Comentário Bíblico
Adventista
Nota Adicionala Daniel 7 - (cba)
Daniel 7:1-28
O desenvolvimento da grande apostasia que culminou com o papado foi um processo gradual ao longo de séculos. O mesmo se deu com o declínio desse poder.
Com respeito ao futuro, Jesus advertiu Seus discípulos: "Vede que ninguém vos engane", pois "levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos", "operando grandes sinais e prodígios" para recomendar suas pretensões más, a fim de "enganar, se possível, os próprios eleitos" (Mateus 24:4,11,24).
Paulo declarou que surgiriam "homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles" (Atos 20:30). O resultado seria uma "apostasia" durante a qual se revelaria o poder ao qual se refere como "homem da iniquidade" e "mistério da iniquidade", e se oporia à verdade, se exaltaria sobre Deus e usurparia a autoridade de Deus sobre a igreja (2 Tessalonicenses 2:3,4). Essa entidade, que segundo a advertência de Paulo já estava operando de forma limitada (Daniel 7:7), operaria "segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira" (Daniel 7:9). Seu crescimento sutil seria camuflado de forma tão astuta que somente os que sinceramente cressem e amassem a verdade estariam seguros frente a suas declarações enganosas (Daniel 7:10-12).
- 30 e que dentre vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas para atrair os discípulos após si. Atos 20:30 3 Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, 4 aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus. 2 Tessalonicenses 2:3,4 7 Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. Daniel 7:7 9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima; o seu trono era de chamas de fogo, e as rodas dele eram fogo ardente. Daniel 7:9 10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos. 11 Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo destruído; pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo. 12 Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes concedida prolongação de vida por um prazo e mais um tempo. Daniel 7:10-12
Antes do fim do 1 o século, o apóstolo João escreveu que "muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora" (1 João 4:1); e, um pouco mais tarde, ele disse que "muitos enganadores têm saído pelo mundo fora" (2 João 1:7). Isso, disse ele, é o "espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo" (1 João 4:3).
- 1 Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. 1 João 4:1 7 Porque já muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo. 2 João 1:7 3 e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo. 1 João 4:3
Essas previsões advertiam sobre a presença de forças si ni stras já operantes na igreja, forças que pressagiavam heresia, cisma e apostasia de grandes proporções. Pretendendo possuir privilégios e autoridade que pertencem apenas a Deus, porém, operando mediante princípios satânicos e por meio de métodos satânicos, esse instrumento, ao final, enganaria a maioria dos cristãos para que aceitassem sua liderança e, assim, controlaria a igreja (ver Atos 20:29,30; 2 Tessalonicenses 2:3-12).
- 29 Eu sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão rebanho, 30 e que dentre vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas para atrair os discípulos após si. Atos 20:29,30 3 Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, 4 aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus. 5 Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco? 6 E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado. 7 Pois o mistério da iniqüidade já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora; 8 e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda; 9 a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, 10 e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para serem salvos. 11 E por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira; 12 para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na injustiça. 2 Tessalonicenses 2:3-12
Nos tempos apostólicos, cada congregação local escolhia seus próprios oficiais e regulava sua própria conduta. Contudo, a igreja universal era "um corpo" em virtude da operação invisível do Espírito Santo, e da direção dos apóstolos, que unia crentes em todos os lugares em "um só Senhor, uma só fé, um só batismo" (ver Efésios 4:3-6). Líderes das igrejas locais deveriam ser homens "cheios do Espírito" (Atos 6:3), escolhidos, qualificados e dirigidos pelo Espírito Santo (ver Atos 13:2), apontados (Atos 6:5) e ordenados pela igreja (Atos 13:3).
