Almeida AtualizadaC 3 5V 18 20
19 Então Daniel, cujo nome era Beltessazar, esteve atônito por algum tempo, e os seus pensamentos o perturbaram. Falou, pois, o rei e disse: Beltessazar, não te espante o sonho, nem a sua interpretação. Respondeu Beltessazar, e disse: Senhor meu, seja o sonho para os que te odeiam, e a sua interpretação para os teus inimigos:
Comentário Bíblico
Adventista
Atônito - (cba)
Daniel 4:19
Do aramaico shemam, que, na forma encontrada aqui, significa "pálido", "perplexo" ou "perturbado". O último significado talvez seja o mais apropriado neste caso. Ao entender o sonho de imediato e suas implicações, Daniel deve ter se sentido extremamente perturbado com a responsabilidade de revelar o terrível significado ao rei (ver Daniel 2:5).
Por algum tempo - (cba)
Daniel 4:19
Do aramaico sha'ah. É impossível definir o período indicado por sha'ah; pode ser breve ou longo (ver o uso de sha'ah em Daniel 3:6,15; Daniel 4:33; Daniel 5:5). Deve ter passado tempo suficiente para que Daniel revelasse a seu patrono real que "seus pensamentos o turbavam [ou o alarmavam]". Sem dúvida, Daniel estava procurando palavras e expressões adequadas para contar ao rei as terríveis notícias com respeito a seu futuro.
- 6 E qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro duma fornalha de fogo ardente. 15 Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom é; mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro duma fornalha de fogo ardente; e quem é esse deus que vos poderá livrar das minhas mãos? Daniel 3:6,15 33 Na mesma hora a palavra se cumpriu sobre Nabucodonozor, e foi expulso do meio dos homens, e comia erva como os bois, e o seu corpo foi molhado do orvalho do ceu, até que lhe cresceu o cabelo como as penas da águia, e as suas unhas como as das aves: Daniel 4:33 5 Na mesma hora apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte do castiçal, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que estava escrevendo. Daniel 5:5
Então, lhe falou o rei - (cba)
Daniel 4:19
O fato de Nabucodonosor passar a falar em terceira pessoa não justifica a conclusão de que outro falava dele, e que, portanto, o documento não é genuíno, ou que o versículo inclua um dado histórico interpolado no documento. Mudanças similares da primeira para a terceira pessoa e vice-versa se encontram em outros livros bíblicos (ver Esdras 7:13-15; Ester 8:7,8) e seculares, antigos e modernos (ver com. de Esdras 7:28).
- 13 Por mim se decreta que no meu reino todo aquele do povo de Israel, e dos seus sacerdotes e levitas, que quiser ir a Jerusalém, vá contigo. 14 Porquanto és enviado da parte do rei e dos seus sete conselheiros para indagares a respeito de Judá e de Jerusalém, conforme a lei do teu Deus, a qual está na tua mão; 15 e para levares a prata e o ouro que o rei e os seus conselheiros voluntariamente deram ao Deus de Israel cuja habitação está em Jerusalém, Esdras 7:13-15 7 Então disse o rei Assuero à rainha Ester e ao judeu Mardoqueu: Eis que dei a Ester a casa de Hamã, e a ele enforcaram, porquanto estenderá as mãos contra os judeus. 8 Escrevei vós também a respeito dos judeus, em nome do rei, como vos parecer bem, e selai-o com o anel do rei; pois um documento escrito em nome do rei e selado com o anel do rei não se pode revogar. Ester 8:7,8 28 e que estendeu sobre mim a sua benevolência perante o rei e os seus conselheiros e perante todos os príncipes poderosos do rei. Assim encorajado pela mão do Senhor, meu Deus, que estava sobre mim, ajuntei dentre Israel alguns dos homens principais para subirem comigo. Esdras 7:28
O rei viu a consternação na face de Daniel. Pela natureza do sonho, dificilmente poderia esperar ouvir algo agradável. Contudo, ele encorajou seu fiel cortesão a lhe dizer toda a verdade sem temor de ficar sujeito a reprovação.
