Comentário Bíblico
Adventista
Publicanos - (cba)
Lucas 3:12
Do gr. telõnai, “coletores de impostos”, chamados pelos romanos de publicani. A palavra telõnai é originada do radical telos, “imposto” e da palavra õneomai, “comprar”, desta forma, literalmente, “compradores de impostos”. Em vez de ter empregados regulares do governo, nomeados como funcionários das receitas, os romanos leiloavam o privilégio de coletar os rendimentos dentro de uma cidade ou província. Apenas os homens ricos conseguiam fazer lances no leilão, porque se exigia daqueles que adquiriam o privilégio que pagassem um valor estipulado ao tesouro real, independente de quanto realmente fosse coletado, e que se desse garantia até que o montante fosse pago. Esses telõnai normalmente seguiam a prática de subdividir, entre os subcontratantes, a área atribuída a eles, ou de contratar representantes para fazer o trabalho efetivo de coletar impostos. No NT, os “publicanos” eram os representantes que coletavam os impostos do povo e eram, com raras exceções, judeus.
Como representantes de um conquistador pagão, os coletores de impostos eram, para o povo, a lembrança mais dolorosa do baixo nível ao qual a nação judaica havia caído. Somando-se à vergonha de terem os “publicanos” entre si, estava a prática inescrupulosa seguida por quase todos eles, de despojar o povo de cada centavo exigido pela lei ou mesmo por um soldado romano. Um judeu que se tornava um “publicano” era visto como um traidor de Israel, um lacaio dos odiados romanos. Se estava errado, do ponto de vista judeu, pagar imposto, muito pior deveria ter sido coletar impostos! Um “publicano” era banido da sociedade judaica e excomungado da sinagoga. Era visto e tratado como um cão pagão, e tolerado apenas porque o poder de Roma estava por trás dele (ver com. de Marcos 2:14).
Mestre - (cba)
Lucas 3:12
Literalmente, “professor”. Como Cristo, João não apenas pregava, ele também ensinava.
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Lucas 3:1-14
O escopo e o propósito do ministério de João eram levar ao povo de seus pecados ao seu Salvador. Veio pregar não uma seita nem um partido político, mas uma profissão de fé. O sinal ou a cerimónia era o batismo em águas. Pelas palavras aqui empregadas, João pregou sobre a necessidade do arrependimento para a remissão dos pecados, e que o batismo em águas era um sinal exterior da purificação interior, e da renovação do coração que o acompanha, efeitos do verdadeiro arrependimento e da profissão deste. Aqui, no ministério de João, encontra-se o cumprimento das Escrituras (Isaías 40:3). Quando se faz o caminho para o Evangelho no coração, abatendo os pensamentos altivos e levando-os à obediência de Cristo, aplanando a alma e eliminando tudo o que nos seja um empecilho no caminho de Cristo e de sua graça, então efetuam-se os preparativos para dar as boas-vindas à salvação de Deus.
Aqui há advertências e exortações gerais dadas por João. A culpável e corrompida raça humana chegou a ser uma raça de víboras; odiavam a Deus e odiavam-se uns aos outros. Não há como fugir da ira vindoura, a não ser por meio do arrependimento; e a mudança de nossa conduta deve mostrar a mudança de nossa mentalidade. Se não formos realmente santos de coração e em nossa maneira de viver, a nossa profissão de religião e o nosso relacionamento com Deus e sua Igreja não nos servirá para absolutamente nada. A nossa destruição será mais penosa se não dermos frutos dignos de arrependimento.
João Batista deu instruções a várias classes de pessoas. Aqueles que professam e prometem arrependimento devem mostrá-lo por meio de sua nova maneira de viver, conforme a sua ocupação e condição. o Evangelho requer misericórdia, e não sacrifícios; e o seu objetivo é comprometer a cada um de nós a fazermos todo o bem que pudermos, e a sermos justos para com todos os homens. o mesmo princípio que leva os homens a renunciar aos ganhos injustos, leva-os a restituir o que foi ganho de forma errada.
João declara aos soldados os seus deveres. os homens devem ser advertidos contra as tentações que podem ter por causa de suas atividades profissionais. As respostas declaram o dever presente daqueles que perguntavam e, de imediato, constituíam-se em uma prova de sua sinceridade. Como ninguém pode ou quer aceitar a salvação que há em Cristo sem o verdadeiro arrependimento, assim destacam-se aqui a evidência e os efeitos do arrependimento.
|
- Análise em Cadeia 29 E todo o povo que o ouviu, e até os publicanos, reconheceram a justiça de Deus, recebendo o batismo de João. Lucas 7:29 1 Ora, chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir. 2 E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles. Lucas 15:1,2 13 Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, o pecador! Lucas 18:13 31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram eles: O segundo. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. 32 Pois João veio a vós no caminho da justiça, e não lhe deste crédito, mas os publicanos e as meretrizes lho deram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crerdes nele. Mateus 21:31,32