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Filhas de Deus
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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A medida do cristianismo é conferida pelo caráter da vida no lar. A graça de Cristo habilita quem a possui a tornar o lar um lugar feliz, cheio de paz e descanso. — Mente, Caráter e Personalidade, 102.

Casamento

O desígnio original de Deus — Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o Criador do Universo. “Venerado ... seja o matrimônio” (Hebreus 13:4); foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão trouxe consigo além das portas do Paraíso. Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesta relação, o casamento é uma bênção; preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral. — Patriarcas e Profetas, 46.

Casamento, uma instituição sagrada — O casamento recebeu a bênção de Cristo, e deve ser considerado uma instituição sagrada. A verdadeira religião não deve agir contra os planos do Senhor. Deus ordenou que homem e mulher se unissem em santo vínculo matrimonial, para criar famílias que, coroadas de honra, fossem símbolos da família do Céu. E, no início do Seu ministério público, Cristo deu Sua decidida aprovação à instituição que havia criado no Éden. Assim, declarou Ele a todos que não recusará Sua presença em ocasiões de matrimônio, e que o casamento, quando unido à pureza e santidade, verdade e justiça, é uma das maiores bênçãos concedidas à família humana. — The Signs of the Times, 30 de Agosto de 1899.

Responsabilidades individuais — As duas pessoas que unem seus interesses para a vida irão ter características distintas e responsabilidades individuais. Cada um terá seu trabalho, mas a mulher não pode ser avaliada pela quantidade de trabalho que pode fazer, como se faz com os animais de carga. A esposa deve ser o encanto do círculo familiar como esposa e companheira para um sábio marido. A cada passo deve ela interrogar-se:

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“É esta a norma de uma verdadeira mulher?” e: “Como exercerei minha influência cristã no meu lar?” O marido deve fazer com que a esposa saiba que ele aprecia seu trabalho.

A esposa deve respeitar o marido. O marido deve amar sua esposa e mostrar cuidado por ela; e unindo-se nos votos matrimoniais como um só ser, sua crença em Cristo deve fazer que sejam um com Ele. Que pode agradar mais a Deus do que ver os que assumem a relação matrimonial buscarem juntos aprender de Jesus a tornarem-se mais e mais imbuídos do Seu Espírito? — O Lar Adventista, 114.

A esposa deve ser tratada com ternura — Sua família pode ser feliz. Sua esposa necessita de sua ajuda. Ela é como o ramo de uma videira; deseja apoiar-se em sua força. Você pode ajudá-la e orientá-la. Não deve jamais censurá-la. Nunca a reprove se seus esforços não atingirem o que você espera. Pelo contrário, encoraje-a mediante palavras de ternura e amor. Você pode ajudar sua esposa a preservar sua dignidade e respeito próprio. Nunca elogie as ações de outras pessoas diante dela para que note suas deficiências. Você tem sido rude e insensível a esse respeito. Tem mostrado maior cortesia por seus empregados do que por ela, colocando-os acima dela em seu lar. — Testimonies for the Church 2:305.

A esposa deve ajudar o marido a conservar a dignidade — Foi-me mostrado também que muitas vezes há grande falta da parte da esposa. Ela não exerce grandes esforços para reger o próprio espírito e tornar o lar feliz. Há muitas vezes, de sua parte, irritação e desnecessárias queixas. O marido chega em casa, do trabalho, fatigado e perplexo, e encontra um rosto carrancudo em lugar de palavras alegres e animadoras. Ele é apenas humano, e seu afeto retrai-se da esposa; perde o amor do lar, sua estrada fica obscurecida e destruído seu ânimo. Perde o respeito de si mesmo e aquela dignidade que Deus dele requer. — Testimonies for the Church 1:307.