Os que te têm ódio - (cba)
Daniel 4:19
Embora Daniel tivesse sido feito cativo pelo rei e sido deportado de sua pátria para servir a estrangeiros, os opressores de seu povo, ele não abrigava maus sentimentos para com Nabucodonosor. De fato, suas palavras testemunham que era leal ao rei, provavelmente em contraste com muitos dos judeus de sua época. Por outro lado, as palavras de Daniel não devem ser interpretadas necessariamente como maldade para com os inimigos do rei. A resposta exibe simplesmente uma reação de um cortesão oriental.
Nota Adicional a Daniel 4 - (cba)
Daniel 4:1-37
Importantes escavações foram realizadas em Babilônia, desde 1899 até 1917, sob a direção de Robert Koldewey, que trabalhou para a Deutsche Orient-Gesellschaft (Sociedade Oriental Alemã). Descobriram-se algumas das mais importantes áreas do grande sítio de ruínas da antiga Babilônia, embora grandes áreas não tenham sido tocadas nessas escavações. Babilônia foi uma cidade importante da Mesopotâmia desde o despontar da históri a (Gn 11). Hamurábi tinha feito dela a capital de sua dinastia . Como sede do santuário do famoso deus Marduque, foi um centro religioso mesmo durante períodos quando não desfrutava de supremacia política, como, por exemplo, durante o tempo em que a Assíria era o principal poder regional. Quando Nabopolassar reconquistou a independência de Babilônia, a cidade se tornou mais uma vez a metrópole do Oriental Médio. No entanto, foi principalmente sob o governo de Nabucodonosor, o grande edificador do império neobabilônico, que Babilônia se tornou "ajoia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus" (Isaías 13:19).
Foi a cidade de Nabucodonosor que Koldewey desenterrou, durante os 18 anos de escavações alemãs. Não se encontrou praticamente nada dos estágios anteriores da cidade. Para isso atribuíram-se duas razões: (1) a mudança do curso do rio Eufrates elevou o nível da água, de modo que os estratos da cidade antiga estão agora abaixo do nível da água; ed (2) a destruição de Babilônia pelo rei assírio Senaqueribe, em 689 a.C ., foi tão completa que restou pouco da antiga cidade que pudesse ser descoberto por gerações posteriores. Por isso, todas as ruín as atuais visíveis datam do império neobabilônico e de épocas posteriores. Mesmo essas mostram desolação e confusão incomuns, por duas razões: (1) grande parte da cidade foi destruída pelo rei Xerxes, da Pérsia, após duas revoltas babilônicas contra seu governo; e (2) as ruín as de Babilônia foram usadas por Seleuco para construir Seleucia, por volta de 300 a.C. A maior parte das edificações das vilas vizinhas e da cidade de Hilla, bem como a grande represa do rio Hindiya, foram construídas com tijolos de Babilônia.
A despeito dessas desva ntagens, os escavadores tiveram êxito em e scla recer boa parte do desenho da Babilônia de Nabucodonosor. Nisso, eles tiveram ajuda de antigos documentos cuneiformes encontrados durante as escavações. Esses documentos co ntêm descrições detalhadas da cidade, de seus principais edifício s, muros e bairros, de modo que se conhece mais da planta da Babilônia de Nabucodonosor do que de muitas cidades medievais europeias. Portanto, há muita informação di sponível quanto a cidade em cujas ruas Daniel caminhou e a respeito da qual Nabucodonosor proferiu as palavras registradas em Daniel 4:30.
A extensão da antiga Babilônia - Antes que as escavações revelassem a verdadeira dimensão da Babilônia de Nabucodonosor e da mais antiga, eruditos se baseavam na descrição de Heródoto. Esse hi storiador declara ter visitado a Mesopotâmia em meados do 5° século a.C .; e suas declarações, portanto, são com frequência consideradas as de uma testemunha ocular. Ele afirma que (i.178, 179) Babilônia tinha a forma ele um grande quadrado, de 22 km de lado. Essas medidas dariam aos muros da cidade uma extensão total de 88 km, e à cidade em si uma área de quase 490 quilômetros quadrados. Ele também afirma que os muros tinham a espessura de 30m e altura de 104 metros.