- 3 procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz. 4 Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos. Efésios 4:3-6 3 Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarreguemos deste serviço. Atos 6:3 2 Enquanto eles ministravam perante o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Atos 13:2 5 O parecer agradou a todos, e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas, e Nicolau, prosélito de Antioquia, Atos 6:5 3 Então, depois que jejuaram, oraram e lhes impuseram as mãos, os despediram. Atos 13:3
No entanto, à medida que a igreja abandonou seu "primeiro amor" (Apocalipse 2:4), perdeu sua pureza de doutrina, seus elevados padrões de conduta pessoal e o laço invisível de união provido pelo Espírito Santo. Na adoração, o forma lismo assumiu o lugar da simplicidade. A popularidade e o poder pessoal passaram a determinar cada vez mais as escolhas dos líderes, que assumiram mais autoridade sobre a igreja local e, depois, buscaram estender sua autoridade sobre as igrejas vizinhas.
A administração da igreja local sob a direção do Espírito Santo, finalmente, foi substituída pelo auto ritarismo eclesiástico nas mãos de um único oficial, o bispo, a quem cada membro da igreja estava sujeito pessoalmente e pelo qual tinha acesso à salvação. Daí em diante, a liderança pensou apenas em governar a igreja em vez de servi-la, e o "maior" já não se considerava "servo de todos". Assim, gradualmente se desenvolveu o conceito de uma hierarquia sacerdotal que se interpôs entre o cristão, como indivíduo, e o Senhor.
De acordo com escritos atribuídos a Inácio de Antioquia, que morreu por volta de 117 d.C., a presença do bispo era essencial à celebração de ritos religiosos e à direção de questões da igreja. Irineu, falecido por vo,lta do ano 200, catalogava os bispos das diferentes igrejas de acordo com a idade e importância das igrejas que presidiam. Dava honra especial às igrejas fundadas pelos apóstolos e defendia que todas as outras deveriam concordar com a igreja de Roma quanto a questões de fé e doutrina. Tertuliano, falecido em 225, ensinava a supremacia do bispo sobre os presbíteros, anciãos escolhidos pela igreja local.
Cipriano, que morreu por volta de 258, é considerado o fundador da hierarquia católica romana. Ele defendia a teoria de que há apenas uma igreja verdadeira e que, fora dela, não há salvação. Defendeu a ideia de que Pedro tinha fundado a igreja em Roma e de que o bispo da igreja de Roma deveria, portanto, ser honrado sobre os outros bispos, e suas opiniões e decisões deveriam prevalecer sempre. Enfatizou a importância da sucessão apostólica direta, afirmou que o sacerdócio do clero era literal e que nenhuma igreja deveria celebrar ritos religiosos ou conduzir suas questões sem a presença e o consentimento do bispo.
Fatores que contribuíram para a ascensão e, finalmente, a supremacia do bispo de Roma foram: (1) Como capital do império e metrópole do mundo civilizado, Roma era o lugar natural para a sede da igreja universal. (2) A igreja de Roma era a única no Ocidente que afirmava ter origem apostólica, o que, naquele tempo, fazia parecer natural que o bispo de Roma tivesse prioridade sobre os demais. Roma ocupava uma posição bastante honrosa mesmo antes do ano 100 d.C. (3) A mudança da capital política de Roma para Constantinopla, por Constantino (330), deixou o bispo de Roma relativamente livre do controle imperial; e, a partir de então, o imperador quase sempre apoiou as reivindicações do bispo de Roma contra as dos outros bispos. (4) Em parte, o imperador Justiniano apoiou fortemente o bispo de Roma e fez avançar seus interesses por meio de um edito imperial que reconhecia sua supremacia sobre as igrejas do Oriente e do Ocidente, edito que não pôde se tornar plenamente efetivo até o declínio do domínio ostrogodo sobre Roma, em 538. (5) O êxito da igreja de Roma em resistir a vários movimentos chamados éticos, em especial o gnosticismo e montanismo, lhe rendeu grande reputação de ortodoxia. Certas facções que em outras partes estavam em contendas, com frequência, apelavam ao bispo de Roma para que fosse o árbitro de suas diferenças. (6) Controvérsias teológicas, que dividiram e enfraqueceram a igreja no Oriente, deixaram a igreja de Roma livre para se dedicar a problemas mais práticos e para tirar vantagem de oportunidades que surgiram para estender sua autoridade. (7) Repetidos casos de êxito em evitar ou mitigar ataques bárbaros contra Roma aumentaram o prestígio político do papado e, com frequência, na ausência de liderança civil, o papa cumpriu na cidade as funções essenciais de um governo secular. (8) Invasões islâmicas constituíram um obstáculo para a igreja no Oriente, eliminando o único rival importante de Roma. (9) Os invasores bárbaros do Ocidente já estavam, em sua maioria, nominalmente convertidos ao cristianismo, e essas invasões livravam o papa do controle imperial. (lO) Com a conversão de Clóvis (496), rei dos francos, o papado fundou um exército forte para defender seus interesses e ajudar efetivamente a converter outras tribos bárbaras.
