Comentário Bíblico
Adventista
Como seu rei - (cba)
Apocalipse 9:11
O sábio Agur declarou: "os gafanhotos não têm rei; contudo, marcham todos em bandos” (Provérbios 30:27). Nesta passagem, porém, os gafanhotos são ainda mais organizados em sua obra de destruição, pois têm um rei cujas ordens eles seguem. Aqueles que aplicam a quinta e a sexta trombetas aos árabes e turcos muçulmanos veem neste rei uma referência a Osman I (1299-1326), o tradicional fundador do império otomano. Consideram que seu primeiro ataque ao império grego. o qual, de acordo com Edward Gibbon, ocorreu em 27 de julho de 1299, marcou o início dos cinco meses de tormentos (Apocalipse 9:7,10; sobre este período, ver Nota Adicional a Apocalipse 9).
- 27 os gafanhotos não têm rei, contudo marcham todos enfileirados; Provérbios 30:27 7 A aparência dos gafanhotos era semelhante à de cavalos aparelhados para a guerra; e sobre as suas cabeças havia como que umas coroas semelhantes ao ouro; e os seus rostos eram como rostos de homens. 10 Tinham caudas com ferrões, semelhantes às caudas dos escorpiões; e nas suas caudas estava o seu poder para fazer dano aos homens por cinco meses. Apocalipse 9:7,10
Anjo - (cba)
Apocalipse 9:11
Ou, “mensageiro”, o responsável pelas forças provenientes do poço do abismo.
Abismo - (cba)
Apocalipse 9:11
Ver com. de Apocalipse 9:1.
Abadom - (cba)
Apocalipse 9:11
Do gr. Abaddõn, transliteração do heb. Abadon, “destruição", "ruína". Esta palavra é usada com significado geral em Jó 31:12 e, em Jó 26:6, é paralela a “além" (do heb. sheol, reino figurado dos mortos; ver com. de Provérbios 15:11). O uso de um nome hebraico aqui é significativo, uma vez que a maioria dos símbolos usados por João tem origem hebraica e judaica. Na tradição judaica, Abadon é personificado (ver Tal mude, Shabbath, 89.a).
- 12 porque seria fogo que consome até Abadom, e desarraigaria toda a minha renda. Jó 31:12 6 O Seol está nu perante Deus, e não há coberta para o Abadom. Jó 26:6 11 O Seol e o Abadom estão abertos perante o Senhor; quanto mais o coração dos filhos dos homens! Provérbios 15:11
Grego - (cba)
Apocalipse 9:11
João cita um nome grego que traduz Abadon para seus leitores que falavam esse idioma.
Apoliom - (cba)
Apocalipse 9:11
Do gr. Apolluõn, “aquele que destrói”, “um destruidor”.
Nota Adicional a Apocalipse 9 - (cba)
Apocalipse 9:1-21
Um dos primeiros estudiosos da Bíblia a identificar os turcos com o poder retratado na sexta trombeta foi o reformador suíço Heinrich Bullinger (m. 1575 d.C.), embora Martinho Lutero já houvesse mencionado que essa trombeta simbolizava os muçulmanos. No entanto, os comentaristas divergem bastante quanto à data desta e da quinta trombeta. Uma maioria decisiva liga a quinta trombeta ao período de ascensão dos sarracenos, e a sexta, ao auge dos turcos seljúcidas ou otomanos.
Em 1832, Guilherme Miller propôs uma nova abordagem à datação dessas trombetas, ligando-as cronologicamente (no quinto artigo de uma série publicada no periódico Telegraph, de Vermont). Com base no princípio dia-ano (ver com. de Daniel 7:25), Miller calculou que os cinco meses da quinta trombeta (Apocalipse 9:5) correspondiam a 150 anos literais. A hora, o dia, o mês e o ano da sexta trombeta seriam equivalentes a 391 anos e 15 dias. Muitos comentaristas anteriores a Miller haviam realizado os mesmos cálculos, mas não fizeram uma ligação cronológica entre os dois períodos. Miller propôs que o intervalo temporal da sexta trombeta ocorreu logo após o da quinta. Assim, o período inteiro seria de 541 anos e 15 dias. Ele localizou esse período de 1298 d.C., quando ocorreu o primeiro ataque dos turcos otomanos ao império bizantino, a 1839. Portanto, de acordo com seu ponto de vista, as duas trombetas representam os ataques dos turcos otomanos. A quinta simbolizaria sua ascensão e a sexta, seu domínio.
