Comentário Bíblico
Adventista
O bom [...] se tornou em morte? - (cba)
Romanos 7:13
A primeira parte do versículo diz, literalmente: “Será que o que é bom, então, se tornou em morte para mim?” Em outras palavras, será que a culpa pela minha morte está na lei que é boa? Paulo responde à pergunta, repetindo que a culpa não estava na lei, mas em si mesmo e em suas inclinações pecaminosas.
De modo nenhum! - (cba)
Romanos 7:13
Ver com. de Romanos 3:4. A lei não produz morte mais do que o pecado o laz.
Pelo contrário, o pecado - (cba)
Romanos 7:13
Depois desta frase, as palavras: “causou-me a morte” precisam ser acrescentadas. O raciocínio de Paulo é claro na tradução NTLH: “Será que o que é bom me levou à morte? E claro que não! Foi o pecado...”
Para revelar-se como pecado - (cba)
Romanos 7:13
Ou, “a fim de se manifestar como pecado”, isto é, para que possa ser visto em sua verdadeira luz como pecado.
Causou-me a morte - (cba)
Romanos 7:13
Ou, “operou a morte para mim”. A verdadeira natureza do pecado torna evidente como ele usa o que é bom para causar o mal e a morte. Toma aquilo que é a revelação do caráter e da vontade de Deus, que tem o propósito de servir como padrão de santidade, e usa para aumentar a culpa e a condenação dos seres humanos (Romanos 7:8-11). O propósito de Deus em permitir que o pecado produzisse morte pela lei era que o pecado, ao perverter o que é bom, se expusesse e se apresentasse em toda a sua pecaminosidade e todo engano (ver PP, 42, 43).
Sobremaneira maligno - (cba)
Romanos 7:13
Literalmente, “pecaminoso de acordo com o excesso”. O termo grego para “excesso” é hyperbolê, a partir do qual é derivada a palavra em português “hipérbole” (sobre os usos que Paulo faz do termo, ver 1 Coríntios 12:31; 2 Coríntios 1:8; 2 Coríntios 4:7,17; 2 Coríntios 12:7; Colossenses 1:13). O apóstolo já havia explieado como a lei serviu para revelar a enormidade do pecado.
- 31 Mas procurai com zelo os maiores dons. Ademais, eu vos mostrarei um caminho sobremodo excelente. 1 Coríntios 12:31 8 Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira oprimidos acima das nossas forças, de modo tal que até da vida desesperamos; 2 Coríntios 1:8 7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte. 17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; 2 Coríntios 4:7,17 7 E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais; 2 Coríntios 12:7 13 e que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado; Colossenses 1:13
Em Romanos 7:7-13, a lei de Deus é justificada de todas as acusações de que ela é a responsável pelo pecado e a morte que reinam sobre a humanidade (cf. Romanos 5:14,17). A culpa é atribuída ao pecado. E, à medida que as pessoas persistem em se identificar com o pecado, elas compartilham sua culpa e condenação.
- 7 Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Contudo, eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. 8 Mas o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento operou em mim toda espécie de concupiscência; porquanto onde não há lei está morto o pecado. 9 E outrora eu vivia sem a lei; mas assim que veio o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri; 10 e o mandamento que era para vida, esse achei que me era para morte. 11 Porque o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento me enganou, e por ele me matou. 12 De modo que a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom. 13 Logo o bom tornou-se morte para mim? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte por meio do bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se manifestasse excessivamente maligno. Romanos 7:7-13 14 No entanto a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão o qual é figura daquele que havia de vir. 17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Romanos 5:14,17
Esses versículos também enfatizam a doutrina de Paulo de que a salvação não pode vir pela lei. A principal função da lei é desmascarar o pecado e condenar o pecador pelo erro de seus caminhos, mas não pode eliminar o espírito rebelde ou perdoar a transgressão. “A lei revela ao homem os seus pecados, mas não provê remédio” (GC, 467).
Estes versículos servem ainda para esclarecer a relação entre a lei e o evangelho. É contínua função dos mandamentos revelar o padrão de justiça, convencer do pecado e mostrar a necessidade de um Salvador. Se não houvesse lei para convencer do pecado, o evangelho seria impotente, pois, a menos que o pecador fosse convencido de seu pecado não sentiria necessidade de arrependimento e de fé em Cristo. Assim, a alegação de que o evangelho aboliu a lei não só deturpa o papel e a importância da lei, como também debilita o propósito e a necessidade do evangelho e do plano da salvação (ver com. de Romanos 3:31).
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Romanos 7:7-13
Não há maneira de chegar ao conhecimento do pecado, que é necessário para o arrependimento e, portanto, para a paz e o perdão, senão relacionando os nossos corações e vidas com a lei. Em seu próprio caso o apóstolo não tinha conhecido a pecaminosidade de seus pensamentos, motivos e ações, senão pela lei. Esta norma perfeita mostrou o quão mau eram o seu coração e sua vida, provando que os seus pecados eram mais numerosos do que ele havia pensado antes, mas não continha nenhuma cláusula de misericórdia ou graça para o seu alívio.
Aquele que não nota em si mesmo a facilidade para imaginar que existe algo desejável no que está fora de seu alcance, ignora a natureza humana e a perversidade de seu próprio coração. Podemos perceber isto em nossos filhos, ainda que o amor próprio nos cegue em relação a nós mesmos. Quanto mais humilde e espiritual for um cristão, mais notará que o apóstolo descreve o crente verdadeiro, desde as suas primeiras convicções de pecado até o seu maior progresso na graça, durante este presente estado imperfeito. Paulo foi fariseu, ignorante em relação à espiritualidade da lei, e pensava que possuía um caráter correto sem conhecer a sua depravação interior. Quando o mandamento chegou à sua consciência, através da convicção do Espírito Santo, e viu o que Ele exigia, percebeu que a sua mente pecaminosa se levantava contra. Ao mesmo tempo sentiu a maldade do pecado, seu próprio estado pecaminoso e que era incapaz de cumprir a lei, como um criminoso condenado. Contudo, ainda que o princípio do mal no coração humano produza más motivações, e ainda mais quando toma ocasião pelo mandamento, de todo modo a lei é santa, e o mandamento, santo, justo e bom. Não é favorável ao pecado, aquele que o busca no coração, e o descobre e reprova em seu agir interior.
Nada é tão bom, que uma natureza corrupta e viciosa não perverta. O mesmo calor que abranda a cera endurece o barro. O alimento ou o remédio, quando mal ingeridos podem causar a morte, ainda que as suas propriedades sejam de nutrir e curar. A lei pode causar a morte por meio da perversão do homem, mas o pecado é o veneno que produz a morte. Não a lei, mas o pecado descoberto pela lei, tornou-se morte para o apóstolo. A natureza destruidora do pecado, e a pecaminosidade do coração humano são claramente demonstradas aqui.
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- Análise em Cadeia 3 Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado. Romanos 8:3 21 É a lei, então, contra as promessas de Deus? De modo nenhum; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. Gálatas 3:21 8 Mas o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento operou em mim toda espécie de concupiscência; porquanto onde não há lei está morto o pecado. 9 E outrora eu vivia sem a lei; mas assim que veio o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri; 10 e o mandamento que era para vida, esse achei que me era para morte. 11 Porque o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento me enganou, e por ele me matou. Romanos 7:8-11 20 Sobreveio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; Romanos 5:20 13 Ninguém, sendo tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele a ninguém tenta. 14 Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência; 15 então a concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Tiago 1:13-15 16 Virá e destruirá esses lavradores, e dará a vinha a outros. Ouvindo eles isso, disseram: Tal não aconteça! Lucas 20:16