Antes que as escavações modernas revelassem o tamanho da antiga Babilônia, os es tudiosos tentavam harmonizar as afirmações de Heródoto com as ruínas visíveis. O assi riologista francês Jules Oppert, por exemplo, procurou explica r a declaração de Heródoto estendendo a área da cidade de Babilônia até incluir a Birs N imrud, 19 km a sudoeste das ruínas de Babilônia, ou a Tell el-Oheimir, 13 km ao leste. Essa explicação é insati sfatóri a. Já nos dias de Oppert, sabia-se que Birs Nimrud é o sítio da antiga Borsipa, e Tell el-Oheimir, o de Kish; ambas cidades famosas e independentes com muros de proteção separados. Visto que jamais se encontrou um muro que rodeasse tanto Babilônia como também Borsipa ou Kish, e uma vez que tal muro não é mencionado em nenhum dos documentos contemporâneos que descreve a cidade antiga, o cálculo de Oppert, baseado na declaração de Heródoto a respeito da extensão dos muros de Babilônia, não pode ser aceito.
As escavações revelaram que, antes da época de Nabucodonosor, a cidade era quase quadrada, com muros de 1,5 km de extensão de cada lado: a cidade interna, no mapa da p. 876. Os palácios e prédios administrativos estavam na parte noroeste da cidade, e ao sul deles ficava o principal conjunto de templos chamado Esagila, dedicado a Marduque, principal deus de Babilônia. O rio Eufrates fluía ao longo do muro ocidental de Babilônia.
Quando Babilônia foi capital do vasto império, no tempo de Nabopolassar e Nabucodonosor, precisou ser aumentada. Construiu-se uma nova área às margens ocidentais do Eufrates. A extensão é conhecida, mas poucas escavações foram realizadas nessa parte. O que se sabe de seus templos e ruas foi reunido a partir de documentos cuneiformes que descrevem essa área. Ela estava ligada à cidade antiga por uma ponte que ficava sobre oito pilares, como revelaram as escavações.
Nabucodonosor também construiu um novo palácio distante e ao norte da antiga cidade, o famoso palácio de verão. Construiu-se um grande muro externo para envolver o palácio. O novo muro ampliou muito a área da cidade. Não existe evidência de um muro ao longo do rio desde o palácio de verão até a antiga área do palácio. Portanto, conclui-se que o rio em si era considerado uma proteção suficientemente forte.
Os muros, que ainda podem ser vistos como monturos grandes e altos, estendiam-se por aproximadamente 20 km. Essa é a extensão total dos muros de ambas as cidades, interna e externa. A circunferência da cidade de Nabucodonosor, incluindo as áreas ribeirinhas, desde o palácio de verão até o setor do antigo palácio, tinha cerca de 15 km.
Escavações modernas mostram que a descrição de Heródoto quanto às dimensões dos muros precisa ser modificada. As fortificações que rodeavam a cidade interna consistiam de muros duplos: o interno, com 6,5 m de espessura, e o externo, com 3,7 m de espessura. O sistema de fortificações externas também era duplo, com um preenchimento de cascalho entre ambos os muros e um caminho na parte superior, de acordo com Heródoto. A espessura de cada um deles era a seguinte: muro interno, 7,1 m; espaço para preencher, 11,2 m; muro externo, 7,8 m, com uma espécie de reforço na base, de 3,3 m de espessura. Portanto, o total da espessura dessa fortificação externa era de 29,4 m. Das suas muitas torres, 15 foram escavadas.
