- Profetas e Reis III. Um Pregador de Justiça
O Chamado de Isaías
Capítulo: 024 025026
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lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos exércitos." Isa. 6:5. Em pé, por assim dizer, na plena luz da divina presença do santuário, ele sentiu que, se deixado a sua própria imperfeição e ineficiência, seria inteiramente incapaz de executar a missão para a qual havia sido chamado. Mas um serafim foi enviado para libertá-lo de sua angústia, e capacitá-lo para a sua grande missão. Uma brasa viva do altar foi colocada sobre seus lábios com as palavras: "Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e purificado o teu pecado." Então a voz de Deus se fez ouvir dizendo: "A quem enviarei, e quem há de ir por nós?" e Isaías respondeu: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Isa. 6:7 e 8.
O celestial visitante ordenou ao expectante mensageiro: "Vai, e dize a este povo:"Ouvis, de fato, e não entendeis, E vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o coração deste povo, E endurece-lhe os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; Não venha ele a ver com os olhos, e a ouvir com seus ouvidos, E a entender com o seu coração, E a converter-se, e a ser sarado.
O dever do profeta era claro; ele devia levantar sua voz em protesto contra os males predominantes. Mas assustava-o tomar a tarefa sem alguma segurança de sucesso. "Até quando, Senhor?" (Isa. 6:11) ele perguntou. Nenhum dentre Teu povo escolhido há de compreender, e arrepender-se e ser sarado?
Sua angústia de alma em favor do extraviado Judá não devia ser sofrida em vão. Sua missão não devia ser