Amor a Cristo, amor ao cônjuge — Nem o marido nem a esposa deve imergir sua individualidade na do outro. Cada qual tem uma relação pessoal para com Deus; e a Ele cada um deve perguntar: “Que é direito?” “Que não é direito?” “Como posso cumprir melhor o propósito de minha vida?” Que seu melhor afeto seja direcionado para Aquele que deu a vida por você. Faça com que Cristo seja o primeiro, o último e o melhor em todas as coisas. Ao se aprofundar e fortalecer seu amor para com Ele, o amor recíproco será purificado e fortalecido. — Mente, Caráter e Personalidade 1:154.

O espírito manifestado por Cristo em relação a nós é o espírito que marido e esposa devem manifestar entre si. “Como também Cristo vos amou”, “andai em amor.” “Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo,

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assim também as mulheres sejam em tudo submissas a seus maridos. Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela”. Efésios 5:2, 24, 25.

Nem o marido nem a esposa devem tentar exercer controle arbitrário um sobre o outro. Não tentem impor um ao outro os seus desejos. Não é possível fazer isso e ao mesmo tempo reter o amor mútuo. Sejam bondosos, pacientes, longânimos, corteses e cheios de consideração mútua. Pela graça de Deus vocês podem ter êxito em tornar feliz um ao outro, como prometeram no voto matrimonial. — Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio, 26, 27.

Cuidado na escolha do companheiro da vida

Casamento arruinado pode arruinar a utilidade — Caso aqueles que pensam em casar-se não queiram fazer amargas, infelizes reflexões depois do casamento, precisam torná-lo objeto de considerações sérias, atentas, agora. Dado precipitadamente, esse passo é um dos meios mais eficazes para arruinar a utilidade de rapazes e moças. A vida se torna um fardo, uma maldição. Pessoa alguma pode, com mais eficácia, estragar a felicidade e a utilidade de uma mulher, e tornar-lhe a vida um pesado fardo, que seu marido; e ninguém pode fazer a centésima parte para despedaçar as esperanças e aspirações de um homem, para lhe paralisar as energias e arruinar-lhe a influência e as perspectivas, como sua própria esposa. É da hora de seu enlace matrimonial que muitos homens e mulheres datam seu êxito ou fracasso nesta vida, e suas esperanças de existência futura. — O Lar Adventista, 43.

É ele digno? — Antes de dar a mão em casamento, deveria toda mulher indagar se aquele com quem está para unir seu destino, é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? É o amor que ele exprime de caráter nobre, elevado, ou é simples inclinação emotiva? Tem os traços de caráter que a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria na afeição dele? Ser-lhe-á permitido, a ela, conservar sua individualidade, ou terá de submeter seu juízo e consciência ao domínio do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma, foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Serão conservados puros e santos o corpo e a mente, os pensamentos e propósitos? Essas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que se casa. — Testimonies for the Church 5:362.

Individualidade da esposa — A mulher que se submeter a ser sempre dirigida mesmo nos menores assuntos da vida doméstica, que abrir mão da própria identidade, jamais será de grande utilidade ou bênção para o mundo, e não corresponderá ao propósito que Deus tem para a sua

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existência. Sendo meramente uma máquina, é dirigida pela vontade e mente de outra pessoa. Deus deu a cada um, homem e mulher, uma identidade, uma individualidade, pois precisam agir por si mesmos no temor de Deus. — Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio, 25.

Quando surgem problemas

Cristo, nosso auxílio em tempo de dificuldade — A seguinte carta foi escrita para a Sra. Philip Wessels, no dia 7 de Março de 1897. Trechos dela aparecem no livro O Lar Adventista. Esperamos que esta carta traga ânimo para aqueles que enfrentam circunstâncias semelhantes.

Querida irmã Wessels:

Escrevo-lhe algumas linhas hoje de manhã. Espero e oro para que não perca a fé ou desanime. Todos temos nossa individualidade, a qual não pode submergir-se em outra. Você tem uma vida a salvar ou perder. O Senhor lhe será socorro bem presente na tribulação. Ele gostaria de vê-la no seu posto do dever, confiando inteiramente nEle, que nos amou e morreu por nós.