Professando o cristianismo, Constantino, o Grande (que morreu por volta de 337), vinculou a igreja ao estado, subordinando a igreja ao poder civil, e fez da igreja um instrumento da política do estado. Sua reorganização da ad ministração política do império romano se tornou o padrão para a administração eclesiástica da igreja romana, e assim da hierarquia católica romana. Por volta de 343, o Concílio de Sárdica atribuiu ao bispo de Roma jurisdição sobre os bispos metropolitanos ou arcebispos. O papa Inocêncio I (que morreu por volta de 417) reivindicava jurisdição suprema sobre todo o mundo cristão, mas não foi capaz de exercer esse poder.
Agostinho (que morreu por volta de 430), um dos grandes pais da igreja e fundador da teologia medieval, defendia que Roma sempre tivera supremacia sobre as igrejas. Sua obra clássica A Cidade de Deus ressalta o ideal católico de uma igreja universal que controlasse um estado universal, e isso forneceu a base teórica para o papado na Idade Média.
Leão I, o Grande, que morreu em 461 , foi o primeiro bispo de Roma a proclamar que Pedro tinha sido o primeiro papa, a afirmar a sucessão do papado a partir de Pedro, a sustentar que a primazia havia sido legada diretamente por Jesus Cristo e a obter êxito em aplicar esses princípios à administração papal. Leão I conferiu à teoria do poder papal sua forma definitiva e fez desse poder uma realidade. Foi ele que obteve um edito do imperador declarando que as decisões papais teriam força de lei. Com o apoio imperial, ele se colocou acima dos concílios da igreja, assumindo o direito de definir doutrinas e ditar decisões. Seu êxito em persuadir Átila a não entrar em Roma (452) e sua tentativa de deter Genserico (455) aumentaram seu prestígio e o do papado. Leão I, o Grande, foi definitivamente um líder secular bem como espiritual para o povo cristão. Pretensões ao poder papal feitas por papas posteriores se basearam em grande parte na suposta autoridade de documentos falsificados conhecidos como "fraudes piedosas", como a chamada Doação de Constantino.
A conversão de Clóvis, líder dos francos, à fé romana, por volta do ano 496, quando a maioria dos invasores bárbaros ainda era ariana, deu ao papa um forte aliado político disposto a lutar as batalhas da igreja. Por mais de 12 séculos, a espada da França, a "filha mais velha" do papado, foi uma agente eficaz para a conversão de homens à igreja de Roma e para manter a autoridade papal.
O pontificado do papa Gregório I, o Grande (que morreu em 604), o primeiro dos prelados medievais da igreja, marca a transição dos tempos antigos para os medievais. Gregório ousadamente assumiu o papel, embora não o título, de imperador no Ocidente. Ele lançou as bases para o poder papal na Idade Média, e é de sua administração em particular que datam posteriores reivindicações absolutistas do papado. Grandes esforços missionários iniciados por Gregório, o Grande, ampliaram em muito a influência e a autoridade de Roma.
Quando, mais de um século depois, os lombardos ameaçaram invadir a Itália, o papa apelou a Pepino, rei dos francos, para auxiliá-lo. Respondendo ao pedido, Pepino derrotou por completo os lombardos e, em 756, entregou ao papa o território que tinha tirado deles. Essa dádiva, comumente conhecida como Doação de Pepino, marca a origem dos estados papais e o início formal do governo temporal do papado.
