Comentário Bíblico
Adventista
No ano terceiro - (cba)
Daniel 1:1
Com base em sincronismos bíblicos que relacionam os reinados de vários reis de Judá com o de Nabucodonosor, cujos anos de reinado em Babilônia foram estabelecidos astronomicamente, o terceiro ano de reinado de Jeoaquim durou, segundo o calendário judaico, do outono de 606 ao outono de 605 a.C. Portanto, os eventos registrados neste e no versículo seguinte devem ter ocorrido em algum momento durante o ano civil judaico que começou no outono de 606 e terminou no outono de 605 a.C. Antes de serem compreendidos os antigos sistemas de contagem dos reinados, este versículo apresentava aos comentaristas um problema insuperável devido à aparente contradição com Jeremias 25:1. Como resultado de descobertas arqueológicas modernas, todas as dificuldades históricas e cronológicas desse ponto em questão desapareceram, e as evidências apresentam um quadro completamente harmonioso. A integridade do registro sagrado mais uma vez foi confirmada.
Jeoaquim era o segundo filho de Josias. Quando Josias morreu em Megido, o povo fez de Joacaz, o quarto filho de Josias (ver com. de 1 Crônicas 3:15), rei no lugar de seu pai. Depois de Joacaz reinar por três meses, Neco, rei do Egito, durante a campanha de verão na Mesopotâmia, o depôs e colocou Jeoaquim no trono (2 Reis 23:29-34). O novo governante de Judá, cujo nome foi mudado pelo rei egípcio de Eliaquim ("Meu Deus Se levanta") para Jeoaquim ("Yahweh Se levanta"), foi forçado a pagar pesados tributos ao Egito (2 Reis 23:34,35), mas parece ter permanecido leal a seu senhor egípcio.
- 15 Os filhos de Josias: o primogênito Joanã, o segundo Jeoiaquim, o terceiro Zedequias, o quarto Salum. 1 Crônicas 3:15 29 Nos seus dias subiu Faraó-Neco, rei do Egito, contra o rei da Assíria, ao rio Eufrates. E o rei Josias lhe foi ao encontro; e Faraó-Neco o matou em Megido, logo que o viu. 30 De Megido os seus servos o levaram morto num carro, e o trouxeram a Jerusalém, onde o sepultaram no seu sepulcro. E o povo da terra tomou a Jeoacaz, filho de Josias, ungiram-no, e o fizeram rei em lugar de seu pai. 31 Jeoacaz tinha vinte e três anos quando começou a reinar, e reinou três meses em Jerusalém. O nome de sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. 32 Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo o que seus pais haviam feito. 33 Ora, Faraó-Neco mandou prendê-lo em Ribla, na terra de Hamate, para que não reinasse em Jerusalém; e à terra impôs o tributo de cem talentos de prata e um talento de ouro. 34 Também Faraó-Neco constituiu rei a Eliaquim, filho de Josias, em lugar de Josias, seu pai, e lhe mudou o nome em Jeoiaquim; porém levou consigo a Jeoacaz, que conduzido ao Egito, ali morreu. 2 Reis 23:29-34 34 Também Faraó-Neco constituiu rei a Eliaquim, filho de Josias, em lugar de Josias, seu pai, e lhe mudou o nome em Jeoiaquim; porém levou consigo a Jeoacaz, que conduzido ao Egito, ali morreu. 35 E Jeoiaquim deu a Faraó a prata e o ouro; porém impôs à terra uma taxa, para fornecer esse dinheiro conforme o mandado de Faraó. Exigiu do povo da terra, de cada um segundo a sua avaliação, prata e ouro, para o dar a Faraó-Neco. 2 Reis 23:34,35
Nabucodonosor - (cba)
Daniel 1:1
Do heb. Nehulwdne'ts, a transliteração hebraica comum do babilônico Nahü-lmdurri -utsur, que significa "Que o [deus] Nahü proteja meu filho" ou "Que Nahü proteja minha pedra de limite". A forma Nehukadne'ts (Nabucodonosor) ocorre com mais frequência na Bíblia hebraica do que a ortografia mais correta Nehulwdre'ts (ver Jeremias 21:2; Ezequiel 26:7; etc.). Fontes gregas mostram a mesma troca do n e r. A LXX traz Nahouchodonosor; mas nas obras de Estrabão e como variante em Josefo se lê Naholwdrosoros.