- 25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Daniel 7:25 5 Foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem. Apocalipse 9:5
Em 1838, Josiah Litch, um dos companheiros de Miller no movimento do segundo advento nos Estados Unidos, revisou as datas de Miller e demarcou a quinta trombeta de 1299 d.C. até 1449, e a sexta, de 1449 a 1840. Litch adotou a data de 27 de julho de 1299 para a batalha de Bafeu, perto da Nicomédia, que ele considerou o primeiro ataque dos turcos otomanos ao império bizantino. Para ele, o ano de 1449 representava o colapso do poder bizantino, pois, no final de 1448, Constantino Paleólogo, o novo imperador bizantino, havia pedido permissão ao sultão turco Murad II, antes de ousar assumir o trono. Na verdade, ele só recebeu a coroa em 6 de janeiro de 1449, após a permissão ser concedida. Litch acreditava que esse período de 150 anos correspondia à época em que os turcos otomanos atormentaram (ver Apocalipse 9:5) o império bizantino.
Conforme já mencionado, Litch definiu 1299 como o início da quinta trombeta; para ser mais exato, 27 de julho de 1299, que era sua data para a batalha de Bafeu. Ele atribuiu à quinta trombeta o período de 150 anos. Isso o levou até 27 de julho de 1449 para o início da sexta trombeta. Acrescentando 391, ele chegou a 27 de julho de 1840. Os quinze dias o fizeram parar no mês de agosto desse ano. Ele predisse que, naquele mês, o poder do império turco seria subjugado. No entanto, a princípio ele não marcou um dia específico em agosto. Pouco antes desse período expirar, declarou que o império turco acabaria em 11 de agosto, exatos quinze dias depois de 27 de julho de 1840.
Naquela época, a atenção do mundo estava voltada para os acontecimentos em torno do império turco. Em junho de 1839, Mohammed Ali, paxá do Egito e nominalmente um vassalo do sultão, havia se rebelado contra seu suserano. Ele derrotou os turcos e capturou a marinha deles. Em meio a essas circunstâncias, o sultão Mahmud II morreu, e os ministros de seu sucessor, Abdul Mejid, propuseram um acordo, segundo o qual Mohammed Ali receberia o paxalato hereditário do Egito, e seu filho Ibrahim passaria a governar a Síria. No entanto, a Grã-Bretanha, França, Áustria, Prússia e Rússia, todas elas, nações com interesses no Oriente Médio, intervieram e insistiram que não fosse feito nenhum acordo entre os turcos e Mohammed Ali sem que fossem consultadas. As negociações se arrastaram até o verão de 1840, quando, em 15 de julho, a Grã-Bretanha, Áustria, Prússia e Rússia assinaram o Tratado de Londres, propondo apoiar com forças armadas os termos sugeridos no ano anterior pelos turcos. Foi por volta dessa época que Litch anunciou sua previsão de que o poder turco chegaria ao fim em 11 de agosto. Nesse dia, o emissário turco chegou a Alexandria com os termos da convenção de Londres. Além disso, embaixadores dos quatro poderes receberam uma mensagem do sultão, perguntando que medidas deveriam ser tomadas em referência a uma circunstância com consequências vitais para seu império. Ele foi informado de que “provisões haviam sido feitas", mas não podia saber do que se tratava. Litch interpretou tais eventos como um reconhecimento, por parte do governo turco, de que seu poder independente havia acabado.
Como esses acontecimentos tiveram lugar no momento especificado pela predição de Litch, eles exerceram forte influência sobre o pensamento daqueles envolvidos no movimento millerita nos Estados Unidos. Na verdade, essa predição de Litch chegou a conferir credibilidade a outras profecias de tempo que ainda não haviam se cumprido, sobretudo a dos 2.300 anos. Portanto, o episódio de 1840 foi um fator-chave para o aumento das expectativas quanto ao segundo advento, que supostamente ocorreria três anos depois (ver GC, 334, 335).