As escavações nada dizem sobre a altura dos muros, visto que restam apenas as bases, e em nenhuma parte têm mais que 12 m, como na porta de Ishtar. Parece inconcebível que mesmo um muro duplo, com a espessura de base de 29 m, possa ter tido 104 m de altura. Não se conhece nenhum tipo de muro de cidade, antiga ou moderna, com essas proporções. Portanto, a declaração de Heródoto com respeito à altura do muro de Babilônia não ~ 3! deve ser considerada literalmente.
Quais as razões para essas inconsistências? É dada a seguinte explicação: Quando Heródoto visitou Babilônia, em grande parte a cidade jazia em ruínas, tendo sido destruída por Xerxes após duas revoltas contra seu governo. Templos, palácios e todas as fortificações foram totalmente demolidos. Na época de sua visita, Heródoto precisou depender de informações orais com respeito às dimensões das antigas construções, a aparência dos edifícios e o tamanho da cidade e dos muros. Visto que não falava a língua dos babilônicos, mas dependia de um guia de fala grega, ele pode, devido a dificuldades de tradução, ter recebido informação inexata. Algumas de suas declarações errôneas podem dever-se a lapsos de memória.
O assiriologista F. M. Th. de Liagre Bohl apresentou outra explicação. Ele sugere que Heródoto pode ter considerado toda a fortaleza de Babilônia, incluindo as áreas que ficavam dentro da região que podia ser inundada em tempos de perigo. Bohl destaca que é extremamente difícil a um leigo distinguir entre os diques de canais secos e o restante de muros de cidades antigas. A única diferença é a ausência de fragmentos de cerâmica nos diques. Há fragmentos de cerâmica em abundância próximos aos antigos muros da cidade. Portanto, deve-se considerar possível que Heródoto tenha tomado por restos dos muros da cidade alguns dos muitos diques (ver Ex Oriente Lux, n. 10, 1945-48, p. 498, n. 28).
Embora a antiga Babilônia não tivesse o tamanho fantástico que Heródoto lhe atribuiu, ela era enorme numa época em que as cidades eram pequenas para os padrões modernos. Seu perímetro de 17,5 km suplantava o de 12,5 km de Nínive, a capital do império assírio; o dos muros da Roma imperial, de 10 km; e os 6,5 km dos muros de Atenas na época do apogeu dessa cidade, no 5° século a.C. Essa comparação com outras cidades famosas da Antiguidade mostra que Babilônia era, com a possível exceção da antiga Tebas, no Egito, então em ruínas, a maior de todas as capitais antigas, embora fosse bem menor do que os escritores clássicos a retratam. É compreensível que Nabucodonosor se sentisse no direito de se vangloriar por ter edificado "a grande Babilônia" com o seu "grandioso poder" (Daniel 4:30).
Uma cidade de templos e palácios - Pelo fato de Babilônia abrigar o santuário do deus Marduque, considerado o senhor do céu e da terra, o principal de todos os deuses, os antigos babilônicos consideravam sua cidade o "umbigo" do mundo. Por isso, Babilônia era um centro religioso sem comparação. Um tablete cuneiforme do tempo de Nabucodonosor alista 53 templos dedicados a deuses importantes, 955 pequenos santuários e 384 altares de rua, todos dentro dos limites da cidade. Em comparação, Assur, uma das principais cidades da Assíria, com seus 34 templos e capelas, fazia uma impressão relativamente pobre. Pode-se entender bem por que os babilônios se orgulhavam da cidade, dizendo: "Babilônia é a origem e o centro de todas as terras". Seu orgulho se reflete nas famosas palavras de Nabucodonosor citadas no com. de Daniel 4:30 e também numa antiga canção de louvor (como a de E. Ebeling, Keilschrifttexte aus Assur religiosen Inhalts, Parte I [Leipzig, 1915], N. 8):
"Ó Babilônia, quem te contempla se enche de regozijo,
Quem habita em Babilônia vive mais,
Quem fala mal de Babilônia é como aquele que mata a própria mãe.
Babilônia é como uma doce tamareira, cujo fruto é agradável ao olhar."