No 7° e no 8° séculos, em termos gerais, o poder papal esteve em baixa. O grande papa seguinte e um dos maiores foi Gregório VII (que morreu em 1085). Ele proclamou que a igreja romana jamais tinha errado e jamais poderia errar, que o papa é juiz supremo, que não pode ser julgado por ninguém, que não há apelo à sua decisão, que ele somente tem direito à homenagem de todos os príncipes e que apenas ele pode depor reis e imperadores.
Por dois séculos, houve uma luta constante entre papa e imperador pela supremacia. Às vezes um, às vezes outro alcançou êxito temporário. O pontificado de Inocêncio III (que morreu em 1216) encontrou o papado no apogeu de seu poder, e durante o século seguinte esteve no zênite de sua glória. Afirmando ser o vicário de Cristo, Inocêncio III exerceu todas as prerrogativas reivindicadas por Gregório mais de um século antes.
Um século depois de Inocêncio III, o papa medieval ideal Bonifácio VIII (que morreu em 1303) tentou governar como seus ilustres predecessores tinham feito , porém não obteve o mesmo êxito. Ele foi o último papa a tentar exercer autoridade universal conforme instituída por Gregório VII e mantida por Inocêncio III. A decadência do poder do papado se tornou completamente evidente durante o chamado cativeiro babilônico (1309-1377), quando os franceses transferiram à força a sede do papado de Roma para Avignon, na França. Logo depois do retorno a Roma, começou o que se conhece como o Grande Cisma (1378-1417). Durante esse tempo, houve ao menos dois e, às vezes, três papas rivais, cada um denunciando e excomungando seus rivais e afirmando ser o verdadeiro papa. Como resu ltado, o papado sofreu perda irreparável de prestígio aos olhos da Europa. Bem antes da época da Reforma, se levantaram muitas vozes dentro e fora da Igreja Católica criticando suas declarações arrogantes e seus muitos abusos de poder tanto secular quanto espiritual. Além disso, o renascimento cultural (Renascença), na Europa Ocidental, a era da descoberta, o crescimento de estados nacionais fortes, a invenção da imprensa e vários outros fatores contribuíram para a perda gradativa do poder papal. Por volta da época de Martinho Lutero, muito havia sido feito para minar a autoridade do bispo de Roma.
Durante a Reforma, que se entende ter começado em 1517, com a divulgação das Noventa e Cinco Teses, o poder papal foi expulso de grandes regiões da Europa do norte. Esforços do papado para combater a Reforma resultaram na criação da Inquisição, do lndex e na organização da ordem jesuíta. Os jesuítas se tornaram o exército intelectual e espiritual da igreja para extermínio do protestantismo. Por aproximadamente três séculos, a igreja de Roma travou uma luta vigorosa que gradualmente se enfraqueceu diante das forças que batalhavam pela liberdade civil e religiosa.
Finalmente, durante a Revolução Francesa, a Igreja Católica foi proscrita da França, a primeira nação da Europa a patrocinar a causa católica. Por mais de 12 séculos, a França havia defendido as declarações e lutado nas bata-lhas da igreja. Foi a nação onde os princípios papais tinham sido testados de forma mais plena do que em qualquer outro lugar, e achados em falta. Em 1798, o governo francês ordenou que o exército que estava na Itália, sob o comando do general Berthier, levasse o papa prisioneiro. Embora o papado tivesse continuado, seu poder foi tirado e, desde então, nunca mais exerceu o mesmo tipo ou medida de poder que teve outrora. Em 1870, os estados papais foram completamente absorvidos ao reino unido da Itália, e o poder temporal que o papado tinha exercido por mais de mil anos chegara ao fim. O papa tonou-se voluntariamente "prisioneiro do Vaticano" até que seu poder temporal foi restaurado, em 1929 (ver com. de Daniel 7:25).