Você tem agora dupla responsabilidade, visto que seu marido afastou-se de Jesus. O Lar Adventista, 350. Como mãe, seu trabalho é levar os filhos ao Mestre. Quando Cristo esteve na Terra, e as mães Lhe levaram seus filhos, os discípulos estavam a ponto de mandá-las embora, mas Jesus repreendeu os discípulos, dizendo: “Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus”. Lucas 18:16.

Sei que lhe deve ser demasiado penoso permanecer só, no que respeita a cumprir a Palavra. Mas quem sabe, ó esposa, se sua consistente vida de fé e obediência não irá trazer de volta à verdade seu marido? Sejam as queridas criancinhas levadas a Jesus. Em linguagem simples fale a eles as palavras da verdade. Cante para eles cânticos atrativos, alegres, que revelem o amor de Cristo. Leve seus filhos a Jesus, pois Ele ama as criancinhas.

Conserve a alegria. Não se esqueça de que você tem um Consolador, o Espírito Santo, que Cristo indicou. Nunca estará só. Se ouvir a voz que agora fala a você, se responder sem demora às batidas à porta de seu coração, dizendo: “Entra, Senhor Jesus, para que eu ceie contigo, e Tu comigo”, o Hóspede celestial entrará. Quando este Elemento, que é todo divino, habita em seu coração, há paz e descanso. O Lar Adventista, 350. É o reino do Céu perto de você.

Que cada hora seja de confiança, oração e fé. Você pode esperar provações. Devemos todos ser purificados da escória, e tornados brancos e testados. No tempo de aflição, leve todo pensamento cativo a Jesus Cristo. Um inimigo após outro pode vir de maneiras inesperadas, mas rejeite as tentações do inimigo. Dessa maneira, prosseguimos de graça em graça, de força em força, obtendo uma vitória espiritual após outra.

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Apegue-se a Cristo, e Ele lhe dará Seu forte braço como apoio. Há uma coroa da vida para o vencedor.

União íntima com Cristo significa cumprir as palavras de Cristo. Ele chama essa união de prolongamento do Seu amor. Então o coração estará em harmonia com Deus. Confie nas promessas, cumprindo cada pequeno dever fielmente, como para Deus. “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor”. João 15:10. Aqui há submissão e dependência.

Você possui um forte Ajudador e, enquanto tiver plena confiança, estará segura. O broto sem seiva, enxertado na videira viva, participa da mesma nutrição da vinha, e torna-se ramo. A mais íntima relação possível entre o pecador e o Salvador é vista quando o pecador é praticante da Palavra de Deus. Então o coração, a vontade e a mente estarão em íntima união com Cristo. Mediante a fé, a humanidade finita, débil, impotente une a sua fragilidade à Sua força. Essa união — [mostrando] inteira confiança e amor — é uma necessidade em função de nosso desamparo e dependência.

Cristo morreu morte vergonhosa para que pudesse levar-nos a Deus. Quando a pessoa é persuadida de que Cristo é capaz de salvar totalmente os que se achegam a Ele, quando se entrega inteiramente a Ele como todo-suficiente Salvador, quando se apega às promessas feitas e crê plenamente em Jesus, é declarada por Deus uma com Cristo. Uma pessoa que depende de Cristo com a simplicidade com que uma criança depende de sua mãe, é justificada, pois se torna uma com o Substituto, que é Justificação e Redenção. Aí existe amor, pois o coração e a vontade estão ligados a Cristo Jesus.

