#rpsp #primeiroDeus “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável” (v.10). Certa vez estava na recepção da igreja recebendo muitas pessoas em um culto especial sobre saúde. Não percebi quando entrou um rapaz cego até que ele desse de cara com um vaso de plantas. Rapidamente segurei o rapaz pelos dois ombros e de forma desajeitada comecei a conduzi lo aos primeiros bancos. Ainda no início do trajeto ele me parou e me disse de forma muito educada: “Irmã, fique tranquila. Se a senhora puder segurar apenas no meu braço já é o suficiente”. Então rimos juntos e enquanto conversávamos prestava atenção em seu semblante que irradiava alegria e serenidade. Sabem, meus amados irmãos, a cegueira física é uma triste limitação, mas pode se tornar insignificante se comparada à cegueira espiritual. Davi estava vivendo dias de glória. A perseguição deu lugar à tranquilidade. As palavras do Senhor se cumpriram e ele havia assumido a coroa da nação eleita. Davi foi a prova viva de que a guerra faz o soldado vigilante, mas a bonança pode pegá lo desprevenido. Ao abandonar o posto de seu dever como cabeça dos exércitos de Israel, não imaginava que conflito pior estava por desarmá lo e fazê lo tombar. Cego pelas baixas paixões, Davi adulterou, mentiu e planejou a morte de um de seus fiéis valentes. Não foram, porém, consequências de repentina cegueira. Pouco a pouco, pequenas concessões, os louvores dos homens, os privilégios de sua função e a negligência das coisas espirituais acabaram por enredá lo por um destino quase fatal, não fosse a intervenção divina. A oportunidade dada a Davi pela repreensão do profeta não foi uma providência exclusiva, mas contundente prova de que a misericórdia do Senhor não é limitada pela insensatez humana. Ninguém vai tão longe que o braço da Onipotência não possa alcançar e conduzir por caminho seguro. “Compadece te de mim, ó Deus, segundo a Tua benignidade; e, segundo a multidão das Tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões” (v.1), é o alto clamor do pecador arrependido. Esse episódio nos confirma a verdade de que é a bondade de Deus que nos conduz ao arrependimento (Rm.2:4). Não encare esse tempo de crise como perigoso. Mas como a oportunidade de estreitar o seu relacionamento com Deus e com sua família. E ainda que você esteja só neste momento, “provai e vede que o Senhor é bom” (Sl.34:8). Assim como Ele não abandonou Davi em seus pecados, Ele não te deixará! Faça deste Salmo a sua oração diária. A prevenção e a precaução são muito importantes, e precisamos fazer a nossa parte no combate a este vírus. Não sejam, porém, as nossas mãos o alvo da principal purificação. Como Davi, clamemos: “Lava me completamente da minha iniquidade e purifica me do meu pecado” (v.2). Como o cego Bartimeu, é tempo de clamarmos insistentemente: “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim” (Mc.10:48). Pois “sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito” (v.17). Então, com nossos olhos abertos, cheios do Espírito Santo, pregaremos (v.13), por preceito e por exemplo, o “evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mt.24:14). Vigiemos e oremos! Bom dia, perdoados para testemunhar e salvar! Desafio da semana: Estejamos unidos em uma corrente do bem, enviando mensagens de esperança e, se possível, ligando para as pessoas para orar com elas e fortalecê las nesses momentos difíceis. Sê tu uma bênção! Rosana Garcia Barros