Esse breve resumo demonstra que a ascensão do poder papal foi um processo gradual que se alongou por séculos. O mesmo se deu com seu declínio. É possível dizer que o pri meiro processo se desenvolveu desde cerca de 100 d.C. a 756; o segundo, de cerca de 1303 a 1870 d.C. O papado esteve no auge de seu poder desde a época de Gregório VII (1073-1085) até Bonifácio VIII (1294-1303). Está claro que não é possível dar datas que marquem uma transição precisa da irrelevância à supremacia, ou entre a supremacia e a relativa irrelevância. Da mesma forma, como se dá em todos os processos históricos, o surgimento e a queda do papado foram acontecimentos graduais.
Porém, por volta de 538 d.C. o papado estava completamente form ado e operante em diversos aspectos e, em cerca de 1798 - 1.260 anos depois, ele tinha perdido praticamente todo o poder que acumulou ao longo de séculos. A profecia atribuiu 1.260 anos ao papado para uma demonstração de seus princípios, políticas e objetivos. Desse modo, essas duas datas deveriam ser consideradas como marco do início e do final do período profético do poder papal.
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
Referências Cruzadas
Daniel 7:14
Salmos 2:6-8; Daniel 7:27; Mateus 28:18; João 3:35,36; 1 Coríntios 15:27; Efésios 1:22; Filipenses 2:9-11; Apocalipse 1:6; Apocalipse 11:15; Daniel 3:4; Salmos 145:13; Malaquias 4:7; Lucas 1:33; João 12:34; Hebreus 12:28.
- 6 Eu tenho estabelecido o meu Rei sobre Sião, meu santo monte. 7 Falarei do decreto do Senhor; ele me disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei. 8 Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por possessão. Salmos 2:6-8 27 O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão. Daniel 7:27 18 E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Mateus 28:18 35 O Pai ama ao Filho, e todas as coisas entregou nas suas mãos. 36 Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus. João 3:35,36 27 Pois se lê: Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. 1 Coríntios 15:27 22 e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja, Efésios 1:22 9 Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. Filipenses 2:9-11 6 e nos fez reino, sacerdotes para Deus, seu Pai, a ele seja glória e domínio pelos séculos dos séculos. Amém. Apocalipse 1:6 15 E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. Apocalipse 11:15 4 E o pregoeiro clamou em alta voz: Ordena-se a vós, ó povos, nações e gentes de todas as línguas: Daniel 3:4 13 O teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura por todas as gerações. Salmos 145:13 Malaquias 4:7 33 e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. Lucas 1:33 34 Respondeu-lhe a multidão: Nós temos ouvido da lei que o Cristo permanece para sempre; e como dizes tu: Importa que o Filho do homem seja levantado? Quem é esse Filho do homem? João 12:34 28 Pelo que, recebendo nós um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e temor; Hebreus 12:28
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Daniel 7:9-14
Estes versos são para consolo e apoio do povo de Deus durante as perseguições que lhes sobreviriam. Muitas profecias do Novo Testamento sobre o juízo vindouro aludem a esta visão, especialmente .
Aqui o Messias é chamado de Filho do homem; Ele foi feito semelhança da carne pecadora e encontrado como homem, porém, jamais deixou de ser o Filho de Deus. O maior sucesso anunciado nesta passagem é a gloriosa Vinda de Cristo, para destruir todo o poder do anticristo, e tornar o seu reino universal na terra. Até que chegue o tempo solene de manifestar a glória de Deus a todo o mundo, em seu trato com as criaturas, podemos esperar que o destino de cada um de nós seja determinado na hora de nossa morte; e, antes que chegue o final, o Pai entregará ao seu Filho, que esteve em carne, nosso Mediador e Juiz, a herança das nações e seus súditos dispostos.