Que diz nosso Salvador? “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros”. João 14:18. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele”. V. 21. Quando as provações obscurecem a alma, lembre-se das palavras de Cristo, lembre-se de que Ele é uma presença invisível na pessoa do Espírito Santo, e Ele será a paz e o conforto que lhe são dados, manifestando-lhe que Ele está com você, o Sol da Justiça, expulsando suas trevas. “Se alguém Me ama,” disse Cristo, “guardará a Minha palavra; e Meu Pai o amará, e viremos para Ele e faremos nEle morada”. V. 23. Tenha bom ânimo; a luz virá e sua alma se regozijará grandemente no Senhor. — Carta 124, 1897.

Manter-se firme sob circunstâncias difíceis

Novamente, no dia 5 de Outubro de 1898, a Sra. White escreveu para a Irmã Wessels, encorajando-a a ter fé e a permanecer unida ao Senhor.

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Querida irmã Wessels:

Sinto profundo interesse pela irmã, seu esposo e seus filhos. Agradeço ao meu Pai celestial porque lhe deu a graça de conservar firme a fé sob circunstâncias muito difíceis. Mas, minha irmã, não deixe de confiar por um momento no seu Pai celestial. Que seu coração confie em Deus. Coloque nEle a sua confiança. Sua mão a sustém e, se você habita em Cristo, crescerá cada vez mais em força. Prosseguindo em conhecer o Senhor, saberá que Suas saídas são preparadas como a manhã.

O conhecimento da verdade está ligado à posse daquela fé que opera pelo amor e purifica a alma. Se continuar a confiar em Deus, receberá as mais preciosas bênçãos em cada momento de necessidade. O Senhor vê, o Senhor sabe quanto você necessita de Sua graça. Você pode depender dEle. Sua mediação está assegurada na Sua promessa, no Seu compromisso eterno. “Aos que me honram,” diz Ele, “honrarei”. 1 Samuel 2:30. O Senhor recompensará sua singela fé e confiança nEle. Não precisa desconfiar da Palavra de Deus em nenhum momento. Você já provou a promessa de Deus. Sentiu Sua mão a lhe sustentar. O Senhor ouvirá suas orações. — Carta 82, 1898.

Convidar o suavizante e subjugante espírito de Deus para conciliar diferenças

Trecho de uma longa carta escrita para a Sra. Mary Nelson, no dia 19 de Março de 1902. Ellen White procurou dar à família Nelson conselhos que a unissem novamente.

Seus filhos precisam de um pai, você precisa de um esposo e seu esposo precisa de uma esposa. Você precisa do auxílio do seu esposo, e ambos necessitam do auxílio do Salvador. Os dois devem cultivar a fé. Seus filhos necessitam de um pai que tome o jugo de Cristo, que submeta sua vontade à vontade de Deus, para ser moldado e modelado pela mão divina.

Meu irmão, minha irmã, por algum tempo vocês não têm vivido juntos. Não deviam ter seguido esse caminho, e não o teriam, se tivessem ambos cultivado a paciência, a bondade, a tolerância que devem existir entre marido e mulher. Nenhum de nós devia impor a própria vontade e procurar executar as próprias idéias e planos sejam quais forem as conseqüências. Nenhum dos dois devia estar determinado a fazer o que melhor lhe aprouver. Deixem que a suavizante, subjugante influência do Espírito de Deus opere em seu coração e os capacite para a obra de educar os filhos. Sua obra, diante de Deus, é formar e modelar-lhes o caráter. Para apoderar-se da força e do poder que só o Senhor pode dar, devem exercer fé. Apelem ao Pai celestial para que os livre de render à tentação de falar de maneira dura, voluntariosa, impaciente um

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ao outro — o marido à esposa, e esta ao marido. Ambos têm caráter imperfeito. Como não se colocaram sob o controle de Deus, sua conduta de um para com o outro não tem sido sábia.

