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A Ciência do Bom Viver
Livros 321
Autor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Pág. 67

"Podes Tornar-me Limpo"

De todas as doenças conhecidas no Oriente, a lepra era a mais temida. Seu caráter incurável e contagioso, e seu terrível efeito sobre as vítimas, enchiam de temor aos mais corajosos. Entre os judeus era considerada um juízo pelo pecado, e daí ser chamada "o açoite", "o dedo de Deus". Profundamente arraigada, inextirpável, mortal, olhavam-na como símbolo do pecado.

Pela lei ritual, o leproso era considerado impuro. Tudo quanto ele tocasse estava imundo. O ar era corrompido por seu hálito. Como uma criatura já morta, excluíam-no das habitações dos homens. Uma pessoa suspeita de estar com essa doença devia apresentar-se aos sacerdotes, os quais a examinavam e decidiam o caso. Se declarado leproso, era isolado da família, separado da congregação de Israel e condenado a se associar unicamente com outros leprosos. Não havia exceção nem mesmo para reis e príncipes. Um governante atacado dessa terrível doença devia renunciar ao trono e fugir da sociedade.

Longe dos parentes e amigos, o leproso devia suportar a maldição de sua enfermidade. Era obrigado a publicar a própria desgraça, rasgar os vestidos e fazer soar o alarme, advertindo a todos para que fugissem de sua contaminadora presença. O grito "Imundo! imundo!" (Lv 13:45), vindo em lamentosos tons do solitário desterrado, era um sinal ouvido com temor e repulsão.

"Quem do imundo tirará o puro? Ninguém!" (Jó 14:4). "Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto" (Sl 51:10).

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