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- Análise em Cadeia 27 O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão. Daniel 7:27 6 Eu tenho estabelecido o meu Rei sobre Sião, meu santo monte. 7 Falarei do decreto do Senhor; ele me disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei. 8 Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por possessão. Salmos 2:6-8 6 Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: Salmos 8:6 1 Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. 2 O Senhor enviará de Sião o cetro do teu poder. Domina no meio dos teus inimigos. Salmos 110:1,2 27 Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Mateus 11:27 18 E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Mateus 28:18 22 Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Lucas 10:22 11 Ouvindo eles isso, prosseguiu Jesus, e contou uma parábola, visto estar ele perto de Jerusalém, e pensarem eles que o reino de Deus se havia de manifestar imediatamente. 12 Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra longínqua, a fim de tomar posse de um reino e depois voltar. Lucas 19:11,12 35 O Pai ama ao Filho, e todas as coisas entregou nas suas mãos. João 3:35 22 Porque o Pai a niguém julga, mas deu ao Filho todo o julgamento, 23 para que todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. 24 Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida. 25 Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. 26 Pois assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim também deu ao Filho ter vida em si mesmos; 27 e deu-lhe autoridade para julgar, porque é o Filho do homem. João 5:22-27 27 Pois se lê: Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. 1 Coríntios 15:27 20 que operou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar-se à sua direita nos céus, 21 muito acima de todo principado, e autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; 22 e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja, Efésios 1:20-22 9 Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. Filipenses 2:9-11 22 que está à destra de Deus, tendo subido ao céu; havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potestades. 1 Pedro 3:22 21 Ao que vencer, eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono. Apocalipse 3:21 4 E o pregoeiro clamou em alta voz: Ordena-se a vós, ó povos, nações e gentes de todas as línguas: Daniel 3:4 17 Permaneça o seu nome eternamente; continue a sua fama enquanto o sol durar, e os homens sejam abençoados nele; todas as nações o chamem bem-aventurado. Salmos 72:17 12 Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão; sim, essas nações serão de todo assoladas. Isaías 60:12 15 E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. Apocalipse 11:15 14 Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, os chamados, e eleitos, e fiéis. Apocalipse 17:14 18 Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, sim, para todo o sempre. 27 O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão. Daniel 7:18,27 35 Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se podia achar nenhum vestígio deles; a pedra, porém, que feriu a estátua se tornou uma grande montanha, e encheu toda a terra. 44 Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; nem passará a soberania deste reino a outro povo; mas esmiuçará e consumirá todos esses reinos, e subsistirá para sempre. Daniel 2:35,44 3 Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração. Daniel 4:3 26 Com isto faço um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo, e permanece para sempre; e o seu reino nunca será destruído; o seu domínio durará até o fim. Daniel 6:26 6 O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Salmos 45:6 13 O teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura por todas as gerações. Salmos 145:13 10 O Senhor reinará eternamente: o teu Deus, ó Sião, reinará por todas as gerações. Louvai ao Senhor! Salmos 146:10 7 Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o estabelecer e o fortificar em retidão e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos exércitos fará isso. Isaías 9:7 21 Subirão salvadores ao monte de Sião para julgarem o monte de Esaú; e o reino será do Senhor. Obadias 1:21 7 E da que coxeava farei um resto, e da que tinha sido arrojada para longe, uma nação poderosa; e o Senhor reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre. Miquéias 4:7 33 e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. Lucas 1:33 34 Respondeu-lhe a multidão: Nós temos ouvido da lei que o Cristo permanece para sempre; e como dizes tu: Importa que o Filho do homem seja levantado? Quem é esse Filho do homem? João 12:34 24 Então virá o fim quando ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder. 25 Pois é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés. 26 Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte. 27 Pois se lê: Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. 28 E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. 1 Coríntios 15:24-28 28 Pelo que, recebendo nós um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e temor; Hebreus 12:28 6 e nos fez reino, sacerdotes para Deus, seu Pai, a ele seja glória e domínio pelos séculos dos séculos. Amém. Apocalipse 1:6 37 Tu, ó rei, és rei de reis, a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força e a glória; Daniel 2:37 11 Todos os reis se prostrem perante ele; todas as nações o sirvam. Salmos 72:11