O centro da glória de Babilônia era a famosa torre-templo Etemenanlú, "a pedra fundamental do céu e da terra", com uma base quadrada de 90 m de cada lado e, provavelmente, 91,4 m de altura. Esse edifício foi superado em altura nos tempos antigos apenas pelas duas grandes pirâmides de Gizé, no Egito. A torre deve ter sido construída no local onde estava a torre de Babel. A estrutura de tijolos consistia de sete níveis, dos quais o menor e mais elevado era um santuário dedicado a Marduque, o principal deus de Babilônia (ver mais detalhes, no com. de Gênesis 11:9).
Um grande conjunto de templos, chamado Esagila, literalmente, "o que levanta a cabeça", rodeava a torre Etemenanlú. Seus átrios e edifícios foram o cenário de muitas cerimônias religiosas realizadas em honra a Marduque. Grandes e coloridas procissões terminavam nesse lugar. Com exceção do grande templo de Amon, em Karnak, Esagila foi o maior e mais famoso de todos os templos do Oriente antigo. Na época em que Nabucodonosor subiu ao trono, ele já tinha uma longa e gloriosa história, e o novo rei reconstruiu inteirame nte e embelezou grandes espaços do conjunto de templos, incluindo a torre Etemenanhi.
Tanto em número como em tamanho, os palácios de Babilônia revelavam ostentação incomum. Durante seu longo reinado de 43 anos, Nabucodonosor construiu três grandes castelos ou palácios . Um deles ficava dentro da cidade interna, os outros, fora. Um e ra o palácio de verão, na parte mais ao norte do novo quarteirão oriental. O monturo que cobre suas ruínas é o mais alto entre tod as as ruínas da antiga Babilônia, e é o único lugar que ainda leva o antigo nome Babil. Contudo, a completa destruição desse palácio na Antiguidade e o subsequente saque de tijolos de sua estrutura não deixa ram muito para os arqueólogos descobrirem. Por isso, sabe-se pouco sobre o palácio.
Outro grande palácio, que os escavadores chamam de palácio central estava imediatamente fora do muro norte da cidade interna. Esse também foi constru ído por Nabucodonosor. Os arqueólogos encontraram essa grande construção também num estado sumamente desolado, com exceção de uma parte, o museu de antiguidades. Ali, objetos va liosos do passado glorioso da hi stória babilônica, como estátuas antigas, inscrições e troféus de guerra, foram reunidos e exibidos "para que os homens contemplem", como expressou Nabucodonosor em uma das inscrições.
O palácio do sul ficava no canto noroeste da cidade interna e continha, entre outros edifícios, os famosos jardins suspensos, uma das sete maravilhas do mundo a ntigo. Um grande edifício abobadado tinha em seu topo um jardim irrigado por um sistema de canos por meio dos quais se bombeava água. Segundo Diodoro, Nabucodonosor construiu esse maravi lhoso edifício para que sua esposa meda [da Média] encontrasse, na Babilônia plana e sem árvores, um substituto das colinas arborizadas de sua pátria, da qual sentia falta. Nas abóbadas abaixo dos jardins suspensos armazenavam-se provisões de cereais, azeite, frutas e especiarias para as necessidades da corte e de seus dependentes. Escavadores encontraram, nessas salas, documentos administrativos, alguns dos quais mencionam que o rei Joaquim, de Judá, recebia rações reais.
Junto aos jardins suspensos ficava um extenso conjunto de edifícios, salas e quartos que tinham substituído o palácio menor de Nabopolassar, pai de Nabucodonosor. Esse palácio do sul era conside rado a res idência oficial do rei, lugar de todas as cerimônias do estado. Ao centro ficava a grande sala do trono, com 17 por 52 m e, possivelmente, 18 m de altura. Essa imensa sala pode ter sido onde Belsazar promoveu o banquete de sua última noite de vida, pois nenhuma outra sala do palácio era grande o suficiente para acomodar mil convidados (ver Daniel 5:1).
