- Patriarcas e Profetas IV. A Longa Jornada
A Rocha Ferida
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se fará nele uma fonte d’água, que salta para a vida eterna." João 4:14. Cristo combina os dois tipos. Ele é a rocha, Ele é a água viva.
As mesmas figuras, belas e expressivas, encontram-se em toda a Bíblia. Séculos antes do advento de Cristo, Moisés O indicou como a rocha da salvação de Israel (Deut. 32:15); o salmista dEle cantou como sendo "Libertador meu" (Sal. 19:14), "Rocha da minha fortaleza" (Sal. 62:7), "Rocha que é mais alta do que eu" (Sal. 61:2), "Rocha de habitação" (Sal. 71:3), "Rocha do meu coração" (Sal. 73:26), "Rocha em que me refugiei" (Sal. 94:22). No cântico de Davi Sua graça é também descrita como águas frescas, "tranqüilas" (Sal. 23:2), entre verdes pastos, ao lado das quais o Pastor celestial guia Seu rebanho. Outra vez: Tu "os farás beber da corrente das Tuas delícias; porque em Ti está o manancial da vida" (Sal. 36:8 e 9). E o sábio declara: "Ribeiro transbordante é a fonte da sabedoria." Prov. 18:4. Para Jeremias Cristo é "manancial de águas vivas" (Jer. 2:13); para Zacarias "fonte aberta… contra o pecado, e contra a impureza". Zac. 13:1.
Isaías descreve-O como "uma Rocha eterna" (Isa. 26:4), "sombra de uma grande rocha em terra sedenta". Isa. 32:2. E ele recorda a preciosa promessa, trazendo vividamente à lembrança a torrente viva que flui para Israel: "Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas Eu, o Senhor os ouvirei, Eu o Deus de Israel os não desampararei." Isa. 41:7. "Derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca" (Isa. 44:3); "águas arrebentarão no deserto, e ribeiros no ermo (Isa. 35:6)." Faz-se o convite: "Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas." Isa. 55:1. E nas páginas finais do Volume Sagrado este convite soa de novo. O rio da água da vida, "claro como cristal", provém do trono de Deus e do Cordeiro; e o convite cheio de graça repercute através dos séculos: "Quem quiser, tome de graça da água da vida." Apoc. 22:17.
Precisamente antes de as hostes hebréias chegarem a Cades, cessou a torrente viva que durante tantos anos jorrara ao lado de seu acampamento. Deus Se propusera novamente provar Seu povo. Prová-los-ia para ver se confiariam em Sua providência ou imitariam a incredulidade de seus pais.
Estavam agora à vista das colinas de Canaã. Alguns dias de marcha levá-los-iam às fronteiras da Terra Prometida. Achavam-se a pequena distância de Edom, que pertencia à descendência