, ii.22.3). A mesma expressão, “a festa dos judeus”, é usada para a Páscoa (João 6:4); e a festa de João 5:1 é a primeira festa, após a observação feita em João 4:35, à qual Jesus, como os judeus em geral, teria subido “para Jerusalém” (com. de Mateus 20:17).
- 1 Depois disso havia uma festa dos judeus; e Jesus subiu a Jerusalém. João 5:1 4 Ora, a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. João 6:4 35 Não dizeis vós: Ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Ora, eu vos digo: levantai os vossos olhos, e vede os campos, que já estão brancos para a ceifa. João 4:35 17 Estando Jesus para subir a Jerusalém, chamou à parte os doze e no caminho lhes disse: Mateus 20:17
Este milagre e a resultante acusação de Jesus perante o Sinédrio (ver com. de João 5:16-18) marcam o fim do ministério na Judeia. Era provavelmente a Páscoa do ano 29 d.C. (Nota Adicional a Lucas 4), um ano após a primeira purificação do templo (ver com. de João 2:13). Assim, o ministério na Judeia durou cerca de um ano, sendo interrompido pelo afastamento para a Galileia mencionado em João 4:1-3.
- 16 Por isso os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. 17 Mas Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. 18 Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. João 5:16-18 13 Estando próxima a páscoa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém. João 2:13 1 Quando, pois, o Senhor soube que os fariseus tinham ouvido dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos do que João 2 (ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos) 3 deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia. João 4:1-3
Para Jerusalém - (cba)
João 5:1
Ver com. de Mateus 20:17.
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
João 5:1-9
Por natureza, todos nós somos, em assuntos espirituais, impotentes, cegos, coxos e frágeis. Porém, a provisão completa para a nossa cura já está consumada, se atentarmos para ela. Um anjo descia do céu de tempos em tempos e revolvia a água, que curava qualquer enfermidade, mas somente o primeiro que entrasse na água era beneficiado. Esta situação nos ensina a sermos cuidadosos, para que não deixemos passar uma oportunidade que poderá não regressar novamente.
Aquele homem perdera os seus movimentos há trinta e oito anos. Nos queixaremos de uma noite cansativa, nós que, talvez por anos, apenas sabemos o que é estar enfermos por um dia, enquanto muitos outros, melhores do que nós, sabem o que é estar bem por um dia?
Cristo separou a este dos demais. Aqueles que são afligidos por muito tempo, podem ter como consolo que Deus leva em conta e conhece exatamente quantos dias já se passaram.
Observemos que este homem fala da falta de amabilidade daqueles que o rodeavam, sem expressar qualquer aborrecimento por isto. Assim como devemos ser agradecidos, devemos também ser pacientes. O Senhor Jesus curou este homem, mesmo não o tendo pedido e nem imaginado. Levanta-te e anda. A ordem de Deus: volte-se e viva; prepare para ti um novo coração, não pressupõe em nós o poder sem a graça de Deus, pois é a sua graça que distingue a ordem que deu ao homem incapacitado. O milagre foi realizado pelo poder de Cristo e Ele deve ter toda a glória. Que surpresa feliz para o pobre inválido, encontrar-se repentinamente tão bem, tão forte, tão capaz de conduzir-se a si mesmo! A prova de nossa saúde espiritual é que nos levantamos e andamos.
Se Cristo curou as nossas enfermidades espirituais, vamos aonde Ele nos mandar ir, levemos aquilo que Ele nos impuser e andemos na presença dEle.
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- Análise em Cadeia 13 Estando próxima a páscoa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém. João 2:13 14 Três vezes no ano me celebrarás festa: 15 A festa dos pães ázimos guardarás: sete dias comerás pães ázimos como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; e ninguém apareça perante mim de mãos vazias; 16 também guardarás a festa da sega, a das primícias do teu trabalho, que houveres semeado no campo; igualmente guardarás a festa da colheita à saída do ano, quando tiveres colhido do campo os frutos do teu trabalho. 17 Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão diante do Senhor Deus. Êxodo 23:14-17 23 Três vezes no ano todos os teus varões aparecerão perante o Senhor Jeová, Deus do Israel; Êxodo 34:23 2 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As festas fixas do Senhor, que proclamareis como santas convocações, são estas: Levítico 23:2 16 Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão perante o Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher: na festa dos pães ázimos, na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos. Não aparecerão vazios perante o Senhor; Deuteronômio 16:16 15 Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu. Mateus 3:15 4 mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei, Gálatas 4:4