Uma das estruturas coloridas dessa cidade era a famosa porta de Ishtar, junto ao palácio do sul, que formava uma das entradas pelo norte da cidade interna. Essa era a mais bela das portas de Babilônia, pois por ela passava o "caminho da procissão", que levava dos diferentes palácios reais ao templo Esagila. Felizmente, essa porta não foi tão completamente destruída como os demais edifícios de Babilônia e é a ma is impressionante de todas as ruínas da cidade. Tem altura de aproximadamente 12m.
As estruturas interiores dos muros e portas da cidade, dos palácios e templos eram de tijolos crus. As coberturas externas consistiam de tijolos queimados e, em alguns casos, esmaltados. Os tijolos externos dos muros da cidade eram amarelos; os da porta, azuis; os dos palácios, rosa; e os dos templos, brancos. A porta Ishtar era uma estrutura dupl a, por causa dos muros duplos. Tinha 50 m de extensão e consistia de quatro estruturas semelhantes a torres de espessuras e alturas variadas. Os muros eram de tijolos cujas superfícies esmaltadas formavam figuras de animais em relevo. Havia pelo menos 575 deles, incluindo bois amarelos, com listras decorativas de pelo azul, e patas e chifres verdes. Eles se alternavam com animais mitológicos amarelos, chamados sirrush, que tinham cabeças e caudas de serpentes, corpos com escamas e pés de águia e gato (ver ilustração na p. 951, e em Dicionário Bíblico Adventista, fi g. 137).
O acesso à porta de Ishtar (ver ilustração na p. 951) tinha muros de defesa de ambos os lados da ru a. Nesses muros havia leões feitos com tijolos esmaltados e em re levo, brancos com jubas amarelas ou amarelos com jubas vermelhas (que com o tempo fic aram verdes), num fundo azul.
Assim era a cidade colorida e poderosa que o rei Nabucodonosor construiu: a joia das nações. Seu orgulho por ela se reflete nas inscrições que deixou para a posteridade. Uma delas, no Museu de Berlim, diz:
"Fiz de Babilônia, a cidade sa nta, a glória dos grandes deuses, mais destacada que antes, e promovi sua reconstrução. Fiz com que o santuário dos deuses e deusas fosse iluminado como o di a. Nenhum rei entre todos os reis jamais criou, nenhum rei anterior jamais construiu, o que construí magnificamente para Marduque. Promovi ao máximo o complexo de Esagila, e a renovação de Babilônia mais do que se fez antes. Todas minhas obras valiosas, o embelezamento dos santuários dos grandes deuses, que eu empreendi mais do que meus ancestrais reais, escrevi num documento para gerações futuras . Todos os meus feitos, que escrevi neste documento, lerão os que saibam ler e lembrarão a glória dos grandes deuses. Que minha vida seja longa, que me regozij e em meus descendentes; que minha descendência governe sobre o povo de cabeça negra por toda a eternidade, e que a menção do meu nome seja proclamado para o bem em todas as épocas futuras."
A Concepção de um Artista de Parte da Antiga Babilônia - (cba)
Daniel 4:1-37
A pintura de J. Bardin (sob a orientação de Eckhard Unger) se baseia nas evidências encontradas em escavações. O espectador vê a antiga Babilônia como deve ter sido à vista de Nabucodonosor. A magnificente porta de Ishtar com várias torres (centro), ainda a mais impressionante ruína da Babilônia era coberta com tijolos azuis esma ltados, com touros e dragões em relevo. O amplo Caminho das Procissões atravessava a porta que ligava templos e palác ios importantes da cidade e era o cenário de muitas procissões de festivais coloridos. Sobre o muro (à direita, abaixo) está uma série ele leões ele tijolos esmaltaclos. O edifício branco à esquerda é o templo de Ninmach. A famosa construção conhecida como os Jardins Suspensos de Babilônia (à direita, acima) forma parte da área do palácio. Ao fundo está o zigurate (Etemananki) no grande complexo do templo de Marduque conhecido como Esagila.