Contudo, comentaristas e teólogos em geral divergem bastante quanto ao significado da quinta e da sexta trombetas. Isso se deve principalmente a problemas em três áreas: (1) o significado do simbolismo em si, (2) o sentido do texto grego e (3) os acontecimentos históricos e as datas envolvidas. No entanto, abordar esses problemas de maneira ampla está além do escopo deste Comentário.
De modo geral, a interpretação adventista da quinta e da sexta trombetas, sobretudo no que se refere ao período envolvido, tem sido alinhada à de Josiah Litch.
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
anjo
Apocalipse 9:11
Provavelmente Satanás. As ações de Satanás e dos demônios estão sujeitas a limites e ao controle divino. Gafanhotos literais não têm líder (Provérbios 30:27), portanto os gafanhotos mencionados aqui têm sentido figurado.
Abadom [...] Apolion
Apocalipse 9:11
Nomes gregos e hebraico que significam "destruidor".
Referências cruzadas
Apocalipse 9:11
Efésios 2:2.
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Apocalipse 9:1-12
Ao toque da quinta trombeta caiu uma estrela do céu na terra. Havendo deixado de ser um ministro de Deus, aquele que está representado por esta estrela torna-se um ministro do Diabo, e solta as potestades do inferno contra a Igreja de Cristo. Ao abrir-se o abismo sem fundo, dali sai muita fumaça. O Diabo executa seus desígnios cegando os olhos dos homens, apagando a luz e o conhecimento e aumentando a ignorância e o engano. Desta fumaça sai um exército de gafanhotos, simbolizando os agentes de Satanás, que aumentam a superstição, a idolatria, o engano e a crueldade. As árvores e a erva, os crentes verdadeiros, novos ou mais experientes, serão intocáveis. Porém, um veneno e uma infecção secreta da alma roubará a pureza de muitos, e depois a paz.
Os gafanhotos não tinham poder para ferir os que possuíam o selo de Deus. A graça distintiva e toda poderosa de Deus resguardará o seu povo da apostasia total e final. O poder está limitado a um curto período de tempo, mas será agudo. Em tais acontecimentos, os fiéis provavelmente poderão compartilhar a calamidade comum, mas estarão a salvo da pestilência do engano. Pelas Escrituras entendemos que tais enganos estavam ali provando e examinando os cristãos (1 Coríntios 11:19). Os primeiros escritores se referem a isto como a primeira grande hoste de corruptores que se espalharam pela Igreja cristã.
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- Análise em Cadeia 9 E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele. Apocalipse 12:9 31 Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. João 12:31 30 Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe deste mundo, e ele nada tem em mim; João 14:30 11 e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. João 16:11 4 nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. 2 Coríntios 4:4 2 nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de desobediência, Efésios 2:2 4 Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo. 1 João 4:4 19 Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno. 1 João 5:19 1 O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caíra sobre a terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. Apocalipse 9:1 44 Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira. João 8:44 31 E rogavam-lhe que não os mandasse para o abismo. Lucas 8:31 1 O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caíra sobre a terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. 2 E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como fumaça de uma grande fornalha; e com a fumaça do poço escureceram-se o sol e o ar. Apocalipse 9:1,2 2 Ora, em Jerusalém, próximo à porta das ovelhas, há um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco alpendres. João 5:2 16 E eles os congregaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom. Apocalipse 16:16 6 O Seol está nu perante Deus, e não há coberta para o Abadom. Jó 26:6 22 O Abadom e a morte dizem: Ouvimos com os nossos ouvidos um rumor dela. Jó 28:22 12 porque seria fogo que consome até Abadom, e desarraigaria toda a minha renda. Jó 31:12 Salmos 88:11mg 11 O Seol e o Abadom estão abertos perante o Senhor; quanto mais o coração dos filhos dos homens! Provérbios 15:11