Comentário Bíblico
Adventista
Nicolaítas - (cba)
Apocalipse 2:6
Uma das seitas hereges que assolava as igrejas de Efeso e Pérgamo (ver Apocalipse 2:15) e talvez de outros lugares. Irineu identifica os nicolaítas como uma seita gnóstica: “João, o discípulo do Senhor, prega esta fé [a divindade de Cristo] e procura, mediante a proclamação do evangelho, remover o erro que foi disseminado por Cerinto entre os homens e muito tempo antes por aqueles denominados nicolaítas, que são um desdobramento daquele conhecimento’ que pode confundir, e os persuadir de que só há um Deus, que fez todas as coisas por meio de Sua Palavra” (op. cit., iii.11.1; ANF, vol. 1, p. 426). Também há evidências históricas de uma seita gnóstica cujos membros eram chamados de nicolaítas mais ou menos um século depois. Alguns pais da igreja que expressaram sua preocupação a esse respeito (Irineu, op. cit., i.26.3; Hipólito, Refutação de todas as Heresias, vii.24) identificam que seu fundador foi Nicolau de Antioquia, um dos sete diáconos (ver Atos 6:5). Não há como saber se essa tradição acerca do diácono Nicolau é verdadeira, mas a seita pode ser a mesma mencionada por João. Pelo menos no 2° século parece que os adeptos desta seita ensinavam que os atos da carne não afetavam a pureza da alma e, por isso, não tinham consequência alguma para a salvação.
- 15 Assim tens também alguns que de igual modo seguem a doutrina dos nicolaítas. Apocalipse 2:15 5 O parecer agradou a todos, e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas, e Nicolau, prosélito de Antioquia, Atos 6:5
Nota Adicional a Apocalipse 2 - (cba)
Apocalipse 2:1-29
A aplicação das mensagens às sete igrejas a sete períodos consecutivos da história da igreja (ver com. de Apocalipse 2:1) naturalmente sugere a necessidade de uma série de datas de transição a fim de facilitar a coordenação das diversas mensagens com seus respectivos períodos. Contudo, na tentativa de definir essas datas, é importante lembrar que: (1) A profecia das sete igrejas não é temporal no sentido comum do termo, pois não há datas cronológicas específicas associadas a ela. Essa profecia se refere, em primeiro lugar, às experiências sucessivas da igreja e difere consideravelmente de profecias como a dos 1.260 dias (Daniel 7:25), das 2.300 tardes e manhãs (Daniel 8:14) e das setenta semanas (Daniel 9:25). (2) As grandes eras da história não são marcadas por datas exatas. Quando usadas, as datas funcionam como pontos convenientes de natureza geral, não como delimitadores exatos. A transição de um período para o outro é um processo gradual. Contudo, não há problema em indicar datas aproximadas a fim de ajudar a relacionar as mensagens com eventos correspondentes da história. Alguns sugerem datas diferentes das citadas abaixo e expressões distintas para nomear os períodos. Contudo, essa variação de datas e nomes não afeta substancialmente a mensagem geral encontrada nas cartas às sete igrejas.
- 1 Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete candeeiros de ouro: Apocalipse 2:1 25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Daniel 7:25 14 Ele me respondeu: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado. Daniel 8:14 25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; com praças e tranqueiras se reedificará, mas em tempos angustiosos. Daniel 9:25
1. Efeso. Há consenso de que o período representado por esta igreja abrange a era apostólica. Logo, pode ser datado de aproximadamente 31 d.C., o ano da ascensão do Senhor, até o ano 100 d.C.
2. Esmirna. As mensagens à segunda e terceira igrejas identificam a transição de Esmirna para Pérgamo como a mudança da situação de perseguição para a de popularidade. A transição é marcada pelo reinado de Constantino, o Grande, de 306 a 337, o primeiro imperador romano supostamente cristão. Antes do famoso Edito de Milão, em 313, o cristianismo era uma religião ilegal e enfrentou vários períodos de intensa perseguição por parte do estado. O edito decretou direitos iguais para todas as religiões do império e restaurou as propriedades cristãs confiscadas. No mesmo ano, Constantino dispensou o clero cristão do serviço civil e militar e isentou suas propriedades da cobrança de impostos. O ano de 313, ou o de sua suposta conversão ao cristianismo, em 323/325, pode ser considerado a data apropriada para a transição do período de Esmirna para Pérgamo.
3. Pérgamo. A revelação caracterizou o período de Pérgamo como uma época de concessões, apostasia e popularidade, durante a qual a igreja romana consolidou seu poder e autoridade. Em consequência, no encerramento do período de Pérgamo, Roma imperial estava fora do caminho, e o papado totalmente constituído e pronto para sua carreira de governante do mundo ocidental (ver Nota Adicional a Daniel 7).