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
Referências Cruzadas
Daniel 4:19
Daniel 4:8; Jeremias 4:19; Daniel 7:15,28; Daniel 8:27; 2 Samuel 18:32; Jeremias 29:7; Daniel 4:24; Daniel 10:16.
- 8 Por fim entrou na minha presença Daniel, cujo nome é Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu lhe contei o sonho, dizendo: Daniel 4:8 19 Ah, entranhas minhas, entranhas minhas! Eu me torço em dores! Paredes do meu coração! O meu coração se aflige em mim. Não posso calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra. Jeremias 4:19 15 Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo, e as visões da minha cabeça me perturbavam. 28 Aqui é o fim do assunto. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me perturbaram e o meu semblante se mudou; mas guardei estas coisas no coração. Daniel 7:15,28 27 E eu, Daniel, desmaiei, e estive enfermo alguns dias; então me levantei e tratei dos negócios do rei. E espantei-me acerca da visão, pois não havia quem a entendesse. Daniel 8:27 32 Então perguntou o rei ao cuchita: Vai bem o mancebo Absalão? Respondeu o cuchita: Sejam como aquele mancebo os inimigos do rei meu senhor, e todos os que se levantam contra ti para te fazerem mal. 2 Samuel 18:32 7 E procurai a paz da cidade, para a qual fiz que fôsseis levados cativos, e orai por ela ao Senhor: porque na sua paz vós tereis paz. Jeremias 29:7 24 esta é a interpretação, ó rei é o decreto do Altíssimo, que é vindo sobre o rei, meu senhor: Daniel 4:24 16 E eis que um que tinha a semelhança dos filhos dos homens me tocou os lábios; então abri a boca e falei, e disse àquele que estava em pé diante de mim: Senhor meu, por causa da visão sobrevieram-me dores, e não retenho força alguma. Daniel 10:16
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Daniel 4:19-27
Daniel estava impressionado com assombro e terror, ante um juízo tão duro que caia sobre um príncipe tão grande, e o aconselha com ternura e respeito. É necessário que, com arrependimento, não somente deixemos de praticar o mal, mas que aprendamos a fazer o bem. Ainda que o juízo não seja completamente evitado, contudo, é capaz de retardar muito a chegada do transtorno, ou abreviá-lo quando chegar. Todos aqueles que se arrependem e se voltam a Deus escaparão da miséria eterna.
- Veja também Deus adverte contra o orgulho, 21 de Junho 4:19
Cristo Triunfante, Pág. 194
A Verdadeira Grandeza 4:19Profetas e Reis, Pág. 517
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- Análise em Cadeia 8 Por fim entrou na minha presença Daniel, cujo nome é Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu lhe contei o sonho, dizendo: Daniel 4:8 7 Mas o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel, o de Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; e a Azarias, o de Abednego. Daniel 1:7 26 Respondeu o rei e disse a Daniel, cujo nome era Beltessazar: Podes tu fazer-me saber o sonho que tive e a sua interpretação? Daniel 2:26 12 porquanto se achou neste Daniel um espírito excelente, e conhecimento e entendimento para interpretar sonhos, explicar enigmas e resolver dúvidas, ao qual o rei pôs o nome de Beltessazar. Chame-se, pois, agora Daniel, e ele dará a interpretação. Daniel 5:12 9 Ó Beltessazar, chefe dos magos, porquanto eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é difícil, dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação. Daniel 4:9 28 Aqui é o fim do assunto. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me perturbaram e o meu semblante se mudou; mas guardei estas coisas no coração. Daniel 7:28 27 E eu, Daniel, desmaiei, e estive enfermo alguns dias; então me levantei e tratei dos negócios do rei. E espantei-me acerca da visão, pois não havia quem a entendesse. Daniel 8:27 16 E eis que um que tinha a semelhança dos filhos dos homens me tocou os lábios; então abri a boca e falei, e disse àquele que estava em pé diante de mim: Senhor meu, por causa da visão sobrevieram-me dores, e não retenho força alguma. 17 Como, pois, pode o servo do meu Senhor falar com o meu Senhor? pois, quanto a mim, desde agora não resta força em mim, nem fôlego ficou em mim. Daniel 10:16,17 19 Ah, entranhas minhas, entranhas minhas! Eu me torço em dores! Paredes do meu coração! O meu coração se aflige em mim. Não posso calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra. Jeremias 4:19 10 Os montes te vêem, e se contorcem; inundação das águas passa; o abismo faz ouvir a sua voz, e levanta bem alto as suas maos. Habacuque 3:10 4 Eu, Nabucodonozor, estava sossegado em minha casa, e próspero no meu palácio. 5 Tive um sonho que me espantou; e estando eu na minha cama, os pensamentos e as visões da minha cabeça me perturbaram. Daniel 4:4,5 17 Eli perguntou-lhe: Que te falou o Senhor? peço-te que não mo encubras; assim Deus te faça, e outro tanto, se me encobrires alguma coisa de tudo o que te falou. 1 Samuel 3:17 24 esta é a interpretação, ó rei é o decreto do Altíssimo, que é vindo sobre o rei, meu senhor: Daniel 4:24 16 E eis que um que tinha a semelhança dos filhos dos homens me tocou os lábios; então abri a boca e falei, e disse àquele que estava em pé diante de mim: Senhor meu, por causa da visão sobrevieram-me dores, e não retenho força alguma. Daniel 10:16 35 E ela disse a seu pai: Não se acenda a ira nos olhos de meu senhor, por eu não me poder levantar na tua presença, pois estou com o incômodo das mulheres. Assim ele procurou, mas não achou os ídolos. Gênesis 31:35 4 tendo-lhes ordenado: Deste modo falareis a meu senhor Esaú: Assim diz Jacó, teu servo: Como peregrino morei com Labão, e com ele fiquei até agora; 5 e tenho bois e jumentos, rebanhos, servos e servas; e mando comunicar isso a meu senhor, para achar graça aos teus olhos. 18 Então responderás: São de teu servo Jacó, presente que envia a meu senhor, a Esaú, e eis que ele vem também atrás dé nos. Gênesis 32:4,5,18 32 Agora, pois, perdoa o seu pecado; ou se não, risca-me do teu livro, que tens escrito. Êxodo 32:32 15 Mas Ana respondeu: Não, Senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; não bebi vinho nem bebida forte, porém derramei a minha alma perante o Senhor. 1 Samuel 1:15 8 Depois também Davi se levantou e, saindo da caverna, gritou por detrás de Saul, dizendo: Ó rei, meu senhor! Quando Saul olhou para trás, Davi se inclinou com o rosto em terra e lhe fez reverência. 1 Samuel 24:8 15 Ao que disse Davi a Abner: Não és tu um homem? e quem há em Israel como tu? Por que, então, não guardaste o rei, teu senhor? porque um do povo veio para destruir o rei, teu senhor. 1 Samuel 26:15 31 Nisso chegou o cuchita, e disse: Novas para o rei meu senhor. Pois que hoje o Senhor te vingou da mão de todos os que se levantaram contra ti. 2 Samuel 18:31 7 Quando, pois, Obadias já estava em caminho, eis que Elias se encontrou com ele; e Obadias, reconhecendo-o, prostrou-se com o rosto em terra e disse: És tu, meu senhor Elias? 1 Reis 18:7 32 Então perguntou o rei ao cuchita: Vai bem o mancebo Absalão? Respondeu o cuchita: Sejam como aquele mancebo os inimigos do rei meu senhor, e todos os que se levantam contra ti para te fazerem mal. 2 Samuel 18:32 7 E procurai a paz da cidade, para a qual fiz que fôsseis levados cativos, e orai por ela ao Senhor: porque na sua paz vós tereis paz. Jeremias 29:7