Suplico-lhes que se coloquem sob o controle de Deus. Quando tentados a falar de maneira provocante, procurem nada dizer. Serão tentados neste ponto, porque nunca venceram esse objetável traço de caráter. Mas todo mau hábito deve ser vencido. Façam completa entrega a Deus. Caiam sobre a Rocha, Cristo Jesus. Como marido e mulher, disciplinem-se. Não deixem de ir a Cristo em busca de auxílio. Ele de boa vontade lhes suprirá com Sua divina simpatia, Sua livre graça. O Lar Adventista, 342, 343. Aquele que por trinta anos foi um filho fiel, trabalhando no ofício de carpinteiro a fim de fazer Sua parte em levar as responsabilidades da família, dará a Seus seguidores forças para cumprirem sua parte em levar os fardos da vida doméstica.

Minha irmã, Cristo lhes confiou a sagrada obra de ensinar aos filhos os Seus mandamentos. Para ser habilitada para tal obra, você deve viver em obediência a todos os Seus preceitos. Cultive vigilante cuidado de cada palavra e ação, guarde com a máxima diligência as suas palavras. Vença toda a precipitação temperamental; pois a impaciência, uma vez manifesta, ajudará o adversário a tornar a vida do lar desagradável e enfadonha para os filhos. — Orientação da Criança, 68.

Todos somos propriedade do Senhor Jesus. Ele deu a vida como resgate para redimir-nos. Mediante a Sua dádiva, toda a família pode ser salva — pai, mãe e filhos. Minha irmã, negligenciará você os deveres domésticos ao não exercer a força de vontade que Deus lhe deu, num esforço por ajudar seus filhos? Em nome do Senhor, exorto-a a fazer todo esforço, com o auxílio do seu esposo, para salvar seus filhos.

Sobre cada um, como pais, repousa igual responsabilidade de guardar cada palavra e ato, para que nem suas palavras nem sua conduta os desacreditem na avaliação dos filhos. Tragam para dentro de casa toda afabilidade, conforto e alegria que puderem.

Querido irmão e querida irmã Nelson, arrependam-se diante de Deus pela sua conduta passada. Entrem em acordo, e reconciliem-se como esposo e esposa. Lancem para longe a infeliz, desagradável experiência de sua vida passada. Tomem coragem no Senhor. Fechem as janelas da alma para a terra, e abram-nas em direção ao Céu. Se elevarem a voz ao Céu em oração em busca de luz, o Senhor Jesus, que é luz e vida, paz e alegria, ouvirá seu clamor. Ele, o Sol da Justiça, resplandecerá nas recâmaras de sua mente, iluminando o templo da alma. Se saudarem o calor de Sua presença no lar, não proferirão palavras que gerem sentimentos de infelicidade. — O Lar Adventista, 343.

Mary, rogo-lhe que pare e considere o quanto está contristando o Santo Espírito de Deus! Busque o Senhor de todo o seu coração, para

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que o Sol da justiça brilhe na sua alma e em você opere uma completa transformação, santificando cada palavra e ato.

Como gostaria de clamar em alta voz a cada mãe na Terra: “Santifique seu espírito mediante a graça que Cristo dá livremente àqueles que dEle pedem graça. Pratique a ternura. Manifeste um amor santificado por seus filhos. Tome interesse pela felicidade deles. Ensine-os a exercer bom senso. Faça com que conheçam a Deus e Seu propósito para eles. Torne atraente a religião de Jesus Cristo. Nunca ofenda ao Senhor Deus por meio de dissensão e deploráveis diferenças. Busque a mansidão e humildade de coração. Cultive o afeto.”

Irmão e irmã Nelson, embora tenham discordado no passado, estão agora sob a solene obrigação perante Deus de fazer o melhor com a capacidade e faculdades que Ele lhes deu. Devem aproveitar toda oportunidade que têm para alcançar um padrão mais elevado. É propósito de Deus, transmitido a vocês por intermédio da irmã White, Sua serva, que olhem para Jesus e, contemplando-O, sejam transformados à Sua semelhança. O Senhor deseja que não mais sejam crianças na experiência cristã mas, pela participação na Sua graça, sejam completos nEle. Se aproveitarem a presente oportunidade de atingir uma experiência mais elevada, poderão se tornar fortes e completos em Cristo Jesus.

