#rpsp #PrimeiroDeus #Reavivadospsp “Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras” (v.2). No santuário, tanto o móvel no deserto, quanto o suntuoso templo de Jerusalém, havia três compartimentos: o pátio, o lugar Santo e o lugar Santíssimo. O acesso ao lugar Santo era permitido apenas aos sacerdotes e ao sumo sacerdote. No lugar Santíssimo só poderia entrar o sumo sacerdote, uma vez ao ano. E o pátio era o único compartimento onde o povo tinha acesso. Mesmo assim, o pátio era um lugar de extrema solenidade, onde eram oferecidos os sacrifícios e um lugar também reservado à oração. Por isso que Jesus reagiu energicamente quando viu o lugar de oração transformado em “um covil de salteadores” (Mt.21:13). A reverência descrita no verso 1 diz respeito não apenas à forma de adoração, mas à intenção: “chegar se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos”. Não é o sacrifício que agrada a Deus, e sim se há por trás do sacrifício um coração que agrada ao Senhor. Quando Saul descumpriu as ordens de Deus e usou os sacrifícios como desculpa, a resposta do profeta Samuel lançou por terra as suas obras: “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender a Deus, melhor do que a gordura de carneiros” (1Sm.15:22). Apesar de não termos mais a prática de sacrificar animais, pois o verdadeiro Cordeiro de Deus pagou o preço de forma perfeita e completa (Hb.10:14), os “sacrifícios” ganharam uma nova roupagem, e muitas vezes têm tirado o foco do principal: fazer a vontade de Deus. Jesus está sempre à porta do nosso coração, porém, Ele não entra se não for convidado. Ele diz que está à porta e bate (Ap.3:20). Mas se a nossa atenção estiver voltada para “sacrifícios de tolos” (v.1) ou “palavras néscias” (v.3), abafamos a Sua voz com os ecos de uma adoração vazia. Então, não sentindo preenchido o coração com o Único capaz de saciá lo, fazemos votos na tentativa de angariar pontos com Deus. E diante de um deslize quanto ao voto feito, nós mesmos nos sentenciamos culpados. Lembre de Pedro. Tão impetuoso e tão rápido com as palavras. Diante da possibilidade de ver o seu Salvador sentenciado à morte, prontamente Lhe fez um voto: “Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo Te negarei” (Mt.26:35). Porém, na prática, as suas palavras não se consumaram, e, caindo em si, “saindo dali, chorou amargamente” (Mt.26:75). A conclusão do verso 7 resume em uma frase qual deve ser a minha e a sua atitude: “Tu, porém, teme a Deus”. Toda a Bíblia confirma o fato de que usar mais os ouvidos e menos a boca é sinônimo de sabedoria e de discernimento espiritual: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” (Dt.6:4). “Amando o Senhor, teu Deus, dando ouvidos à Sua voz” (Dt.30:20). “… e todo o povo tinha os ouvidos atentos ao Livro da Lei” (Ne.8:3). “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o coração” (Sl.95:7). “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Mc.4:9). “Bem aventurados aqueles… que ouvem as palavras da profecia” (Ap.1:3). De Gênesis a Apocalipse encontramos a confirmação das Escrituras a este respeito. Precisamos nos calar mais e permitir que o Senhor fale. É quando calamos o nosso eu, que percebemos com clareza a voz de Deus. Sejamos, pois, prudentes no falar. Se tivermos de falar, que sigamos o conselho do próprio Pedro, após compreender esta verdade: “Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus” (1Pe.4:11) “… a fim de proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1Pe.2:9). Vigiemos e oremos! Bom dia, ouvintes do Senhor e proclamadores das Suas virtudes! Rosana Garcia Barros