Qualquer um dos vários acontecimentos a seguir pode servir de ponto aceitável para o fim desse período. A deposição do último imperador romano, em 476, é uma delas. Outra seria a conversão do rei franco Clóvis, o primeiro governante germânico a aceitar o cristianismo romano e a se aliar aos interesses da igreja na conquista de outros povos germânicos, em 496. O decreto de Justiniano, promulgado em 533, concedendo ao papa plenos poderes eclesiásticos no Oriente e no Ocidente, começou a vigorar em 538.
De modo geral, os historiadores consideram que o pontificado de Gregório, o Grande (590-604), marca a transição do período antigo para o medieval, e seu reinado como papa pode ser considerado um divisor de águas. Gregório é visto como o primeiro dos prelados medievais. Ele assumiu ousadamente o papel de imperador do Ocidente, e sua administração lançou os fundamentos para as reivindicações posteriores de absolutismo papal.
O ano 756 marca o início do governo territorial papal e a ascensão da França ao papel de “filho mais velho do papado". Nesse ano, Pepino, da França, derrotou os lombardos do norte da Itália que ameaçavam o papa e cedeu a este o território. Essa concessão, comumente chamada de Doação de Pepino, marca o início dos estados papais, nos quais o pontífice governou como monarca absolutista por mais de mil anos.
No entanto, a importância de 538 como ponto de partida para os 1.260 anos (ver com. de Daniel 7:25) sugere que seja uma data mais apropriada para a conclusão do período de Pérgamo do que as demais.
4. Tiatira. Essa época é caracterizada como a era da supremacia papal. A importância do intervalo de 1.260 anos na profecia bíblica (ver com. de Daniel 7:25; Apocalipse 12:6) sugere que 1798 pode ser uma data final adequada para Tiatira. Contudo, considerando a importância da Reforma para a ruptura da supremacia papal, o ano 1517 também seria uma data de término apropriada. Alguns podem defender que a perda dos estados papais, em 1870, e o consequente status do papa de “prisioneiro do Vaticano”, imposto por ele mesmo, também poderia tornar esse ano uma data possível. Contudo, 1870 parece um ano tardio para acomodar a profecia dos 1.260 anos e também os outros períodos da história da igreja, conforme apresentados em Apocalipse 2 e 3.
- 25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Daniel 7:25 6 E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. Apocalipse 12:6
5. Sardes. Esta é a igreja característica da época da Reforma. É possível definir seu início em 1517 ou 1798. Aqueles que apontam 1798 como data final para a igreja de Tiatira e início do período seguinte sugerem que 1833 seria o ano apropriado para o término da igreja de Sardes. Outros entendem que 1755 seja uma data adequada para esse término.
6. Filadélfia. A revelação determina que esta é a igreja do grande despertamento para o segundo advento. Várias datas de início foram sugeridas para esse período. Alguns propõem 1833, o ano do grande sinal na natureza, predito pelo Senhor (ver com. de Mateus 24:33). Essa data está ligada ao início da proclamação da mensagem do advento por Guilherme Miller. Outros sugerem que o ano de 1798, início do tempo do fim (ver com. de Daniel 11:35), também seria aceitável. Outros ainda favorecem o ano 1755, comumente aceito como a data do primeiro dos sinais específicos do fim, durante o sexto selo (ver com. de Apocalipse 6:12), considerando que esta escolha combina bem com o caráter da igreja de Filadélfia, que foi a igreja do despertamento para a segunda vinda. Há consenso entre os eruditos adventistas do sétimo dia de que 1844 deve marcar o término do período de Filadélfia e o início do de Laodiceia (ver com. de Daniel 8:14).
- 33 Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, mesmo às portas. Mateus 24:33 35 Alguns dos entendidos cairão para serem acrisolados, purificados e embranquecidos, até o fim do tempo; pois isso ainda será para o tempo determinado. Daniel 11:35 12 E vi quando abriu o sexto selo, e houve um grande terremoto; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua toda tornou-se como sangue; Apocalipse 6:12 14 Ele me respondeu: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado. Daniel 8:14
7. Laodiceia. Por ser o último de sete, o período de Laodiceia continua até a segunda vinda de Cristo.
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
Perdendo o talento do amor
Apocalipse 2:2-6
Esta mensagem é um exemplo da maneira pela qual os ministros de Deus devem repreender hoje. Seguindo o elogio pelo trabalho diligente, vem a reprovação por perder o talento do amor, que é um dever sagrado. Foi o amor de Deus que salvou a raça caída da morte eterna ( Manuscrito 136, 1902 ).
nicolaítas
Apocalipse 2:6
Grupo dentro da igreja que transigiu com a cultura religiosa popular (ver Apocalipse 2:14,15; ). A fim de deixar clara sua mensagem e prática, a igreja precisa, às vezes, disciplinar alguns membros.