Irmão Nelson, tem você a disposição de abrandar e subjugar sua natureza? Você pode se tornar como Jesus e ser Seu missionário, Sua mão auxiliadora. Ele nunca o levou a ser autoritário, ditatorial e severo para com os membros da sua família e outros com quem se relaciona. Só se pode viver esta vida uma vez. Busque a suavidade e bondade de um caráter perfeito. O Senhor deseja que pratique a bondade e faça o bem. Podemos, individualmente, fazer da vida o que nos agrada. Se escolhemos, podemos honrar a Deus usando acertadamente o talento da fala.

Meu irmão, assuma o cuidado dos seus filhos. Nada resolverá censurá-los, pois receberam sua disposição como herança. Ao governá-los, seja firme, porém não arbitrário. Ao falar com eles, fale de modo a não criar um sentimento de obstinada resistência.

Irmão e irmã Nelson, o exemplo que vocês têm dado aos filhos não tem sido aquele que seria se fossem convertidos. Se fossem transformados pela graça de Cristo, demonstrariam que venceram o egoísmo e o desejo de impor sua vontade, de consultar suas inclinações naturais, e de fazer como lhes agrada. Agora é o tempo de mostrar que não vivem para agradar o eu. Tragam para o caráter a fragrância do caráter de Cristo. Coloquem de lado o espírito de repreensão, irritação e impaciência. Cultivem a pureza de linguagem. Orem e cantem para a glória de Deus. Permitam que a paz de Deus lhes governe o coração. — Carta 47a, 1902.

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Namoro e casamento, um passo sério

A sobrinha-neta de Ellen White, Addie Walling, foi como filha para ela. Um primo distante de Addie, aparentemente, estava interessado em namorá-la. A Sra. White esboçou as razões de sua falta de entusiasmo quanto a esse relacionamento.

Depois de escrever a carta anterior, recebi a sua, que me aliviou um pouco, mas ainda estou um tanto preocupada. Refiro-me a Reuben [Tapley] — espero que não haja ligação entre ambos. Eu ficaria muito triste se você o tivesse decididamente encorajado de alguma forma. Gosto de Reuben. Considero-o um rapaz de coração honesto, mas não alguém a quem desejaria entregar você em casamento, por várias razões. Uma é: ele é tuberculoso, de uma família de tísicos, e sei muito bem o que é ter que batalhar contra essa terrível doença. Sepultamos Nathaniel e Annie White com tuberculose. Sepultamos Lumen Masten, chefe do escritório, com tuberculose. Sepultamos Robert Harmon, meu irmão, com tuberculose. Sepultamos Sarah Belden com tuberculose.

No que diz respeito à saúde e felicidade, não sou a favor de que se una a alguém predisposto à tuberculose. A mãe dele escapou de morrer tuberculosa, e morreu por causa de um inchaço escrofuloso no lado. Ela não tem saúde, e está sujeita a morrer a qualquer momento. O pai da mãe dele, Samuel McCann, morreu de uma prolongada tuberculose, e minha irmã Harriet, sua esposa, foi contagiada por ele, e seu sofrimento foi extremo. Ela morreu. Sarah, a filha mais velha, morreu de tuberculose. Melville, o filho mais velho depois dela, morreu de tuberculose. Lucy Ellen, a seguir, morreu tísica. Mary, a seguinte, morreu de tuberculose, e apenas dois dos filhos vivem hoje. É o pior tipo de tuberculose, e sentimos profundamente a necessidade de cuidar dessa questão de unir nossos interesses com aqueles cujo sangue está contaminado com essa temível destruidora.