- 2 Pergunta agora por nós ao Senhor, por que Nabucodonozor, rei de Babilônia, guerreia contra nós; porventura o Senhor nos tratará segundo todas as suas maravilhas, e fará que o rei se retire de nós. Jeremias 21:2 7 Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu trarei contra Tiro a Nabucodonozor, rei de Babilônia, desde o norte, o rei dos reis, com cavalos, e com carros, e com cavaleiros, sim, companhias e muito povo. Ezequiel 26:7
A presença de Nabucodonosor na Palestina, em 605 a.C ., como indica Daniel 1:1, é confirmada por meio de dois relatos babilônicos: (1) uma narrativa do historiador Beroso, cuja obra perdida foi citada por Josefo, com relação a esse acontecimento, em Contra Ápion (1.19); e (2) uma parte de uma crônica babilônica até então desconhecida (D.]. Wiseman, ed., Chronicles of Chaldaean Kings, 1956), que abarca todo o reinado de Nabopolassar e os primeiros 11 anos de seu filho Nabucodonosor.
Beroso, como cita Josefo, relata que Nabucodonosor recebeu a ordem de seu pai Nabopolassar para conter uma rebelião no Egito, Fenícia e Celessíria. Depois de ter completado a missão, estando ainda no oeste, ele recebeu a notícia da morte de seu pai. Deixou os cativos, entre os quais alguns judeus, nas mãos de seus generais, e voltou para Babilônia pela rota mais curta do deserto o mais rápido possível. A pressa se devia, sem dúvida, ao desejo de impedir que um usurpador lhe tomasse o trono. Beroso diz que Nabucodonosor deixou judeus cativos com seus generais quando voltou apressadamente a Babilônia. Talvez Daniel e seus amigos estivessem entre esses cativos. A declaração de Daniel 1:1,2 e de Beroso eram os únicos registros antigos conhecidos que falavam dessa campanha de Nabucodonosor até a descoberta dessa crônica babilônica. A crônica feita de ano a ano proveu, pela primeira vez, datas exatas da ascensão e da morte de Nabopolassar, da ascensão de Nabucodonosor e da captura de um rei de Judá, obviamente Jeoaquim, oito anos mais tarde. Isso também possibilitou datar a morte de Josias em 609 e a batalha de Carquemis em 605.
Antes se datava a ascensão de Nabucodonosor em agosto de 605, por meio do registro de datas encontradas em tabuletas de argila de documentos comerciais de Babilônia. Isso se devia ao fato de o último desses documentos, do ano 21 o de Nabopolassar, corresponder a 8 de agosto, e de o primeiro do novo reinado (sem contar um atribuído antes a julho-agosto, mas depois a outubro) ter sido escrito em setembro.
No entanto, a crônica dá o dia exato. Ela conta como, no 21 o ano de seu pai, Nabucodonosor derrotou os egípcios em Carquemis e subjugou a terra de Hatti (SíriaPalestina). Depois, ao saber da morte de seu pai, em 8 de ab (aproximadamente 15 de agosto), apressou-se a ir a Babilônia e subiu ao trono em 1° de elul (aproximadamente 7 de setembro). Mais tarde, no ano de sua ascensão e de novo no seu 1 o ano (que começou na primavera de 604), ele retornou ao oeste e recebeu tributos de seus reis vassalos.
Isso explica como Daniel pôde ter sido levado cativo no terceiro ano de Jeoaquim, o ano que antecedeu ao 1° de Nabucodonosor.