O pecado dos nicolaítas
Apocalipse 2:6
(Judas 1:4; ) - É [nosso pecado] o pecado dos nicolaítas, transformar a graça de Deus em lascívia ( The Review and Herald, 7 de junho de 1887 )
Doutrina dos Nicolaítas
Apocalipse 2:6
(Romanos 3:31; ) - A doutrina agora é amplamente ensinada que o evangelho de Cristo tornou a lei de Deus sem efeito; que por “crer” somos liberados da necessidade de ser praticantes da Palavra. Mas esta é a doutrina dos nicolaítas, que Cristo tão impiedosamente condenou ( The Signs of the Times, 2 de janeiro de 1912 , reimpresso de The Signs of the Times, 25 de fevereiro de 1897 ).
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Apocalipse 2:1-7
Estas igrejas estavam em tão diferentes estados de pureza de doutrina e poder da piedade, que as palavras de Cristo para elas sempre servirão bem para o caso de outras igrejas e crentes. Cristo conhece e observa o estado delas; mesmo estando no céu, anda em meio às suas igrejas na terra, observando o que está mau nelas e o que lhes falta.
A igreja de Éfeso é elogiada pela diligência em relação ao seu dever. Cristo leva em consideração cada hora de trabalho que seus servos fazem para Ele na terra, e o trabalho deles não será vão no Senhor. Porém, não é suficiente ser diligentes; deve haver paciência para suportar e paciência para esperar. Ainda que devamos mostrar mansidão a todos os homens, também devemos mostrar justo zelo contra seus pecados. O pecado de que Cristo acusa a esta igreja não é que houvesse deixado e abandonado ao objeto do amor, mas de ter perdido o grau de fervor que teve no princípio. Cristo fica descontente com seu povo quando o vê relaxado e frio para com Ele. É certo que esta menção na Escritura, sobre os cristãos que abandonam o seu primeiro amor, é uma reprovação para aqueles que falam sobre isto com negligência e procuram assim escusar a indiferença e a preguiça neles mesmos e em outros.
Nosso Salvador considera esta indiferença como pecaminosa. Eles devem se arrepender, condoer-se e envergonhar-se por sua pecaminosa inclinação, e confessá-la humildemente ante os olhos de Deus. Devem se propor a recuperar o seu primeiro zelo, ternura e fervor, e devem orar tão fervorosamente e vigiar tão diligentemente como quando entraram ao princípio nos caminhos de Deus. Se a presença da graça e do Espírito de Cristo for por nós descuidada, podemos esperar o seu desagrado. É feita uma alentadora menção do que era bom neles. A indiferença para com a verdade e o erro, para com o bem e o mal, pode ser chamada de caridade e mansidão, mas não é assim considerada por Cristo, e tem o seu desagrado. A vida cristã é uma guerra contra o pecado, contra Satanás, contra o mundo e a carne. Nunca devemos ceder diante de nossos inimigos espirituais, pois teremos um glorioso triunfo e recompensa. Todos os que perseverarem, receberão de Cristo, como a árvore da vida, a perfeição e a confirmação da santidade e a felicidade, não no paraíso terreno, mas no celestial.
Esta é uma expressão figurada, tomada do relato do jardim do Éden, que significa os gozos puros, satisfatórios e eternos do céu; e a espera deles neste mundo por fé, em comunhão com Cristo e com as consolações do Espírito Santo. Crentes, lutai aqui a vossa vida de luta, e esperai e aguardai uma vida tranquila no além; a Palavra de Deus nunca promete que aqui teremos tranquilidade e liberdade completa quanto aos conflitos.
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- Análise em Cadeia 14 entretanto, algumas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem. 15 Assim tens também alguns que de igual modo seguem a doutrina dos nicolaítas. Apocalipse 2:14,15 2 Mas Jeú, filho de Hanâni, a vidente, saiu ao encontro do rei Jeosafá e lhe disse: Devias tu ajudar o ímpio, e amar aqueles que odeiam ao Senhor? Por isso virá sobre ti grande ira da parte do Senhor. 2 Crônicas 19:2 5 Odeio o ajuntamento de malfeitores; não me sentarei com os ímpios. Salmos 26:5 3 Não porei coisa torpe diante dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se desviam; isso não se apagará a mim. Salmos 101:3 21 Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam? e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? 22 Odeio-os com ódio completo; tenho-os por inimigos. Salmos 139:21,22 9 Todo aquele que vai além do ensino de Cristo e não permanece nele, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. 10 Se alguém vem ter convosco, e não traz este ensino, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. 2 João 1:9,10