Assim que olhei para Reuben, soube que ele estava marcado. Ele não viverá por longo tempo. Seu pescoço fino, sua cabeça grande, contam a dolorosa história de que a vida dele é curta. Agora, Addie, há um lado ainda mais doloroso dessa questão. Embora tenham saúde frágil, somente um membro dessa grande família tinha inclinação religiosa; essa foi Sarah. Lucy Ellen não fez preparativos para o Céu antes de estar no leito de morte; então, com seu último suspiro, clamou por Deus. Melissa é religiosa. Recebeu toda a luz sobre o sábado, mas ainda não o guardou. Essa é a mãe de Reuben. Melville negligencia a religião tanto quanto Reuben.

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Bem, isso é pior para mim do que a temível doença da tuberculose. Mas eu não poderia consentir em que houvesse uma ligação entre você e Reuben. É justo e correto que desabafe francamente comigo sobre esse assunto de namoro e casamento, pois diz respeito à sua felicidade mais do que qualquer outro evento da sua vida, e aqui você precisa de conselho mais do que sobre qualquer outro ponto. Espero receber suas notícias com freqüência. — Carta 95, 1886.

Famílias

Famílias na terra, símbolos da família celestial — Se os corações se mantivessem ternos em nossas famílias, se houvesse nobre e generosa deferência para com os gostos e as opiniões uns dos outros, se a esposa buscasse oportunidades para expressar seu amor pelos atos e suas cortesias para com o marido, e o marido manifestasse a mesma consideração e bondoso respeito à esposa, os filhos participariam do mesmo espírito. A influência impregnaria o lar, e quanta aflição seria poupada nas famílias! Os homens não sairiam do lar para buscar felicidade; e as mulheres não definhariam por falta de amor, nem perderiam o ânimo e o respeito próprio, tornando-se inválidas por toda a vida. Só nos é concedido um período de vida, e com cuidado, esforço e domínio-próprio ela pode tornar-se suportável, agradável e mesmo feliz. — Darkness Before Dawn, 333.

A bondade torna o lar realmente aprazível — Falarem os pais bondosamente aos filhos e elogiá-los quando procuram fazer o que é direito, pode encorajar-lhes os esforços e torná-los muito felizes, atraindo para o círculo da família um encanto que expulsará toda sombra e chamará a alegre claridade. Mútua bondade e paciência farão do lar um paraíso e atrairão os anjos para o círculo da família; mas eles fugirão da casa onde há palavras desagradáveis, rixas e atritos. Ausência de bondade, queixumes e ira expulsam Jesus do lar. — O Lar Adventista, 421, 422.

Hospitalidade

Um apelo por mais hospitalidade no lar — Mesmo entre os que professam ser cristãos, a verdadeira hospitalidade é pouco exercida. Entre nosso próprio povo, a oportunidade de ser hospitaleiro não é considerada como deve ser, como um privilégio e uma bênção. Há positivamente muito pouca sociabilidade, muito pouca disposição de dar lugar para mais dois ou três à nossa mesa de família, sem embaraço ou ostentação. Alguns alegam ser “demasiado incômodo”. Não o será se for dito: “Não fizemos nenhum preparativo especial, mas seja

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bem-vindo para participar do que temos.” Para o hóspede inesperado, um bom acolhimento é muito mais apreciado do que a mais elaborada refeição. — Testimonies for the Church 6:343.

Preparo para receber um hóspede inesperado — Alguns chefes de casa poupam na mesa da família a fim de proporcionar dispendiosa hospedagem às visitas. Isso não é sábio. Deve haver maior simplicidade na hospedagem. Dê-se primeiro atenção às necessidades da família.

Uma economia destituída de sabedoria e os costumes artificiais impedem o exercício da hospitalidade onde é necessária e quando seria uma bênção. A quantidade regular de alimento deve ser de maneira que se possa receber de boa vontade o inesperado hóspede, sem sobrecarga para a dona-de-casa, com preparativos extras. — A Ciência do Bom Viver, 322, 323.

Veja o Apêndice E.

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