Rei da Babilônia - (cba)
Daniel 1:1
Quando Nabucodonosor investiu contra Jerusalém, no terceiro ano de Jeoaquim. Poucas semanas ou no máximo poucos meses antes da morte de seu pai, ele ainda não era rei. Mas Daniel, ao registrar os eventos, provavelmente no 1° ano de Ciro (Daniel 1:21), cerca de 70 anos após os mesmos terem ocorrido, chama Nabucodonosor de "rei da Babilônia". Quando Daniel chegou a Babilônia como um jovem cativo, Nabucodonosor já era rei. A partir de então, ele viu Nabucodonosor reinar por 43 anos. Portanto, parece bem natural que Daniel o chamasse de "rei". É possível também, mas pouco provável, que Daniel tenha sido levado durante o curto intervalo entre a morte de Nabopolassar e o retorno de Nabucodonosor a Babilônia.
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
ano terceiro do reinado de Jeoaquim
Daniel 1:1
605 a.C.
Nabucodonossor, rei da Babilônia
Daniel 1:1
O pai de Nabucodonosor, Nabopolassar, morreu em julho ou no início de agosto de 605 a.C. Portanto, Daniel provavelmente foi levado cativo quando Nabucodonosor ainda era príncipe regente. Seu primeiro ano oficial de reinado começou na primavera de 604 a.C., no quarto ano de Jeoaquim (comparar com Jeremias 25:1; acerca dos acontecimentos desta época, ver 2 Reis 23:36,37; 2 Reis 24:1-6; 2 Crônicas 36:5-8).
- 1 A palavra que veio a Jeremias acerca de todo o povo de Judá, no ano quarto de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá (que era o primeiro ano de Nabucodonozor, rei de Babilônia, Jeremias 25:1 36 Jeoiaquim tinha vinte e cinco anos quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Zebida, filha de Pedaías, de Ruma. 37 Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo o que seus pais haviam feito. 2 Reis 23:36,37 1 Nos seus dias subiu Nabucodonozor, rei de Babilônia, e Jeoiaquim ficou sendo seu servo por três anos; mas depois se rebelou contra ele. 2 Então o Senhor enviou contra Jeoiaquim tropas dos caldeus, tropas dos sírios, tropas dos moabitas e tropas dos filhos de Amom; e as enviou contra Judá, para o destruírem, conforme a palavra que o Senhor falara por intermédio de seus servos os profetas. 3 Foi, na verdade, por ordem do Senhor que isto veio sobre Judá para removê-lo de diante da sua face, por causa de todos os pecados cometidos por Manassés, 4 bem como por causa do sangue inocente que ele derramou; pois encheu Jerusalém de sangue inocente; e por isso o Senhor não quis perdoar. 5 Ora, o restante dos atos de Jeoiaquim, e tudo quanto fez, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá? 6 Jeoiaquim dormiu com seus pais. E Joaquim, seu filho, reinou em seu lugar. 2 Reis 24:1-6 5 Tinha Jeoiaquim vinte e cinco anos quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém; e fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus. 6 Contra ele subiu Nabucodonozor, rei de Babilônia, e o amarrou com cadeias a fim de o levar para Babilônia. 7 Também alguns dos vasos da casa do Senhor levou Nabucodonozor para Babilônia, e pô-los no seu templo em Babilônia. 8 Ora, o restante dos atos de Jeoiaquim, e as abominações que praticou, e o que se achou contra ele, eis que estão escritos no livro dos reis de Israel e de Judá. E Joaquim, seu filho, reinou em seu lugar. 2 Crônicas 36:5-8
Referências Cruzadas
Daniel 1:1
2 Reis 24:1-2.
Especialmente para os Últimos Dias
Daniel 1:1
Leia o livro de Daniel. Evoque, ponto por ponto, a história dos reinos ali representados. Contemplem estadistas, conselhos, exércitos poderosos e vejam como Deus operou para humilhar o orgulho dos homens e lançar a glória humana para o pó. Só Deus é representado como grande. Na visão do profeta, Ele é visto derrubando um governante poderoso e estabelecendo outro. Ele é revelado como o monarca do universo, prestes a estabelecer Seu reino eterno - o Ancião de dias, o Deus vivo, a Fonte de toda a sabedoria, o Governante do presente, o Revelador do futuro. Leia e compreenda quão pobre, quão frágil, quão , quão errante, quão culpado é o homem em erguer sua alma à vaidade. ...
A luz que Daniel recebeu diretamente de Deus foi dada especialmente para estes últimos dias. As visões que ele teve às margens do Ulai e do Hiddekel, os grandes rios de Sinar, estão agora em processo de realização, e todos os eventos preditos em breve terão ocorrido ( Carta 57, 1896 ).
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Daniel 1:1-7
No primeiro ano de seu reinado, Nabucodonosor, rei de Babilónia, tomou Jerusalém e levou consigo aqueles e aquilo que quis. É desde este primeiro cativeiro que a maioria dos estudiosos entende que devem ser contados setenta anos. É do interesse dos príncipes empregar os homens sábios; é uma atitude sábia procurar e preparar tais pessoas. Nabucodonosor ordena que os jovens escolhidos sejam ensinados. Todos os homens hebreus tinham algo de Deus em si mesmos, mas para fazer com que se esquecessem do Deus de seus pais, o Guia de sua juventude, os pagãos deram-lhes nomes que tinham sabor de idolatria. É triste pensar nas muitas vezes e situações em que a educação pública tem a tendência de corromper os princípios e a moral.
- Veja também

Filhos e Filhas de Deus, Pág. 262

A Maravilhosa Graça de Deus, Pág. 44
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- Análise em Cadeia 1 Nos seus dias subiu Nabucodonozor, rei de Babilônia, e Jeoiaquim ficou sendo seu servo por três anos; mas depois se rebelou contra ele. 2 Então o Senhor enviou contra Jeoiaquim tropas dos caldeus, tropas dos sírios, tropas dos moabitas e tropas dos filhos de Amom; e as enviou contra Judá, para o destruírem, conforme a palavra que o Senhor falara por intermédio de seus servos os profetas. 13 E tirou dali todos os tesouros da casa do Senhor, e os tesouros da casa do rei; e despedaçou todos os vasos de ouro que Salomão, rei de Israel, fizera no templo do Senhor, como o Senhor havia dito. 2 Reis 24:1,2,13 5 Tinha Jeoiaquim vinte e cinco anos quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém; e fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus. 6 Contra ele subiu Nabucodonozor, rei de Babilônia, e o amarrou com cadeias a fim de o levar para Babilônia. 7 Também alguns dos vasos da casa do Senhor levou Nabucodonozor para Babilônia, e pô-los no seu templo em Babilônia. 2 Crônicas 36:5-7 5 Tinha Jeoiaquim vinte e cinco anos quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém; e fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus. 6 Contra ele subiu Nabucodonozor, rei de Babilônia, e o amarrou com cadeias a fim de o levar para Babilônia. 2 Crônicas 36:5,6 1 A palavra que veio a Jeremias acerca de todo o povo de Judá, no ano quarto de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá (que era o primeiro ano de Nabucodonozor, rei de Babilônia, Jeremias 25:1 12 No quinto mês, no décimo dia do mês, que era o décimo nono ano do rei Nabucodonozor, rei de Babilônia, veio a Jerusalém Nebuzaradão, capitão da guarda, que assistia na presença do rei de Babilônia. 28 Este é o povo que Nabucodonozor levou cativo: no sétimo ano três mil e vinte e três judeus; 29 no ano décimo oitavo de Nabucodonozor, ele levou cativas de Jerusalém oitocentas e trinta e duas pessoas; 30 no ano vinte e três de Nabucodonozor, Nebuzaradão, capitão da guarda, levou cativas, dentre os judeus, setecentas e quarenta e cinco pessoas; todas as pessoas foram quatro mil e seiscentas. Jeremias 52:12,28,29,30
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